Antes de mais nada, é sobre mudar para se adaptar, evoluir, é sobre mudar, não para “caber”, mas para transbordar se for preciso. É sobre entender a transitoriedade da vida e se alegrar com ela. É ser impermanente, com certeza. É sobre se desconstruir para se erguer novamente quantas vezes for preciso. E é sobre isso… mudanças, desencontros, desconstruções… e tá tudo bem!
Se há uma certeza na vida é a de que tudo com o que nos relacionamos um dia vai mudar. Pense em todas as suas relações: pessoais, interpessoais, profissionais… enfim, tudo o que você toca vai sofrer mudanças em algum sentido.
Seja porque você próprio irá mudar, e muito, por conta das coisas que também irão mudar ou simplesmente porque a vida quis assim. Uma imensa sucessão de mudanças e acontecimentos simultâneos, por vezes sem ordem alguma. É o seu mundo em completo desencontro.
Assim, ao mesmo tempo em que desejamos que algo mude em nossa história, invariavelmente nos apegamos à ideia de que tudo irá durar para sempre, permanecendo do jeitinho que idealizamos.
Temos uma forte tendência ao apego exagerado às pessoas, às coisas e aos momentos, o que é angustiante, pois foge ao nosso controle. Se tem algo com o qual nós, seremos humanos, nos identificamos é com a vontade de ter controle sobre tudo o tempo todo.
“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida” – Vinícius de Moraes
Também nos desencontramos quando perdemos a conexão com nós mesmos, com o que temos de referência. Portanto seria injusto, depois de tantos esforços a fim de alcançarmos determinado padrão de conhecimento, cultura e amor próprio, que isso tudo se transformasse ou se perdesse. Mas é o que acontece quando nos deparamos com o “desencontro” da vida.
Novamente tudo se modifica, se transfigura. E resta aquela dorzinha do que iria ser mas não foi, de que tudo foi em vão.
Dessa forma, o que nos resta é a aceitação. Aceitar o processo, acima de tudo se envolver nele no intuito de compreendê-lo. Ampliar o olhar com o objetivo de superar o seu antigo projeto, que por vezes estava ligado intimamente ao de outra pessoa. Desconstruir quem você era para se mover em direção ao seu novo projeto-de-ser no mundo.
Um projeto incompleto, como todo projeto deve ser, mas repleto de novas possibilidades, novos sentidos. É sobre isso!
Quando tudo parece perdido, lembre-se de que é tempo de desconstruir… Ou você se desconstrói para existir ou morre na construção.
Você também pode gostar
Quaisquer dúvidas ou se precisar de ajuda, fique à vontade para enviar uma mensagem. @eduardo_psi
Obrigado e até a próxima!