A doutrina dos espíritos, revelação anunciada por Jesus, trouxe uma marca indelével para a humanidade. Nada obstante as inúmeras dificuldades encontradas, Allan Kardec, missionário responsável por esse ingente esforço, conseguiu confirmar a comunicação dos espíritos com os seres encarnados como algo natural e não de origem demoníaca.
Enfrentando os dogmas e rigidez da época, não se intimidou. Obtendo informações e confrontando-as com tantas outras, constatou a veracidade do que lhe era apresentado, valendo-se da observação e da ciência, que é um dos pilares da terceira revelação.
A luta foi intensa e a glória bem maior. No aprofundamento de suas pesquisas contou com diversos cientistas para afastar o misticismo e o sensacionalismo das ocorrências, face à curiosidade de muitos que se aproveitavam para encenar truques e iludir o povo. Criterioso e competente, obteve incondicional ajuda dos espíritos superiores para tamanha façanha cuja credibilidade derrocou as sombras da ignorância da época, já que os chamados “fenômenos” eram corroborados pela ciência que fortalecia o entendimento.
A mediunidade firmou-se nas comunicações, materializações e fenômenos de transportes, evidenciando a verdade perante todos, a exemplo dos livros Fenômenos de Materialização, de Paul Gibier e Ernesto Bozzano e Fenômenos de Transporte, de Ernesto Bozzano, e muitos outros.
Não havia como contestar os fatos a não ser por aqueles que não se dobravam às evidências.A época era propícia face ao Iluminismo que trazia novos horizontes de conhecimento e sentimentos humanos. As mentes mais sensíveis e, obviamente contando com o concurso da espiritualidade, oportunizaram novas concepções frente às realidades incontestes.
Assim, o espírito “fora desvendado” à luz desses estudos profundos e consistentes, para que houvesse com a racionalidade a convicção de que somos espíritos imortais vivendo em corpos perecíveis. E, ainda, que os sofrimentos que nos assolam são frutos das condutas delituosas quanto às leis de Deus decorrentes dos pensamentos enfermiços do espírito. Dessa forma o espírito foi confirmado como sendo a sede do pensamento e nela residindo as mazelas que eclodem no corpo físico.
Destarte, tratar da alma consiste em curar, também o corpo enfermo. Sendo o ser humano um complexo bio-psico-socio-espiritual, abriga o cerne de todos os seus desafios de onde promanam as nossas ações, trazendo-nos as boas ou más consequências daquilo que realizamos.
Dizemos doutrina da alma por ser esta a essência da vida por albergar a centelha divina que nos impulsiona para a luz — o caminho que Jesus nos deixou. Invariavelmente ela é a chave do progresso necessário e, por conseguinte, deve ser nela que deveremos nos debruçar para que possamos evoluir cumprindo a lei do progresso comum a todos nós. No processo reencarnatório trazemos o acervo das boas conquistas e também a decepção dos desacertos do pretérito.
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Esses arquivos é que deverão ser modificados no caminho da nossa evolução. Corrigindo-os e vivenciando novas oportunidades de aprendizado, estaremos no caminho da luz. Por meio dessa depuração é que estaremos nos libertando das dores e sofrimentos que fustigam o corpo físico.
O espiritismo trouxe-nos conhecimentos que convalidam pelos estudos o discernimento que nos conduz à certeza da imortalidade do espírito e que caminhamos todos, sem exceção, para o a paz no reino de Deus.