E hoje acordei sem assunto…
Estou tentando escrever sobre a vida, mas são tantos os temas que não tenho nenhum!
A gente liga o rádio para escutar as notícias, mas parece que somente um país é importante para o mundo na atualidade. Só falam em taxação e guerra comercial, moedas valorizando e desvalorizando conforme pronunciamentos feitos por um dirigente de uma nação. Falam das relações dos membros de um governo, que pareciam frutíferas, mas que, com o passar do tempo — e pouco tempo, viu? — estão sendo implodidas, com falas agressivas, veiculadas pelos meios de comunicação.
Às vezes, falam sobre o futebol, momento em que acontecem os campeonatos regionais e as disputas pela conquista da Taça Libertadores. Falam menos de bola e mais dos conflitos relativos ao racismo, que muitos torcedores insistem em cometer, na postura “inocente” de fazer uma simples brincadeira, e que nos países deles é “normal”, gesticulam imitando macacos. Acho que se esquecem de que cada lugar tem uma lei e que, ao serem recebidos, precisam pisar de mansinho. E essa história vem se repetindo, reproduzida inclusive pelos dirigentes pertencentes à alta cúpula, que espalham ainda mais a discórdia e as palavras se transformam em pura agressão “sem querer”, prolongando uma série de ações preconceituosas, em um mundo que pede maior tolerância e acolhimento da diversidade.
Em outros momentos, falam de política, com os eleitos para seus mandatos trocando farpas, travando decisões importantes, para alcançar o inalcançável, desconsiderando as leis que seus próprios colegas de profissão redigiram. São outras formas de disputas, aquelas baseadas no poder: poder de domínio, poder da coação pela lei, poder do constrangimento.
Disputam a atenção da população para favorecer as próprias exposições e as probabilidades de reeleição no próximo confronto.
Há outros assuntos que são de importância para o coletivo, mas não são muitas as pessoas que demonstram interesse. Assim, não há muita divulgação de reportagens mais completas sobre saúde individual e coletiva, sobre comportamento em sociedade, com pensamentos mais profundos nas pautas diárias. São tratadas como “reportagens especiais” aquelas que falam sobre saúde mental, sobre relacionamentos entre vizinhos em condomínios, a atenção sobre a prática de exercícios físicos, o hábito da leitura de livros com vários temas, a educação financeira.
Saindo um pouco da mídia tradicional, procuro olhar sempre as redes sociais e lá encontro aquilo que o algoritmo leu sobre meus últimos interesses, uma espécie de customização de conteúdo. Então, rolam nas minhas redes somente matérias sobre aquilo que me incomodam positiva ou negativamente. Tenho gostos e interesses bastante corriqueiros, mas muitas vezes sinto a necessidade de ler coisas um pouco mais complexas, até mesmo para exercitar meu cérebro, já pensando na gestão de um envelhecimento mais saudável. Leituras desafiadoras que contradizem nosso próprio modo de pensar podem contribuir para melhorar a atividade mental, na minha concepção. Posso até estar errada, mas quem vai se importar com isso?
São inúmeras as vezes que me divirto e dou gargalhadas quando assisto vídeos, imaginando quem dedica um tempo de sua vida para produzir cenas hilárias, a ponto de fazer o interlocutor esquecer que o relógio não dá trégua? É certo que estas produções geram dinheiro e alimentam o ego a cada like recebido!
Além disso, tenho o hábito de compartilhar, antes o fazia mais com a minha família, mas quando aprendi a usar uma ferramenta que alcançava mais pessoas, comecei a difundir um pouco mais o que me tocava a mente e o coração.
Mas rede social não é só um ambiente de divertimento e, se bem utilizada, pode ser uma porta para a troca de conhecimentos. Já assisti a muitos debates enriquecedores, produzidos por acadêmicos, autoridades e pessoas influentes que têm muitos argumentos para exporem. A probabilidade de assistir a uma palestra ou conversas destas pessoas seria zero se a Internet não existisse, vencendo distância e fuso horário para unir locais muito distantes.
Mesmo entendendo que o uso do celular tem sido excessivo, esta tecnologia usada com parcimônia e discernimento produz um grande ganho para os indivíduos e para a coletividade.
Voltando à falta de inspiração para escrever sobre um tópico específico, deixo esta explosão de pensamento, o conhecido em alguns meios como “brainstorm”, com palavras pulando na minha cabeça, registrando um sem fim de ideias que surgiram no meu teclado.
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Confesso que estou mesmo sem muita criatividade, talvez por uma noite pouco dormida, como tenho tido nos últimos anos, mas precisando mesmo escrever algumas palavras sobre o que me incomoda, talvez não só a mim.
Você convive com situações assim, de uma profusão de ideias desconexas, mas que, de certa forma, estão ligadas ao seu dia a dia e espaço de convivência?