Só podemos estar mais aptos a fazer escolhas mais saudáveis quando superamos nossa “programação inconsciente”. Até estarmos mais aptos, haveria a necessidade de amadurecimento do nosso nível de consciência para fazer escolhas menos prejudiciais e condizentes com as mais saudáveis.
Transcender o inconsciente pode gerar soluções mais lúcidas e sensatas.
O clã familiar é um campo de aprendizado. Há desafios, adversidades e missões nas quais há oportunidades de superações diante da estagnação, procrastinação etc.
Em todo clã familiar, há uma ou mais pessoas que vão em busca do diferente, do que é desconhecido do “padrão familiar” mantido até então. Sentem o chamado para ir além, para fazer o melhor do melhor que foi feito anteriormente. Sentem o impulso e iniciativa que desperta a fagulha para ir em busca do novo e, mesmo que no caminho possa haver ainda episódios de autossabotagem, a vontade e a inquietação se sobrepõem, pois sabem lá no íntimo que possuem o potencial. Em algum momento esse chamado ecoará tão forte que será quase impossível de evitar.
E com esse ímpeto de fazer a diferença, poderão irromper quaisquer barreiras ou crenças limitantes. Terão muito amparo, pois seus propósitos irão além dos laços consanguíneos, mas se ampliará para o coletivo.
É necessário o mergulho interior para que saibamos conduzir melhor nossas vidas.
Quando nos entendemos, a probabilidade de nos entendermos com os outros aumenta, e assim diferenciamos o que pertence à nosso campo individual ou ao campo do outro. Assim, a convivência se torna facilitada e mais harmoniosa.
Daí nos cabe a decisão de sermos facilitadores ou dificultadores do nosso próprio processo, que pode repercutir na matriz coletiva.
Os nossos sentidos mais conhecidos: visão, tato, fala, audição e olfato são como filtros, isto é, interpretam o tempo todo.
Nossos filtros podem ser limpos e reprogramados para ressignificar experiências, relacionamentos, a vida como um todo.
Estudos avançam cada vez mais no sentido de que há fatores que não se limitam só à nossa genética. Apontam que herdamos crenças, memórias, condicionamentos, experiências que se tornam transgeracionais. Desse modo, a conclusão desses estudos é de que a genética representa apenas um potencial, mas que há uma série de fatores que podem resultar na alteração da expressão genética.
Poderíamos talvez nos confrontar com a seguinte reflexão:
Somos totalmente responsáveis por nossas escolhas? se partirmos da ideia de que seguimos um roteiro que se sucede por gerações, repetindo as mesmas dinâmicas de nossos ancestrais, podemos sair desse looping e dessa reprise, dessa reprodução de vivências difíceis, traumáticas, problemáticas e sofridas.
O que nos é desconhecido nos traz insegurança, pois desde os tempos mais remotos acreditamos que unidos e fazendo como os do grupo faziam, nossa chance de sobreviver era maior. Os hábitos eram mantidos e passados adiante para nos sentirmos pertencentes, o que não quer dizer que éramos felizes agindo sob tais condicionamentos.
Para tudo há o referencial, a base, mas ir além do que puderam fazer com o nível de consciência que tinham à sua época é se abrir para a dignidade de viver de forma mais satisfatória.
Imersos nas influências passadas, nos negamos o direito para tudo aquilo que ainda podemos buscar, ser, fazer.
O comportamento regido pelo “automático” da vida se dá de forma instintiva, afinal, o instinto que é vivido através do modo luta ou fuga é induzido pela nossa inconsciência.
Aqueles que se dão o devido espaço para se voltar para dentro, com o auxílio das terapias, meditação, e outros recursos que considerem mais apropriados para si, caminham para a conscientização inicial do quanto é essencial aprender a lidar e administrar suas ações e reações e, desse modo, não encontram tantas dificuldades.
Quando estamos presentes para a vida, mais lúcidos e conscientes, novas realidades são apresentadas para nós. Do contrário, haverá maior dificuldade em nossa existência ao evitar experiências de maior crescimento e de usufruir mais do que a vida tem a oferecer.
Se renovar para o novo é deixar de viver tolhido(a) pelo que permeou experiências anteriores a nós.
Muitos podem negar, porém há algo intrínseco que é mais comum do que imaginamos: que muitos estão cansados, fartos de passar pelo mesmo, de suportar ou tolerar desgostos, e anseiam por liberdade. Muitos estão sedentos por descobrir mais da vida e o motivo de sua existência.
Por outro lado, há o medo do desconhecido. O medo pode induzir à luta ou fuga, pois ainda nota-se descrédito e insegurança diante do desconhecido. Quanto mais ampliamos a capacidade de desenvolver nossa maturidade consciencial e espiritualidade, de menor esforço precisamos, pois o Universo passa a conversar conosco através de sincronicidades. Nos mostra alternativas de fluir sem exigir tanto de nós mesmos e dos outros, e nos afastamos dos personagens “cobradores e devedores” para focar mais em abraçar as oportunidades de perceber nossa conexão com nossa melhor versão (o nosso Eu Superior), isto é, de imprimir mais vida aos nossos anos, como disse Abraham Lincoln.
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Conheça-te, eleva-te.
“Você só pode ser você mesmo quando se torna consciente de suas ações, pensamentos e sentimentos, e a partir daí pode optar para viver sua melhor versão.”
“Que todos os seres sejam livres e felizes e possam amar sem a pretensão de possuir.”