Entrevista com Raimunda Dos Santos, uma senhorinha “forte como uma rocha e sensível como uma seda”, como diz sua filha, Marly. Dona Rai superou muitos desafios ao longo de sua trajetória e nunca desanimou. Persistindo até hoje em tirar o melhor proveito das ocasiões.
Apesar de suas respostas breves, o conteúdo e trajetória revelam uma sabedoria peculiar daqueles que souberam seguir em frente e valorizar sua vida a cada amanhecer! Boa leitura!
1 – Conte-nos um pouco sobre sua infância, família, conversão etc.
Nasci no dia 28 de junho de 1940 e aproveitei bem minha infância. Meus pais trabalhavam na agricultura, e fomos bem tratados, tínhamos muita fartura. Foram tempos bons que nos deixaram muitas saudades.
A minha conversão foi de uma forma bem complicada. Meus eram pais, católicos e não aceitavam o Evangelho. Fui visitar uma igreja evangélica para conhecer, e era dia 25 de dezembro de 1951, grande festa natalina!
Eu fiquei encantada de ver as apresentações que foram ali realizadas, voltei outras vezes e aceitei a Jesus, sem meus pais saberem. E, após um ano, meus pais foram e também aceitaram o Evangelho.
2 – E sua superação ao iniciar um trabalho no berçário de um famoso shopping da cidade de Santo André, foi após ficar viúva? A senhora tinha por volta dos 60 anos. Como fez para aprender informática, que era necessária para o cargo?
Foi muito gratificante ser chamada para trabalhar aos 60 anos, com carteira registrada e ainda recebendo um bom salário. Comecei a trabalhar no dia 15 de dezembro de 2000 e fiquei viúva em outubro de 2003.
Sobre a parte de informática, aprendi no próprio berçário, onde a minha coordenadora, que era muito humana, pediu que as estagiárias me ensinassem a operar os equipamentos.
Essa foi uma experiência de trabalho que mudou a minha história, não só por ter começado aos 60 anos, mas sim por ter saído de lá aposentada! Em tudo isso, eu creio que foram as mãos de Deus!
3 – A senhora vem de família grande? Quem são e onde estão seus familiares hoje em dia?
Venho de uma família grande. Meus pais já são falecidos, e somos seis irmãos, só um falecido este ano, aos 85 anos de idade. Meus familiares estão uma parte em São Paulo e no ABC. A outra parte, comigo, em Santa Catarina.
4 – A senhora começou a fazer exercícios físicos com que idade? O que a motivou?
No auge dos meus 81 anos, iniciei os exercícios físicos por meio do incentivo do meu neto Samuka, que me convidou para fazer academia devido à rotina sedentária que eu vivia. Hoje frequento os treinos 2 vezes na semana, com a orientação do meu neto, que é profissional de Educação Física.
5 – Já participou de alguma corrida? Conte-nos como foi?
Ainda não consigo correr, mas estamos nos preparando por meio das caminhadas. Recentemente participei de dois grandes eventos e, no último, recebi uma medalha por ter conseguido completar os 3 km.
6 – Como é seu dia a dia?
Tenho uma rotina comum de toda dona de casa, mas ainda consigo tirar um pouco de tempo para tocar algumas notas de acordeom e cantar algumas canções. Isso me traz muita alegria na alma!
7 – Que dica a senhora poderia dar às pessoas que estão desanimadas com a vida? Como superar o desânimo e até uma possível depressão?
Nunca se preocupe com o passado. Viva sempre o presente e o futuro, deixe que ele aconteça…Para superar o desânimo, temos que ter atividades. Para lutar contra a depressão, é necessário ter domínio próprio. Diga a você mesmo: “Eu posso! Vou conseguir! Vou vencer!”.
8 – O que é mais importante para a senhora hoje?
Eu decidi viver bem, aproveitando os dias que ainda me virão…
9 – Que mensagem gostaria de deixar aos leitores?
Espero que, por meio desta breve entrevista, em que retrato parte da minha trajetória, tenha te inspirado a buscar algo melhor todos os dias. E gostaria de deixar uma mensagem para sua reflexão: “Não desista dos seus sonhos, porque não existe idade para ser feliz e vencer na vida!”.
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