Autoconhecimento Espiritualidade

DWIJAS – NASCIDOS DE SI MESMOS

Foto em preto e branco dos pés de um bebê recém nascido, enrolado em um cobertor.
Escrito por Jessica Trindade
Querido leitor, há alguns anos acompanho um programa que se tornou de grande ajuda para minhas pesquisas envolvendo expansão de conhecimentos. Um dos assuntos abordados me chamou muito a atenção por se tratar de um conteúdo para o autoconhecimento. Identifiquei-me e acredito que outras pessoas também se identificarão com o tema.

Este artigo trata de um conhecimento esotérico. Dividido em tópicos, segue um conteúdo que nos permitirá aprofundar nossos conhecimentos e perceber a vida sob outro olhar.

DWIJAS – Nascidos de Si Mesmos (dwa = dois em sânscrito)

Segundo Jorge Antonio Oro, membro da Sociedade Brasileira de Eubiose, “o Dwija é um estado alcançado”, alguns usam o termo “Nascido duas Vezes”.

O PRIMEIRO NASCIMENTO

Considerando que o processo de nascimento não se dá aleatoriamente, há razões para que aconteça, o nascimento de um ser carrega em si todo um plano astral, mental, físico, emocional, elemental, divino e angelical, que juntos com a nossa essência, ou seja – quem somos –, planejam e tornam viáveis as condições necessárias para nossa vinda ao planeta Terra através do nascimento.

parto de criança

O PROCESSO DO NASCIMENTO

Inicialmente, esse conjunto de forças elementais é conectado e atraído energeticamente, única e exclusivamente pelas semelhanças entre si e nossa essência e de acordo com nossas tendências, então é criado o que poderíamos chamar de “plano de nascimento”.

O PLANO

O plano de nascimento é definido de acordo com nosso karma individual, o local em que iremos nascer, a família, a nação e de outros fatores que serão decisivos para que possamos cumprir com nossa missão e desempenhar nosso papel diante do Todo. Somos conscientes de tudo o que precisamos resgatar, transmutar e cumprir como seres a encarnar na Terra. Além do plano individual, passamos a contribuir também para com o plano Universal.

A partir de então, inicia-se um processo que ouso dizer – alquímico –, resultando na formação de nosso veículo (corpo) para que possamos habitá-lo.

Na primeira etapa, o veículo (corpo) herda aspectos vindos de nossos pais, local onde nascemos, nação e grupo familiar. Todo esse conjunto de elementos é que determinará que a vida aconteça.

bebê recém nascido

Na segunda etapa, é desenvolvido o processo de equilíbrio entre as tendências dos aspectos herdados e o conjunto de tendências que formam nossa personalidade, estas vindas de nossa essência ou de nosso eu.

A mãe determina a hierarquia, o pai determina a matéria, o somatório destes cria a amálgama básica para a alma, o corpo físico e o corpo vital, anima a matéria, faz o entrelaçamento com o plano das emoções no astral, e o astral por sua vez se entrelaça com o plano mental, assim surge a nossa alma.

Um pouco sobre a alma e as questões do equilíbrio

Imagine que viemos com um conjunto de situações – a princípio kármicas – que necessitam ser resolvidas, equilibradas e transmutadas, todos os elementos e as tendências que deram causa ao nosso nascimento precisam ser colocados em equilíbrio, começa então uma batalha consigo mesmo.

Quem determina o quanto dessas questões será resolvido no decorrer de nossa passagem pela Terra somos nós, somos responsáveis pelo tempo que levaremos para resolvê-las, ou seja, o tempo é o equivalente ao nosso tempo de vida na Terra e o quanto desse tempo utilizaremos para o cumprimento dessas questões.

Pessoa se equilibrando

Por diversas vezes enfrentamos grandes batalhas internas em nosso dia a dia sem sequer sabermos: um dia estamos bem, em outro, tristes, mal-humorados, empáticos etc.; a oscilação de humor, tendências e temperamentos é que nos exige a necessidade de tomarmos consciência de sua existência e colocá-la em equilíbrio, cumprindo nosso papel como responsáveis por nós mesmos.

A organização desses processos pode ser considerada como nossa missão de alma, “tudo o que há em mim eu dei causa”, sem atribuir a outrem a responsabilidade de nossas culpas, tragédias, necessidade de perdão, falhas e arrependimentos. Ora, seríamos seres inúteis se todo nosso processo evolutivo dependesse única e exclusivamente de terceiros, nos tornaríamos prisioneiros de uma ilusão criada por nós mesmos, como um véu de Maya nos cobrindo os olhos para a lógica de um Universo inteligente, composto e criado por nós, a nossa existência.

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AS FORÇAS

Forças cósmicas minerais, forças cósmicas vegetais, forças cósmicas animais e força cósmica hominal (poder da lógica), entre outras.

São forças que se limitam ao seu próprio “Teto”. Cada uma dessas forças elementais ligadas a nós e nossa forma de vida como homem estão inconscientes, aguardando sua elevação consciencial se consideramos que estão diretamente vinculadas a nós até o término desta experiência de vida. Este é o nosso grande trabalho como seres humanos.

A INTELIGÊNCIA DA VIDA

Segundo Jorge Oro, “A vida é um embate permanente de todas as forças que nos formam, essa integração é que mantém a matéria coesa e o físico coeso, são forças cósmicas organizadas que agem de acordo com a inteligência de seu plano”.

Mas qual o caminho?

O caminho é simples, consiste no exercício da vontade e da busca do conhecimento.

Pessoa observando o horizonte

É como se tivéssemos um “manual de instruções”. Tenho o conhecimento de que há em mim um conjunto de forças, portanto preciso conhecê-las e trabalhá-las de maneira que cumpram seu papel uma a uma, e assim estarei cumprindo o meu. Neste momento, trabalhamos o que há dentro de nós por meio do exercício da autocompreensão, compreender a razão e a natureza de nossos impulsos para assim transmutar e exercer o controle dessas forças.

A cada existência temos a oportunidade de nos resolver, elevando assim nosso entorno e toda a humanidade.

Nos assenhoreamos de nossas forças e de nossa existência, compreendemos o que há em nosso caminho, até o momento em que já não precisamos mais compreender as forças elementais como algo que em nós existe, passando a compreendê-las como forças que nos geram, o próprio Universo. Nos tornamos o Todo e o Todo está em nós.

Esse primeiro nascimento é o nascimento de karma e quando chegamos ao momento de ascensão em que tomamos consciência do que nos move compreendemos as forças da existência e o que há à nossa frente, levantamos os olhos e passamos a contemplar o invisível e “enxergar tudo o que nele há”. Nasce assim um Dwija – Nascido de si mesmo ou Nascido duas vezes.

O segundo nascimento é como se fosse o nascimento do eu superior, pois passamos a compreender a própria existência, o Todo, e passamos a ver a humanidade, saímos da condição de olhos fechados para a condição de olhos abertos e podemos compreender até onde nossas vistas podem alcançar.

Pessoa evoluida

À medida que compreendemos este processo, nos deparamos com as batalhas cósmicas em nossa alma, então desenvolvemos hábitos que contribuem para mudar o próprio plano em que existem (ódio, antipatia, ignorância).

Engano é pensar que lutamos para melhorar nossa alma unicamente, nela há seres inconscientes que também precisam ser trabalhados e quando impulsionamos esse conhecimento em nossa alma transformamos todo o plano de existência, somos criadores Universais.

Quando criamos causas positivas para nos reconstruirmos, contribuímos para a reconstrução de nossa pátria, da própria humanidade, astral e mental, e os resultados se dão no corpo causal.

Um Dwija é aquele que possui um corpo causal desenvolvido, é o “ponto de chegada”. Do ponto de vista da humanidade, assumimos uma identidade de cidadão do Universo, visto e reconhecido por todos no Universo.

O Todo te vê e você vê o Todo.

Tenha uma boa vida!

Sobre o autor

Jessica Trindade

Graduada em Recursos Humanos pelo instituto UBS, iniciei formação em Jornalismo.

Trabalho na Gestão de Pessoal em empresa privada.

Com 30 anos iniciei meu projeto como cofundadora do Espaço Ter e Ser, cujo principal objetivo é levar o conhecimento das terapias alternativas e práticas de autoconhecimento a regiões periféricas e ao público infantil e jovem de São Paulo - Capital.

Iniciada Mestre Reiki Usui tradicional, unindo a técnica de Meditação Guiada com Reiki, o trabalho com os Números de GRABOVOI e aplicação dos métodos com o público Reikiano e não Reikiano.

Trabalho com o Reiki em Consultórios Veterinários, Casas de Repouso e em domicílio.

Ministro Palestras sobre O Reiki e o poder da cura com a imposição das mãos.

Sou mãe, amo escrever, dividir experiências e participar de eventos para autoconhecimento.

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