Autoconhecimento

Em paz com a comida

Menina segurando um sorvete de cone e fazendo o sinal da paz com a outra mão.
Escrito por Luiza Camargo
Comer é um dos maiores prazeres da vida. Comemos várias vezes por dia e todos os dias. Estar de bem com a comida, poder comer o que escolher e quiser é algo que nos traz uma alegria imensa.

Para algumas pessoas pode soar assustador. Posso comer o que eu quiser? Vou me acabar de comer churros, por exemplo.

Só de imaginar a pessoa já sente a culpa por comer algo “proibido”, “errado”, “não permitido” para ela.

Se ampliarmos a visão e nos aproximarmos da comida sem medo, a relação pode mudar. Somos livres para escolher o que comer. Confiar e respeitar os sinais do corpo é o que nos acompanha nesse caminho.

Mulher segurando vitamina na mão.

Perguntar ao seu corpo quanto ele quer receber daquele alimento para que se sinta confortável e não fique sobrecarregado, com mal-estar, azia, precisando dormir à tarde toda ou abrir as calças.

Quanto de bolo quero comer? 

Seu corpo lhe indica com sinais se quer ou não aquele bolo e quanto será bom para ele. O trabalho está em recuperar os sinais internos, confiar na sua sabedoria e respeitá-los.

Quer experimentar? 

Escolha um alimento que você queira comer, desses que tem alguma proibição para você. Sente-se e deixe de lado as distrações de celular, TV, computador, livros ou revistas. Faça uma respiração e note em seu corpo os sinais que lhe serão apresentados, como a boca salivando, um formigar no estômago, uma animação no corpo, um frio na barriga ou o que mais notar.

Uma jovem mulher chegando em casa com compras.

Ao comer, saboreie e olhe para o alimento escolhido, note cores, formas, sinta a textura, os sabores, aromas e o alimento sendo mastigado. Perceba se o sabor está de acordo com o que você imaginava. Quanto de prazer e alegria aquele alimento lhe traz? Note o quanto você quer daquele alimento a cada mordida.

Sinta também o quanto sente de prazer conforme vai comendo. Isso é importante para comer o quanto você quer realmente e não se basear no tamanho da porção. Às vezes, com metade da porção você já estará satisfeito e seu corpo lhe indicará que quer parar de comer. Respeite e confie nos seus sinais.

Você pode descobrir que não é tão gostoso quanto imaginava e está tudo bem, pois você pode escolher o quanto vai comer. Muitas vezes os alimentos “proibidos” são memórias de infância e podemos perceber que hoje não são tão gostosos como já foram no passado.

Fazer as pazes com a comida é transformador. 

Aos poucos vamos nos familiarizando com o nosso corpo, honrando a fome e respeitando os sinais para nos permitirmos comer sem culpa. Quando praticamos mindful eating, a alimentação consciente, novos caminhos se abrem para essa relação com a comida e com o corpo. Experimente!


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Sobre o autor

Luiza Camargo

Sou nutricionista e instrutora de mindfulness e mindful eating. Acredito na união da Nutrição, Mindful Eating, Mindfulness e Meditação. O alimento é um veículo para nutrir o corpo e a mente e, também, um reflexo de como lidamos com nossas vidas. Na minha trajetória sou pós-graduada em Obesidade e Emagrecimento e com especialização em Nutrição Desportiva. Realizei o treinamento em Mindful Eating-Conscious Living pela UCSD e Estratégias de Mindfulness pela MTI.

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