Quase sempre nos sentimos caminhar no desconhecido. Vemos coisas, objetos, formas… Não as identificamos.
O que é isso? E aquilo? Não sabemos, foi de repente que nos encontramos nessa trilha, éramos bebês, hoje estamos adultos. Que trilha é essa? Por que estou nela?
Somos cegos sem apercebermos que enxergamos. Nos passos que damos em nossa existência terrena, não nos vemos com olhos interiores, os da alma, mas por darmos atenção ao imediato, avaliarmos a nossa estrada com os olhos do corpo, repudiáveis distorções atingem o pensamento, fazendo-nos andarilhos privados da visão.
É necessário ouvir o silêncio para que enxerguemos. É pelo mutismo das emoções que ouviremos nosso íntimo e por ele aguçarmos para a razão do nosso caminhar nesse planeta.
Buscamos ver nos outros modos que justifiquem nossos desacertos e assim nos pautamos sem que vejamos, nessa trilha, as pedras, os buracos e os espinhos de cujas feridas lamentamos, choramos e praguejamos.
Vamos seguindo nos entregando às emoções, ensejando, mais ainda, que a treva cubra o nosso interior, degenerando a percepção.
Virtudes não são vistas, os males, contudo, destacam; bênçãos Divinas recebem interpretações impróprias.
Ao encontramos alguém elegante, atiramos-lhe a pecha da vaidade.
Entendemos o amor como desejos carnais, tanto é que se diz fazer amor e não fazer sexo.
Àquele que se dedica à política pública, lhe apedrejamos com as alcunhas impróprias.
Se encontramos quem não é perdulário, que usa o dinheiro com proveito e por isso possui bens, costumamos acreditar ser posses escusas.
O ciúme destrói amizades, lares, afeto. A inveja tolhe a iniciativa, a suspeita calunia o inocente, a malícia produz maldade. São infecções das quais devemos prevenir não permitindo que a nossa consciência se contagie.
É lamentável que percamos o nosso viver ao pigmentarmos os aspectos de fora com o escuro do nosso entendimento, onde não há cores, apenas tonalidades de cinza.
É tratando de nós, espírito, que erguemos a saúde do corpo físico, para seguirmos com aprumo pela estrada que nos compete caminhar.
Somos animais racionais e não seres emocionais, sendo necessário, pois, que sejamos alunos aplicados das lições de acerto que nos são ministradas no curso de nossas vidas, clareando o entendimento para que possamos ouvi-las e compreendê-las.
Meditemos nas oportunidades perdidas quando a misericórdia nos chamou para o auxílio e não a atendemos.
Recordemos dos passos inúteis quando, pelo revide, desperdiçamos o enriquecimento interior pelo perdão.
Pensemos na perda da luz do amor quando, a desprezando, preferimos o ódio por quem nos feriu.
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Atinemos para as atitudes vãs que se foram sem qualquer aproveitamento para o espírito.
Quanta dor deixamos de aliviar por optarmos pela indiferença?
São bons momentos que perdemos por dedicarmos ao desamor, obscurecendo a visão do caminho que, pelo acerto, devemos trilhar.
Ainda há tempo para tirar dos olhos a venda que impede a luz, é só ter coragem.
Obrigado por me ouvir.