Runas é um oráculo que ultrapassa as fronteiras e amplia os níveis de consciência na busca de respostas e caminhos. A palavra runa significa “segredo ou mistério” e sua origem vem da prática dos sacerdotes Vinkings, na crença de que as runas eram um presente de Odin. Ela representa um preceito de sabedoria, poder e lucidez. As runas deram origem ao alfabeto chamado Elfuthark. Com o passar do tempo, a tradição Nórdica de tirar as runas foi resistindo e se perpetuando. E, como qualquer linguagem, elas sofreram algumas mudanças ao longo dos tempos, portanto, hoje, existem variações de runas.
Você encontrará nesse artigo:
Histórias das runas
Por volta do ano de 150, os povos localizados no norte da Europa criaram suas primeiras escrituras alfabéticas. Chamadas de “Runas”, essas escrituras eram feitas em ossos, metais e madeiras e utilizadas em jogos de adivinhação, para escrever poemas e até mesmo como amuleto de proteção. As runas eram o único alfabeto dos povos nórdicos, no entanto ela nunca evoluiu para escrita.
Segundo a mitologia nórdica, as runas foram um presente do Deus Odin. Ele as teria conquistado enquanto buscava um sinal sentado na Yggdrasil, (cavalo de Odin) conhecida como a árvore da vida. Para os antigos nórdicos da Idade Média, o Universo tinha o formato de uma grande árvore abundante. Após nove dias e nove noites, os céus teriam atendido seus pedidos e sido aberto, deixando as runas caírem em suas mãos. Dentro da mitologia Nórdica, as runas têm destaque próprio, pois são elas que contam a história da criação dos Deuses e tudo que conhecemos hoje.
Durante a Idade Média (séc. V a séc. XV), as runas foram perseguidas pelo cristianismo e proibidas pela inquisição por ser considerada jogo de bruxaria e substituída pelo alfabeto latino. Com o Renascimento, as runas foram popularizadas principalmente entre os ciganos e os astrólogos, que passaram a usar como oráculo com intuito de respostas.
O alfabeto rúnico é composto por 24 runas, dividido em três grupos de oito símbolos, que são as realizações emocionais, realizações físicas e realizações espirituais.
Leitura das runas
É importante ver as runas não apenas como um alfabeto ou oráculo, mas como um caminho que se relaciona tanto aos mitos nórdicos quanto ao pensamento de hoje. Elas são parâmetros para o entendimento dos mistérios da vida.
O primeiro grupo traduz os assuntos materiais e define o que o pesquisador deve adquirir em sua jornada: Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raidho, Kenaz, Gebo e Wunjo, regido por Frey e Freyja, os irmãos gêmeos da raça Vanir Deusa da fertilidade. A partir do contato com o primeiro grupo, conhecemos a história da criação do Universo, aprendemos sobre a nossa vida encarnada e a criação do primeiro clã humano.
O segundo grupo regido pelos Deuses guardiões Humdall e Modgud revela os assuntos emocionais, os desafios enfrentados para a sobrevivência e os caminhos para a vitória. As runas são Hagalaz, Nawthiz, Isa, Jera, Eihwaz, Perthro, Algiz e Sawilo.
O terceiro grupo regido pelas divindades ancestrais Tyr e Ziza nos remete aos assuntos da nossa natureza mental e espiritual, revelando a jornada final. Caminhando por aquilo que nos define enquanto seres divinos para alcançar a ascensão. As runas que compõem esse grupo mostram, enfim, o nosso grande objetivo na jornada espiritual. São eles: Tiwaz, Berkana, Ehwaz, Mannaz, Laguz, Ingwaz, Othala e Dagaz.
Como funciona a consulta com runas?
Os bons runólogos têm interesse em conhecer todos os aspectos envolvidos da situação apresentada para oferecer uma boa orientação. A pergunta precisa ser clara e objetiva, sem dúbios ou incoerência, pois a legitimidade é de grande importância. Eles costumam usar o jogo das três runas, que é o mais usado pelas deusas do destino, em que são escolhidas três runas pelo consulente, as quais representarão o passado (o que determina a situação), o presente (como está a situação no atual momento) e o futuro (a resolução da situação).
Você também pode gostar
É importante lembrar que, como qualquer oráculo, as runas mostram os caminhos da linha do destino traçado pela espiritualidade a partir de uma situação já estabelecida e que proporciona a possibilidade de resolução, mas caberá ao consulente fazer a sua jornada.