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Quem foi Buda?
Siddartha Gautama nasceu no principado indiano de Kapilavastu, na região da cordilheira do Himalaia, que hoje pertence ao Nepal (localizada ao sul do país). Criado por seu pai para ser um guerreiro cercado de regalias, o príncipe viveu até seus 29 anos no palácio, isolado do mundo, sem conhecer a fome, a miséria e o sofrimento.
Sentindo que riqueza e luxo não garantiam felicidade, ele resolveu contrariar o pai e partir em busca de conhecimento para livrar o homem do sofrimento. Abandonou uma vida de privilégios, tornando-se discípulo dos ascetas (praticantes de uma doutrina filosófica, o ascetismo, que prega uma vida regrada, longe dos prazeres mundanos, e guiada pela busca da perfeição e do equilíbrio moral e espiritual).
Considerado pelos ascetas um traidor dos seus princípios (por ter sido alimentado após desfalecer em decorrência de um jejum severo) e por eles abandonado, Siddartha seguiu sozinho numa nova fase de meditações em busca de elevação espiritual. Permaneceu meditando por dias até alcançar a iluminação e a descoberta da verdade, passando então a ser conhecido como Buda Sakyamuni.
Buda levou os ensinamentos do budismo às pessoas que, assim como ele, buscavam a iluminação.
As Quatro Nobres Verdades
As Quatro Nobres Verdades formam a essência dos ensinamentos do budismo. O objetivo principal é libertar-se do sofrimento. Buda afirma que há um caminho para superar o sofrimento, que é explicado no Nobre Caminho Óctuplo. Os ensinamentos mais básicos do budismo resumem-se a evitar ações não virtuosas, fazer o bem e dominar a própria mente.
1ª Nobre Verdade – A verdade do sofrimento (dukka)
O ser humano sofre. Fora do equilíbrio natural, a vida humana gera todo tipo de sofrimento – físico, mental ou emocional. Para atingir o equilíbrio, é necessário estar sintonizado aos movimentos do universo. Interromper esse fluxo coloca o ser humano em sofrimento, daí o apego a situações e a estados que ele acredita que vão durar para sempre. Mas o universo é movimento.
2ª Nobre Verdade – A causa do sofrimento (samudaya)
Quando o ser humano não aceita o fluxo natural do universo, negando a sua impermanência, ele foge do aqui e do agora, ficando preso ao passado ou ao futuro, então deseja sempre estar em outra situação. Isso gera frustração e sofrimento em vários níveis. Sendo assim, a causa do sofrimento é o desejo, aquele de negar a mutação e a brevidade das coisas, o que está completamente fora de sintonia com as leis naturais do universo. Só o momento presente é capaz de libertar o ser humano desses desejos nulos.
3ª Nobre Verdade – Cessar o sofrimento (nirhodha)
“Esteja com este momento”, dizia Buda. Isso significa que devemos estar no aqui e no agora, não presos ao passado nem apreensivos com o futuro. Precisamos estar em sintonia com as leis naturais do universo e aceitar a sua impermanência.
Aquele que está no momento não sofre, pois não está apegado ao desejo. É cessando esses desejos infrutíferos que o ser humano se liberta das rodas da matéria, expandindo sua consciência e dominando sua própria mente.
4ª Nobre Verdade – o caminho que nos liberta do sofrimento (magga)
Transcender o eu (ego) é o caminho, segundo Buda. Essa nobre verdade é parte de um conjunto de oito práticas chamado Nobre Caminho Óctuplo, um dos maiores ensinamentos budistas, também conhecido como o Nobre Caminho Óctuplo ou o Caminho do Meio (pois baseia-se na moderação e no equilíbrio e evita-se qualquer extremismo – positivo ou negativo.
No ensinamento budista, as práticas do Nobre Caminho Óctuplo são condutas para se atingir o estágio da iluminação completa no budismo, livrando-se do sofrimento. Estão agrupadas na Estrada Tripla, assim subdivididas:
Estrada da Sabedoria: entendimento correto (adquirir entendimento por meio dos estudos do budismo); pensamento correto (devem ser cultivados bons pensamentos e afastar os sentimentos ruins).
Estrada da Ética: palavra correta (buscar uma fala amigável e empática, sem desperdícios); ação correta (assumir atitudes em prol do bem-estar comum); modo de vida correto (viver de maneira ética e sem causar mal aos outros).
Estrada da Meditação: esforço correto (determinação e autodisciplina para reconhecer os limites e transcender); atenção correta (ter consciência do que é verdadeiro e do que não é); concentração correta (conquistar um estado de tranquilidade por meio do autoconhecimento).
Saber mais sobre o budismo e seguir os ensinamentos budistas é um caminho para alcançar evolução pessoal e espiritual. Tente!