O Natal é um feriado esperado por muita gente, independentemente das crenças religiosas, já que é o tempo de se reunir em volta da mesa para compartilhar a ceia, distribuir presentes e aguardar, com as crianças, a chegada do Papai Noel. Por outro lado, celebrar o Natal em família pode também gerar algum estresse.
Ainda que o Natal seja tempo de paz e alegria, e que muitas pessoas tenham boas memórias de natais passados, a data também pode ser sinônimo de desavença entre familiares e amigos.
Imagine reencontrar aquele parente que adora fazer perguntas incômodas, ou sentir-se sobrecarregada de trabalho enquanto a maioria se diverte e/ou reclama, ou ainda rever aquele famigerado tio que exagera na hora de brindar.
Todas essas e outras (infinitas) situações podem gerar um mal-estar entre os convidados, fazendo com que a noite não acabe nada bem. Neste artigo, destrincharemos os principais agentes estressores da época do Natal e traremos dicas do que fazer para lidar melhor com a tensão natalina.
Direto ao ponto
Então, é Natal
Passamos o ano todo em contagem regressiva para as festas de fim de ano, e, quando elas chegam, vêm também os problemas e as irritações. Se se pensa em viajar, os destinos favoritos estão lotados, assim como os supermercados, os shoppings, os restaurantes, os pontos turísticos da cidade… parece que todo mundo saiu de casa ao mesmo tempo!
E então, depois de um longo e exaustivo dia, onde você se comprometeu a fazer mil coisas ao mesmo tempo e ainda precisará preparar uma mesa cheia de pratos e quitutes natalinos. Essa, certamente, é a receita infalível para o esgotamento físico e emocional.
Isso acontece com quem enxerga algum significado no Natal, é claro. Para muitos outros, esse feriado pode estar atrelado a sentimentos ruins, tais como depressão e ansiedade, por exemplo.
Pessoas que perderam entes queridos recentemente, que estão longe de seus familiares, ou então famílias que não possuem, no momento, recursos suficientes para comemorar o Natal “como manda o figurino”, podem ficar depressivas ou com algum grau de desconforto emocional nessa época.
Nesse contexto, é normal sentir impaciência e irritação. Então, será que a solução seria se isolar de tudo e de todos e não celebrar o Natal? Ou será que é possível sobreviver a todo o estresse durante o Natal em família?
Melancolia natalina
O Natal é visto como o encerramento de um ciclo, de um período de nossas vidas. É tempo de renovar as metas, reforçar os votos e, consequentemente, reviver as expectativas que não foram realizadas no último ano.
É normal também nos compararmos com os outros, principalmente quando parece que todos têm uma família unida e perfeita, menos nós. E não há nada mais frustrante do que não poder dar aquele presente caro que o seu filho tanto deseja.
Esses são alguns gatilhos emocionais que podem trazer bastante infelicidade e insatisfação. Se essa tristeza perdurar após esse período, o ideal é procurar um especialista para entender melhor os motivos dessa melancolia.
Dicas para sobreviver ao estresse do Natal em família
- 1 – Saiba diferenciar expectativa da realidade. Não adianta idealizar um Natal perfeito, porém impossível de ser realizado. Nada de se endividar por causa de presentes ou decoração! Começar o ano novo com contas exorbitantes a pagar não será nada tranquilizante. O valor emocional de ver todos reunidos, a presença dos familiares e a atenção dada a cada um são muito mais importantes do que qualquer presente caro.
- 2 – Reserve um tempo para cuidar de si. Aproveite os dias de descanso para a promoção do bem-estar físico e psicológico. Dedique um tempo para você fazer tudo aquilo o que desejar: exercitar-se, ler um livro, cozinhar, encontrar amigos que não vê há muito tempo, passear com o cachorro, ir ao cinema — ou, simplesmente, não fazer nada. Quando cuidamos de nós mesmos, automaticamente estaremos melhores para os outros.
- 3 – Aprenda a identificar os primeiros sinais de estresse. Se sentir que está começando a se irritar, pare tudo o que estiver fazendo, respire e recalcule seus planos. Divida as tarefas com a família, como ir às compras, cozinhar ou decorar a árvore de Natal, por exemplo. Essa pode ser uma ótima oportunidade para passar mais tempo em família! Ademais, não faça nada somente para agradar os outros. Respeite os seus limites e as suas emoções.
- 4 – Não exagere no consumo do álcool. Essa substância pode ajudar a relaxar, em um primeiro momento; mas, depois, pode acabar intensificando o estresse, já que o álcool potencializa a tristeza, a ansiedade e a depressão.
- 5 – Na medida do possível, mantenha a alimentação e a rotina de sono equilibradas. O cansaço pode desencadear irritação. Entretanto, se comer um pouco mais de calorias ou extrapolar um pouco o horário de dormir, não se martirize. Lembre-se: equilíbrio é tudo, e a perfeição é inalcançável!
- 6 – Defina limites e regras com as crianças, mas respeite também a vontade dos pequenos. Não obrigue a criança a interagir com desconhecidos quando ela estiver claramente desconfortável.
- 7 – Tome cuidado com a sobrecarga de tarefas. Se não conseguir fazer tudo o que se propôs a fazer no Natal, não se culpe! Divida as tarefas que puder, como os afazeres da festa, por exemplo, entre os demais convidados. Se nem tudo sair como o esperado, isso não deve ser motivo para culpa ou lamentações.
Por fim, permita-se ficar triste. A tristeza é um sentimento válido, só não podemos permanecer tristes por aquilo que não podemos controlar. Se o Natal trouxer más recordações, permita-se sentir essa dor, acolha esse sentimento e, então, deixe-o ir.
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Nós não temos o poder de alterar os acontecimentos que induzem ao estresse, mas podemos decidir como reagiremos a eles. Cada obstáculo pode ser visto como um novo desafio a ser superado. Quando idealizamos menos e relativizamos mais as situações, nós aproveitamos o melhor que a vida tem a nos oferecer!