Este artigo trata de um conhecimento esotérico. Dividido em tópicos, segue um conteúdo que nos permitirá aprofundar nossos conhecimentos e perceber a vida sob outro olhar.
DWIJAS – Nascidos de Si Mesmos (dwa = dois em sânscrito)
Segundo Jorge Antonio Oro, membro da Sociedade Brasileira de Eubiose, “o Dwija é um estado alcançado”, alguns usam o termo “Nascido duas Vezes”.
O PRIMEIRO NASCIMENTO
Considerando que o processo de nascimento não se dá aleatoriamente, há razões para que aconteça, o nascimento de um ser carrega em si todo um plano astral, mental, físico, emocional, elemental, divino e angelical, que juntos com a nossa essência, ou seja – quem somos –, planejam e tornam viáveis as condições necessárias para nossa vinda ao planeta Terra através do nascimento.
O PROCESSO DO NASCIMENTO
Inicialmente, esse conjunto de forças elementais é conectado e atraído energeticamente, única e exclusivamente pelas semelhanças entre si e nossa essência e de acordo com nossas tendências, então é criado o que poderíamos chamar de “plano de nascimento”.
O PLANO
O plano de nascimento é definido de acordo com nosso karma individual, o local em que iremos nascer, a família, a nação e de outros fatores que serão decisivos para que possamos cumprir com nossa missão e desempenhar nosso papel diante do Todo. Somos conscientes de tudo o que precisamos resgatar, transmutar e cumprir como seres a encarnar na Terra. Além do plano individual, passamos a contribuir também para com o plano Universal.
A partir de então, inicia-se um processo que ouso dizer – alquímico –, resultando na formação de nosso veículo (corpo) para que possamos habitá-lo.
Na primeira etapa, o veículo (corpo) herda aspectos vindos de nossos pais, local onde nascemos, nação e grupo familiar. Todo esse conjunto de elementos é que determinará que a vida aconteça.
Na segunda etapa, é desenvolvido o processo de equilíbrio entre as tendências dos aspectos herdados e o conjunto de tendências que formam nossa personalidade, estas vindas de nossa essência ou de nosso eu.
A mãe determina a hierarquia, o pai determina a matéria, o somatório destes cria a amálgama básica para a alma, o corpo físico e o corpo vital, anima a matéria, faz o entrelaçamento com o plano das emoções no astral, e o astral por sua vez se entrelaça com o plano mental, assim surge a nossa alma.
Um pouco sobre a alma e as questões do equilíbrio
Imagine que viemos com um conjunto de situações – a princípio kármicas – que necessitam ser resolvidas, equilibradas e transmutadas, todos os elementos e as tendências que deram causa ao nosso nascimento precisam ser colocados em equilíbrio, começa então uma batalha consigo mesmo.
Quem determina o quanto dessas questões será resolvido no decorrer de nossa passagem pela Terra somos nós, somos responsáveis pelo tempo que levaremos para resolvê-las, ou seja, o tempo é o equivalente ao nosso tempo de vida na Terra e o quanto desse tempo utilizaremos para o cumprimento dessas questões.
Por diversas vezes enfrentamos grandes batalhas internas em nosso dia a dia sem sequer sabermos: um dia estamos bem, em outro, tristes, mal-humorados, empáticos etc.; a oscilação de humor, tendências e temperamentos é que nos exige a necessidade de tomarmos consciência de sua existência e colocá-la em equilíbrio, cumprindo nosso papel como responsáveis por nós mesmos.
A organização desses processos pode ser considerada como nossa missão de alma, “tudo o que há em mim eu dei causa”, sem atribuir a outrem a responsabilidade de nossas culpas, tragédias, necessidade de perdão, falhas e arrependimentos. Ora, seríamos seres inúteis se todo nosso processo evolutivo dependesse única e exclusivamente de terceiros, nos tornaríamos prisioneiros de uma ilusão criada por nós mesmos, como um véu de Maya nos cobrindo os olhos para a lógica de um Universo inteligente, composto e criado por nós, a nossa existência.
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AS FORÇAS
Forças cósmicas minerais, forças cósmicas vegetais, forças cósmicas animais e força cósmica hominal (poder da lógica), entre outras.
São forças que se limitam ao seu próprio “Teto”. Cada uma dessas forças elementais ligadas a nós e nossa forma de vida como homem estão inconscientes, aguardando sua elevação consciencial se consideramos que estão diretamente vinculadas a nós até o término desta experiência de vida. Este é o nosso grande trabalho como seres humanos.
A INTELIGÊNCIA DA VIDA
Segundo Jorge Oro, “A vida é um embate permanente de todas as forças que nos formam, essa integração é que mantém a matéria coesa e o físico coeso, são forças cósmicas organizadas que agem de acordo com a inteligência de seu plano”.
Mas qual o caminho?
O caminho é simples, consiste no exercício da vontade e da busca do conhecimento.
É como se tivéssemos um “manual de instruções”. Tenho o conhecimento de que há em mim um conjunto de forças, portanto preciso conhecê-las e trabalhá-las de maneira que cumpram seu papel uma a uma, e assim estarei cumprindo o meu. Neste momento, trabalhamos o que há dentro de nós por meio do exercício da autocompreensão, compreender a razão e a natureza de nossos impulsos para assim transmutar e exercer o controle dessas forças.
A cada existência temos a oportunidade de nos resolver, elevando assim nosso entorno e toda a humanidade.
Nos assenhoreamos de nossas forças e de nossa existência, compreendemos o que há em nosso caminho, até o momento em que já não precisamos mais compreender as forças elementais como algo que em nós existe, passando a compreendê-las como forças que nos geram, o próprio Universo. Nos tornamos o Todo e o Todo está em nós.
Esse primeiro nascimento é o nascimento de karma e quando chegamos ao momento de ascensão em que tomamos consciência do que nos move compreendemos as forças da existência e o que há à nossa frente, levantamos os olhos e passamos a contemplar o invisível e “enxergar tudo o que nele há”. Nasce assim um Dwija – Nascido de si mesmo ou Nascido duas vezes.
O segundo nascimento é como se fosse o nascimento do eu superior, pois passamos a compreender a própria existência, o Todo, e passamos a ver a humanidade, saímos da condição de olhos fechados para a condição de olhos abertos e podemos compreender até onde nossas vistas podem alcançar.
À medida que compreendemos este processo, nos deparamos com as batalhas cósmicas em nossa alma, então desenvolvemos hábitos que contribuem para mudar o próprio plano em que existem (ódio, antipatia, ignorância).
Engano é pensar que lutamos para melhorar nossa alma unicamente, nela há seres inconscientes que também precisam ser trabalhados e quando impulsionamos esse conhecimento em nossa alma transformamos todo o plano de existência, somos criadores Universais.
Quando criamos causas positivas para nos reconstruirmos, contribuímos para a reconstrução de nossa pátria, da própria humanidade, astral e mental, e os resultados se dão no corpo causal.
Um Dwija é aquele que possui um corpo causal desenvolvido, é o “ponto de chegada”. Do ponto de vista da humanidade, assumimos uma identidade de cidadão do Universo, visto e reconhecido por todos no Universo.
O Todo te vê e você vê o Todo.
Tenha uma boa vida!