Você vê o copo meio cheio, meio vazio ou apenas vê um copo com líquido até a metade? Em outras palavras, você é otimista, pessimista ou realista? Essas três posturas mudam a maneira como vemos a vida e, consequentemente, como escolhemos viver.
Há milênios, desde que a filosofia existe, o ser humano se questiona a respeito de qual é a melhor postura a ser adotada na vida, então decidimos trazer esta discussão para que você enriqueça sua jornada de autoconhecimento: é melhor ser realista, otimista ou pessimista?
Analisando a vida
Antes de mais nada, é preciso entender esses conceitos. Há uma infinidade de maneiras de pensar a vida, todas influenciadas por ideias diferentes, como a religião, a filosofia, a arte, e por aí vai. Dentro dessas divisões, há subdivisões, como a religião cristã ou a religião budista, a filosofia grega ou a contemporânea etc.
Para fazer essa análise, usemos a filosofia existencialista. Esse é só um termo complicadinho para uma ideia bastante simples. Segundo os existencialistas, nenhum acontecimento ou fato, inclusive a vida, tem significado; nós é que atribuímos um significado a eles.
Portanto, isso significa que nós, como seres humanos, é que damos significado a alguma coisa, e que, é claro, o meu significado para um acontecimento pode ser muito diferente do seu, ainda que o acontecimento seja o mesmo.
Um breve exemplo
Quer um exemplo disso? Vamos falar sobre a morte. Algum de nós sabe o que acontece quando morremos? Não, apenas temos teorias a respeito disso. Ou seja, a morte é um fato, mas cada um a entende de maneira única e subjetiva.
Um cristão, por exemplo, acredita que, ao morrer, receberá a vida eterna, onde tudo será lindo, maravilhoso e perfeito. Uma visão otimista, não? Um ateu, aquele que não crê em nada espiritual, provavelmente acredita que, ao morrermos, tudo se encerra, isto é, não há um depois. Uma visão pessimista, não?
E temos o agnóstico, aquele que não crê em espiritualidade, mas não “descrê”, por não conseguir acreditar nem na existência, nem na não existência do mundo espiritual. Para ele, a morte é só a morte e não sabemos o que vem depois, sem palpites. Uma visão realista, não?
Otimismo, pessimismo e realismo
Se ainda não ficou claro, vamos a alguns conceitos:
• O otimismo, segundo o dicionário Oxford, é “a disposição para encarar as coisas pelo seu lado positivo e esperar sempre por um desfecho favorável, mesmo em situações muito difíceis”;
• O pessimismo, segundo o dicionário Oxford, é “a tendência para ver e julgar as coisas pelo lado mais desfavorável; disposição de quem sempre espera pelo pior”;
• O realismo, segundo o dicionário Oxford, é “atitude de quem se dá conta da realidade e a avalia com justeza e objetividade, evitando julgamentos emocionais”.
Afinal, é melhor ser realista, otimista ou pessimista?
A resposta mais curta seria “depende”, mas é muito mais complexo do que isso.
À primeira vista, supor que ser otimista é o ideal pode ser tentador, porque o otimista parece mais feliz, motivado, esperançoso, não é? Se, porém, há muita dificuldade no mundo e frequentemente fracassamos, não é perigoso achar que tudo vai dar certo sempre?
Da mesma forma, a vida tem suas dificuldades e seus problemas, mas também vivemos coisas boas e passamos por felicidades em nossa caminhada. Sendo assim, supor que tudo vai dar errado e ser sempre pessimista é bastante distorcido, não acha?
E, por fim, será que é sempre benéfico ser realista e deixar de lado nossas emoções, como os medos, as esperanças, as alegrias e as frustrações? Não são justamente as nossas emoções que nos tornam humanos?
Prós e contras
Para aprofundar essa resposta e enriquecer a sua jornada de autoconhecimento, vamos analisar alguns prós e contras de cada uma dessas posturas:
• Realismo: enxergar as coisas como são, adaptar suas expectativas, estar pronto para a vitória e para a derrota;
• Otimismo: ter esperança, acreditar em recomeços, crescer com as derrotas e frustrações, ter fé em seus projetos e esforços;
• Pessimismo: estar preparado para o pior, não se deixar cegar por falsas esperanças, enxergar dificuldades e se preparar para elas.
Conclusão?
Se é que é possível chegar a alguma conclusão sobre esse assunto, o ideal seria dizer que o melhor não é adotar sempre uma dessas três posturas, mas tentar misturá-las, adaptá-las e passar de uma para a outra conforme a situação.
Ser realista, às vezes, é essencial, para que não nos ceguemos com emoções que nos impedem de ver as coisas com elas são, de maneira racional.
Ser pessimista pode nos fazer “cair na real”, evitando acreditar em ilusões e em colocar nossas fichas em esperanças falsas.
Ser otimista é ótimo em momentos de recomeço, para crescer após as derrotas e ter esperança de dias melhores quando tudo parecer ruim.
Misture essas três posturas e, provavelmente, vai encontrar a maneira mais equilibrada de ser nessa longa caminhada da vida.
Para encerrar este artigo, aqui vão três citações sobre o assunto, cada uma defendendo uma dessas três posturas:
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“O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade.” — Winston Churchill
“Otimismo é a mania de sustentar que tudo está bem quando tudo está mal.” — Voltaire
“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.” — Ariano Suassuna.
E aí, qual é a sua conclusão? Você prefere ser realista, otimista ou pessimista? Compartilhe conosco a sua opinião sobre esse assunto e sobre como você vive a vida!