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Do simples ao criativo: o novo que traz oportunidades

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Escrito por Eu Sem Fronteiras

Os pensamentos são irrefreáveis e a criatividade, ilimitada! Então por que há tantos empresários, empreendedores e grandes nomes do mercado quebrando a cabeça para sair do lugar comum, afim de conseguir uma ideia inovadora, nunca antes vista no mundo? A resposta é uma frase que todos eles, e até nós, conhecemos bem, mas parece que se esqueceram de sua essência: think outside de box ou, abrasileirando: pensar fora da caixa. Esta expressão, dizem as lendas, surgiu em um treinamento de novos colaboradores do Grupo Disney, onde eles precisavam resolver um dos mais famosos quebra-cabeças corporativos, onde se deve passar o lápis em todos os pontos de um quadrado para formar linhas, sem tirar o lápis do papel, nem voltar pela mesma linha/ponto. E a solução é literalmente pensar fora da caixa ou, no caso do quebra-cabeça, fora do quadrado.

Parece simples, não?

Contudo, uma vez que vivemos praticamente no modo automático por recebermos tantas informações diariamente, e a todo instante, de centenas de meios eletrônicos, a tarefa pode ser difícil, pois já não temos o costume de refletir profundamente sobre os fatos que nos transpassam a cada segundo. Uma demanda tão grande de informações que chega ao nosso cérebro, para que não fiquemos doidos, devem ser passadas de forma rápida e, dessa maneira, mesmo quando precisamos ou queremos parar e focar em uma coisa só, a situação pode se complicar. Se tratando de criatividade, então, parece que estamos simplesmente com a cachola vazia; mas não é bem assim, pois a criatividade, assim como muitas outras habilidades e conhecimentos, precisa ser exercitada, aprendida e reaprendida quantas vezes for necessário.

Enquanto lá na Disney, sabe se lá quanto tempo atrás, os novos funcionários precisavam resolver um desafio dificílimo até o enigma ser solucionado e a resposta se mostrar muito mais simples do que o esperado, na vida real também é assim; pelo menos na maioria das vezes. Ao invés de ficar pensando no que deu errado, por que não tentar pensar numa solução para consertar ou outra alternativa para fazer a mesma coisa? Temos como inspiração real o jovem Hope Emmanuel Frank, de 15 anos, da Nigéria. Após ver uma escavadeira trabalhando, Hope – que, inclusive, significa “esperança” se traduzido do inglês – apenas pensou “vou tentar construir isso” e não foi que conseguiu? Apesar de não acertar na primeira tentativa, o nigeriano tentou novamente e fez seu protótipo, que funciona, utilizando seringas, mangueiras de soro e baterias descartadas de notebook. “Fiz uma parte do esqueleto com a garra, mas não ficou muito bom. Como fazê-los se movimentarem era o problema”, conta ele em entrevista para a BBC.

Há ainda o filme “O Menino que Descobriu o Vento”, lançado este ano na Netflix e inspirado na história de William Kamkwamba, o garoto de Malawi que, com apenas 13 anos, decidiu salvar sua família e, mesmo sem ter o que comer e sem condições de estudar, se propôs a aprender por conta própria numa pequena biblioteca local: “Fiquei tão inspirado que comecei a colecionar sucata de metal como peças antigas de bicicletas e tratores. Eu consegui construir um moinho próprio para a minha comunidade, que alimentava quatro lâmpadas e bombeava água para irrigação. Notícias sobre o meu moinho se espalharam pelo mundo, e graças ao livro e a alguns generosos apoiadores, pude voltar à escola e fazer melhorias muito necessárias na minha aldeia, como instalar painéis solares e perfurar um poço para limpar água potável. Pela primeira vez, minha família tem luz e água corrente”, relatou o menino em 2009 ao Huffpost. William e sua história ficaram tão famosos mundialmente que renderam uma autobiografia e, 10 anos depois, um filme, além das muitas lições sobre força de vontade, que talvez seja o estímulo que nos falta atualmente para agir.

Antes de mais nada, paremos de pensar por um tempo em negócios, profissão, empresas… A partir do momento em que enxergamos as coisas de forma diferente, podemos pensar em novas soluções, novos meios, novas conquistas que estavam à espreita esperando por você por quem quer enxerga-las. Assim sendo, pensar fora da caixa pode ser entendido como observar o dia a dia e os problemas por outro ângulo. Agora vem a bomba: TODO MUNDO É CRIATIVO. Uma pessoa que não se acha criativa, talvez precise apenas sair de sua zona de conforto e buscar por coisas novas. E, apesar de muita gente achar que está ficando para trás, ou que está perdendo tempo, nunca é tarde demais para passar a enxergar diferente. Quer um exemplo prático? Albert Einstein e Pablo Picasso estavam com 26 anos quando chegaram àquelas que seriam suas maiores contribuições para a história da humanidade: a teoria da relatividade, na ciência, e o cubismo, na arte. E olha que muitos se acham velhos com essa idade nos dias de hoje…

Desde que um indivíduo saiba que pode criar o que quiser e tenha dedicação e persistência o suficiente para tal, o que ele pensa e traz para a realidade pode se tornar, automaticamente, inovador.

Claro que é necessário analisar o que foi pensado num âmbito mundial, para que se cheque se outra pessoinha também não teve a mesma brilhante ideia, da mesma forma. Mas não desanime: lembra do nigeriano que construiu uma miniescavadeira? Então, escavadeiras já existem e brinquedos delas também, certo? Então, levemos em consideração que um garoto de 15 anos fez seu projeto sozinho, com materiais descartados. O segredo está na simplicidade e no empenho que Hope teve em desenvolver algo que, em seu local de convívio, muitos poderiam considerar impossível.

Embora aquele nosso rápido modo de pensar nos faça acreditar que o fato de passar algum tipo de necessidade, mesmo que em graus totalmente distintos, tenha feito com que os dois meninos, citados nos exemplos acima, desenvolvessem uma capacidade cognitiva independente e trabalhassem a criatividade para resolver problemas e/ou anseios, não é apenas nestes casos que podemos, e muito menos não é apenas neles que devemos, fazer uso da criatividade, buscando inovar em qualquer área de nossas vidas.

A melhor forma de exercitar, ou dar um “play” na sua criatividade que, acredite, está aí dentro, é ser curioso: pergunte, pesquise, se interesse. Quando ficamos somente pensando naquilo que já sabemos ou gostamos, nos privamos de um leque infinito de outras opções que podem ser tão boas quanto e, assim, nos privamos de desenvolver novas ideias. Você já deve ter ouvido falar em “nada se cria, tudo se copia”, mas não é bem assim; na verdade, nada se cria realmente, mas sim se desenvolve a partir de referências, e como você vai conseguir pensar em coisas novas, tendo as mesmas referências de anos atrás?

Reinvente-se e estimule esse ambiente tão rico e vasto que está dentro da sua cabeça!

Por último, mas não menos importante, para ser criativo você não pode ter medo de errar e do que os outros vão dizer; não tenha medo de recomeçar quantas vezes você achar que sejam suficientes para ter feito o seu melhor e ter conquistado os seus objetivos.


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