No dia 22 de novembro, é comemorado o “Dia do Músico”, coincidindo com a celebração da padroeira da música, a santa católica Cecília. Em 1960, na cidade de Tatuí, a diretora do Conservatório Musical realizou a “Semana da Música” para homenagear professores e alunos. Desde então, a Semana da Música é comemorada todos os anos e se tornou um evento nacional.
A música está presente em nossas vidas desde o nascimento, mas muitas vezes nem nos damos conta disso. Mesmo durante a pré-história, os seres humanos já procuravam marcar suas reuniões ao som de vozes, palmas e, mais tarde, acompanhadas por tambores e flautas.
Por muito tempo, a música esteve associada à expressão religiosa, pois transportava as pessoas a um estado de êxtase para além do cotidiano comum. Alguns exemplares de instrumentos encontrados datam de mais de 10 mil anos a.C.
No Egito, a música era considerada divina e estava relacionada ao culto dos deuses. Na China, isto também ocorria, e a música também era diretamente associada aos imperadores — considerados verdadeiras divindades encarnadas na Terra.
Na antiga Grécia, a música era usada para criar a sensação de proximidade entre os seres humanos e as divindades. Logo foi incorporada ao teatro e à dança. As tragédias gregas eram acompanhadas por música. Pitágoras (571 a.C. – 490 a.C.) descobriu as notas fundamentais, os intervalos musicais e a harmonia: a música é regida pelos números, a essência de todas as coisas. Platão reconhecia a música como uma importante ferramenta educacional.
Durante a Idade Média, a música esteve presente nos mosteiros e a Igreja direcionava a sua produção e execução. Os exemplos mais conhecidos de composição são os cantos gregorianos, que receberam este nome em homenagem ao papa Gregório Magno (540-604), que deu grande impulso à música.
A música continuou a evoluir através dos tempos, dando origem a diversos estilos e ritmos. Sua importância no desenvolvimento da mente humana foi comprovada através de estudos científicos. Além disso, a música promove o bem-estar, facilita a concentração e o desenvolvimento do raciocínio.
A música e os sons podem modificar o funcionamento do cérebro. A NASA descobriu e desenvolveu a técnica de sons binaurais comprovando que, com o seu uso, podem ser alterados os estados de depressão, ansiedade e estresse. Ainda podem ser regulados os hormônios de crescimento, o sono e os estados de meditação e concentração. Este processo consiste basicamente em aplicar estímulos auditivos diferentes em cada um dos ouvidos. Ao processar estes dois tons, o cérebro assimila a diferença entre eles e, num efeito de harmonização, entra na frequência desejada. Já os sons isocrônicos, que atingem os mesmos objetivos, não precisam ser ouvidos com o uso de fones.
A música contribui para a formação integral do indivíduo. Crianças que recebem formação musical desde o ensino fundamental obtêm melhores resultados na escola, seja através do canto ou da prática com instrumentos.
O aprendizado da música também forma a consciência da diversidade e valorização da realidade da comunidade onde cada aluno vive, resgatando e preservando valores culturais. A vivência de cada aluno deve ser incorporada ao ensino musical, colaborando assim para a formação da identidade pessoal.
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A música auxilia no desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, motricidade, raciocínio e integração social dos alunos, bem como as habilidades físico-cinestésica, espacial, lógico-matemática, verbal e musical. A educação musical é uma fonte de enriquecimento pessoal, ajudando a desenvolver as potencialidades sensoriais, afetivas, físicas, sociais e espirituais de cada aluno. Música é vida e alegria e, nas palavras do educador Paulo Freire, “ensinar exige alegria e esperança”.