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Equoterapia: Força, equilíbrio e concentração

Escrito por Lyani Prado

É uma modalidade muito diferente das terapias convencionais e, por isso causa muita curiosidade e interesse para todos nós, não só por sua característica incomum, como também por proporcionar respostas rápidas e uma evolução verdadeira em vários tipos de tratamentos.

Os ganhos que essa modalidade traz são inimagináveis, seja no âmbito psicológico, físico, emocional e mental.Isso começa da forma como a pessoa que pratica a Equoterapia é intitulada, praticante e não de paciente ou aluno. Desde o primeiro atendimento, fica evidenciada a evolução do praticante, no que se refere a melhora: da autoestima, do equilíbrio, da postura, na capacidade de concentração, entre outros benefícios.

As duas áreas que conduzem pessoas para esse tipo de terapia são: Saúde e Educação. As qualificações profissionais exigidas na Equoterapia são: Psicólogo, Fisioterapeuta e Profissional de Equitação. Além disso, participam também outros profissionais da área da saúde e da educação, tais como: fonoaudiólogo, médico clínico geral, psicopedagogo, pedagogo, terapeuta ocupacional, educador físico, enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem. No que se refere aos animais, os profissionais envolvidos devem ser: médico veterinário, equipe para serviços de auxiliares, guias e tratadores e etc.

A participação interdisciplinar de vários profissionais, é sem dúvida alguma, fundamental e traz um ganho incontestável para o praticante. Os resultados ficam registrados na mente e no corpo dessa pessoa.

A oferta e a existência do trabalho de Equoterapia está condicionada à filiação das Clínicas ou Centros de Equitação ao orgão que regulamenta essa terapia, a ANDE – Associação Nacional de Equoterapia, com sede em Brasília. Vale ainda esclarecer que a Equoterapia pode ser aplicada como tratamento principal, complementar ou ainda na reabilitação de quaisquer tipos de pessoas, tenham elas deficiências físicas e/ou mentais ou não.

Menino segurando dois cavalos e sorrindo
Vasyl Syniuk / Shutterstock.com

Os métodos utilizados derivam de técnicas e procedimentos de psicologia, fisioterapia e da equitação nas atividades equestres, nas áreas de saúde e educação, trazendo benefícios rápidos, efetivos e definitivos. A Equoterapia é aplicada em inúmeros casos de doenças, síndromes e desordens como: autismo, déficit de atenção, hiperatividade, dificuldade de aprendizagem, paralisia cerebral, Síndrome de Down, Síndrome de Rett, estresse pós-traumático, dependência química, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM), AVC (derrame cerebral), microcefalia, hidrocefalia, sequela de cirurgia de crânio, problemas de fala, depressão, ansiedade, entre muitas outras.

Uma pessoa que foi praticante de Equoterapia, jamais terá a mesma condição e estado de saúde física e psicológica que apresentava no início do tratamento ou da reabilitação. Os resultados obtidos estarão sempre presentes na vida do praticante. Entre eles pode-se destacar: estabilidade, equilíbrio e boa postura seja quando sentado ou em pé, no caminhar, na atenção mais concentrada, no maior foco e atenção às aulas ou em uma atividade que exija concentração por um tempo maior, na melhoria da memória, na capacidade de ficar ereto ou sentado por mais tempo, entre outras.

Nesta atividade, é muito importante que o profissional participe de corpo inteiro, para trabalhar com todo o corpo do praticante, é um trabalho global. Esse envolvimento contribuirá para o desenvolvimento do tônus, da força muscular, do relaxamento, do equilíbrio, da coordenação motora, da atenção e, principalmente, da autoestima do praticante. Para isso, o profissional de Equoterapia deve manter uma condição física saudável e equilibrada.

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O cavalo é o nosso maior parceiro e, por isso, é fundamental que o animal escolhido para a Equoterapia seja mantido exclusivamente para esse trabalho. O cavalo, apesar de seu porte e tamanho, é um animal acolhedor, afetivo e capaz de nos entender mais do que a nós mesmos. É muito comum que as pessoas se apeguem a animais domésticos, animais de estimação que são indicados para depressão, solidão, etc. Mas, na Equoterapia tem-se o prazer de conviver com um parceiro que na verdade nos carrega, um animal de coragem, de luta, de guerra, de respeito, de defesa. Um verdadeiro gigante.

A Equoterapia desperta o interesse das pessoas e, apesar de pouco conhecida, é uma modalidade de terapia que deveria ser muito mais empregada em diversos tipos de tratamentos e reabilitações. Esperamos que essa modalidade, nada convencional, seja em breve reconhecida por todos os órgãos federais de categorias profissionais, como uma terapêutica efetiva e extremante válida.

Sobre o autor

Lyani Prado

Lyani Prado é Psicóloga, Equoterapeuta e Sexóloga. Formanda em Análise Psicodramática.

E-mail: lvp8862@gmail.com