Vamos usar o sol como exemplo. Na verdade, a luz do sol. Quando essa luz surge, ela vai em todas as direções, sem distinção. É uma energia dispersa. Ela vaga e aquece tudo da mesma forma. Se você canalizar essa energia utilizando, por exemplo, uma lupa, concentrando seus raios, você irá perceber que os filamentos de luz ficam muito mais fortes; tão fortes que são capazes de queimar aquilo para onde apontam. Desta forma, estamos constantemente emanando energia, pois sempre que você pensa, o seu cérebro faz uso de todos os impulsos elétricos, eletromagnéticos e energéticos, o que libera e atrai energia. Se você foca a sua mente em um aspecto ou tem um grande sentimento envolvido ali, a sua energia é canalizada. Se você não tem um objetivo ou não está pensando em nada, a sua energia está dispersa.
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A vibração, por sua vez, é o seu estado energético. O início de tudo é energia, mas conforme vamos adotando a mesma forma de pensar ou de agir, é como se acostumássemos a nossa mente a liberar um tipo específico de energia. Cada pessoa tem um padrão próprio de comportamento, hábitos e pensamentos que criam uma constante em sua vida. Essa constante começa a criar uma vibração que acaba se tornando a sua identidade energética, então os pensamentos e emoções criam energia e seus hábitos e comportamentos criam uma vibração. Com esse entendimento, podemos compreender melhor o que vem a ser o campo morfogenético. Ele é a memória de tudo o que recebe essa energia, de tudo que recebe a sua vibração. O campo morfogenético é mais do que a vibração. Esse campo se torna algo tão forte e poderoso que vai além de você e começa a afetar o seu ambiente, as suas relações e principalmente as conquistas da sua vida e de todos as pessoas atreladas a esses campos.
Pense na diferença que você sente quando você vai a um parque e quando vai a um cemitério, por exemplo. Cada um dos ambientes absorveu e moldou a energia e as histórias de todas as pessoas que passaram por lá. É por isso que você sente que o parque tem um energia mais leve que a do cemitério. Acontece que esses campos não estão só em parques ou cemitérios; eles estão em todos os lugares. Na sua empresa, na sua casa, no seu quarto, na sua família e também em você. O seu campo morfogenético familiar é o resultado de toda a história ali armazenada, de tudo que eles passaram, de como se comportaram, o que pensaram, as escolhas que fizeram e de tudo o que trouxe você até aqui. Afeta tudo o que você atrai ou repele da sua vida. Tudo a sua volta reflete todas as experiências armazenadas pelo seu sistema de origem. Sua família, seus ancestrais. Esse campo vem sendo criado há séculos, fortalecido durante anos e acaba definindo e afetando nossa realidade, ou melhor, a forma como nos relacionamos com ela. Pensamentos, sentimentos, situações e comportamentos de todos os que vieram antes de nós estão constantemente nos afetando, assim como no exemplo do parque e do cemitério.
É uma memória de campo. Existe o seu campo pessoal, o seu campo familiar, o do bairro em que você vive, o de sua cidade e assim sucessivamente. E você sabe por que o campo familiar é o que mais influencia você? Porque foi ele que deu origem a você. Você é parte daquele todo de informações que ali foram sendo armazenadas. Além da carga genética que cada um possui, devemos considerar a forma de pensar, de agir, de se relacionar e de se colocar no mundo. Em outras palavras, a energia, a vibração, os pensamentos e os comportamentos ficam armazenados no campo e seguem nos influenciando ao longo da vida toda. A saída é acessar o campo, identificar as informações ali armazenadas e gradativamente ir transformando as memórias desse campo de informação ancestral. Por isso dizemos que, durante o processo das constelações, o entendimento acaba enfraquecendo o resultado. Faz sentido para o campo e é lá que as transformações precisam acontecer inicialmente.
O pensamento, para a constelação, é sistêmico, ou seja, a realidade depende do observador e foca nos padrões que estão inseridos ali antes de nós. Estamos acostumados a nos relacionar com o pensamento de forma cartesiana, ou seja, focados no indivíduo, no certo e no errado, no bom e no ruim. É uma realidade única. Por isso é que a busca pelo entendimento nas constelações acaba sendo limitado, pois esse entendimento tende a ser de certo ou de errado e sempre acaba excluindo outras percepções possíveis. Já o sistêmico engloba tudo e vai além de nós, pois há uma energia maior que vai atrair ou repelir de acordo com o campo vibracional familiar e só depois manifestar o campo pessoal de cada um nele inserido. Com esse entendimento, para uma boa experiência na vivência sistêmica, antes de mais nada, é preciso aceitar que há uma energia maior com a qual precisamos estar alinhados, para assim sermos capazes de transformar nossos campos individuais.
É com essa postura, voltada para o todo e não para o indivíduo, que acessamos esses campos de memória, processamos as informações que surgem, liberamos as soluções que emergem e esperamos o tempo necessário para que cada nova informação atue nessa memória formada há tantas gerações. Sabendo agora de tudo isso, podemos perceber que o entendimento no nível do consciente acabaria por limitar o campo de atuação do resultado. A constelação traz para você novas informações. Cada uma delas, por menor que seja, pode causar um grande efeito. A sua única responsabilidade é encontrar, com o passar do tempo, a partir dessas informações que surgem no campo, novas possibilidades para se relacionar com a vida. É por meio dessa nova postura que novos pensamentos, novas emoções, novos hábitos e novos comportamentos começam a surgir. Cabe a você e somente a você a decisão de como irá conduzi-los a partir de então. Quando estamos em nosso lugar, no sistema de origem, estamos em nosso lugar no mundo. No centro sentimos leveza!