Muita gente quando fala em violência traz da memória grandes fatos abomináveis de agressões e dor, mas podemos cometer atos e falas violentas em nosso dia a dia inclusive com as pessoas que mais amamos.
Não vou tratar das grandes violências aqui, vou abordar nossa forma de comunicação e como ela pode ser agressiva e como, muitas vezes, nos falta a EMPATIA.
Empatia quando nos comunicamos nada mais é do que compreender o outro, se colocar no lugar dele, estar aberto para ouvir e criar um espaço para uma conexão.
Será que estamos praticando uma boa comunicação?
Vamos falar um pouco sobre comunicação não-violenta, pois ela pode e deve ser aplicada em nosso dia a dia.
São algumas características de uma comunicação não-empática:
Competir pelo sofrimento e começar a contar a sua própria história; querer educar a pessoa conforme seus valores, não permitindo que a pessoa fale o que sente livremente; ter o impulso de consolar e aconselhar antes de que a pessoa tenha dito tudo o que precisa; menosprezar ou simplificar e dar solução fácil para o problema do outro são obstáculos para uma boa comunicação.
Quando praticamos uma escuta empática nós:
Nos propomos a uma comunicação não-violenta, a gente ouve sem julgamentos; ficamos presentes na conversa, dando nossa verdadeira atenção a pessoa que está à nossa frente, ouvindo o que ela tem a dizer; não buscamos na conversa pontos de interesse sobre temas e situações que existam em nós para desenvolver o assunto; abrimos a mente para ouvir aquilo que vai contra as nossas crenças; ouvimos de coração aberto e interessado em saber do que aquela pessoa está precisando e principalmente em que podemos ajudá-la.
Muitas vezes, apenas ouvir amorosamente já é de grande ajuda nestes tempos que vivemos, onde ninguém ouve ninguém, onde todos estão cada vez mais ocupados em xeretar a vida dos outros nas redes sociais, mas nada interessados em acolher a dor do outro de verdade.
Agora se o caso for de uma discussão com alguém, pela técnica da comunicação não-violenta, orienta-se:
Observação = Observar os fatos reais, o que pode ser comprovado se fosse filmado ou gravado. A descrição dos fatos, não as impressões, julgamentos ou interpretações nossas, já que julgamos conforme nossas necessidades e nossos conteúdos.
Sentimentos = Observar os nossos reais sentimentos em relação a situação, para poder identificá-los.
Necessidades = Reconhecer quais são as nossas necessidades por trás do que sentimos, para depois poder falar para o outro das nossas necessidades, mas de forma verdadeira.
Pedido = Dialogar abertamente e claramente sobre as minhas necessidades e o que preciso da pessoa, de forma que o pedido seja direto e objetivo, sem oferecer dúvidas de interpretação, o que pode variar conforme o entendimento de cada um.
E como dica final para quando recebemos uma crítica: vale ouvir, observar e tentar compreender o porquê da outra pessoa estar me criticando mesmo que de forma agressiva, sem reagir ou devolver a agressão, pois a pessoa pode não estar em um bom momento e isso não significa que você deva entrar na mesma sintonia dela, porque desta forma a conversa não vai fluir bem mesmo.
Após ouvir a crítica, abra a comunicação para ouvir de verdade o que a pessoa está te dizendo, independente dos seus conceitos, dos seus valores e do que você acha certo ou não, afinal a opinião é da outra pessoa, certo?
Enfim, se cada um souber acolher o outro amorosamente, viveremos melhores relações e em um mundo bem mais pacífico, porque pelo olho por olho e dente por dente acabaremos todos cegos!
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