Pensa rápido! Qual foi a última vez que você segurou uma caneta e escreveu alguma coisa? Provavelmente quando você parou para escrever uma receita, não é mesmo? A hora que você marcou na Zona Azul? A ficha do médico das crianças? Nessa era de smartphones, mensagens a toda hora, e gastando metade das nossas horas online, grande parte de nós se esqueceu da nobre arte de pegar uma caneta e escrever num papel à moda antiga. O que é péssimo, pois se você quer reter informação, você precisa escrever a mão.
Como? Me diz!
Escrever a mão realmente estimula a atividade neural de uma forma que você não consegue o mesmo efeito apenas digitando. Durante o experimento na Indiana University, crianças de uma pré escola que estavam aprendendo o alfabeto, foram divididas em dois grupos. Foi mostrado ao primeiro grupo as letras e o que elas eram, já o segundo grupo ficou com a tarefa adicional de escrever as letras. Quando as crianças foram colocadas numa “nave espacial” (máquina de ressonância magnética), o cérebro das crianças que escreveram estava super ativo. Sua atividade neural não estava somente mais realçada, como também mais similar a atividade de um cérebro adulto, o que presumimos que tenha feito os pesquisadores checarem seus níveis de colesterol enquanto estavam lá.
Em outras palavras, parece ser o mesmo princípio do palácio da memória mencionado anteriormente — forçar uma parte do cérebro a entrar em ação para ajudar na memorização. Nós inventamos os teclados porque digitar é uma forma mais fácil e rápida de escrever, mas esse “rápido” significa que estamos perdendo a habilidade única de escrever a mão, que é responsável por gravar informações nos nossos cérebros. Então, sabe aqueles flash cards de antes? Pegue um papel e uma caneta, e escreva tudo ao invés de imprimir no computador. Veja sua pontuação aumentar.
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Um estudo de 2008 provou que isso funciona especialmente quando você está aprendendo algo que envolva fatores desconhecidos, como linguagem de computador, partituras, ou japonês. Novamente, fazer seus dedos trabalharem sobre o papel impulsiona uma parte completamente diferente do seu cérebro que é praticamente a mesma coisa de você estar se olhando no espelho, e dizendo “Lembre-se disso, caramba!”
Escrito por Amanda Magliaro da Equipe Eu Sem Fronteiras