Dentro das casas, assim como dentro do útero. Sementes dentro da terra.
Estavamos nos desenvolvendo em pleno vapor, mas esquecemos nossas raízes. Esquecemos do poder da simplicidade e das relações verdadeiras.
Nos colocamos em contato direto e apegado com todas as coisas que são efêmeras e começamos a cultivar a necessidade de cada vez mais para suprir o medo da perda. Da certeza que não temos mais onde segurar. Porque estamos na areia movediça.
Nossa atenção foi voltada totalmente para fora: coisas para fazer, tudo para ontem. Produzir, ganhar mais, consumir, mostrar.
De repente, nossa mãe, a Terra, nos fez obrigatoriamente voltar para dentro do útero.
Nos fez voltar pra dentro da Terra e nos fazer sementes, mesmo a contragosto. Porque toda mãe educa. A gente se revolta, algumas vezes. Alguns filhos são mais teimosos e talvez orgulhosos e se recusam a aprender a lição.
Porém, não temos como fugir. Ao mesmo tempo, temos o livre arbítrio. E quem quiser aprender, vai, com certeza, ganhar muita sabedoria. Mas quem não quiser… O que podemos fazer?
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De todos os bons professores que tive na vida, todos diziam: façam perguntas. Eu não vou sair falando tudo o que sei aos quatro ventos se não tiverem interesse em saber.
Por isso, vamos fazer perguntas. E sobre o que é imutável, permanente. O que estamos fazendo na Terra neste momento? Por que escolhemos estar encarnados aqui e agora? Qual o meu papel agora?
Aproveitar para cultivar o silêncio? Aprender a lidar com o medo e a insegurança, descobrindo o permanente e a segurança na fé? Aprender mais sobre a convivência em família?
Ou todo esse tempo estive me preparando para trabalhar e ajudar outras pessoas que estão começando suas buscas pessoais? Por que a situação assim nos obriga?
Nossa mãe está nos educando, e, se quisermos nos manter como espécie vivendo dentro dela, precisamos voltar para o seu ventre e deixar que ela nos mostre como nos gestar, novamente.
Nos fechamos, talvez em espaços pequenos. E vamos aprender a fechar os olhos e olhar para dentro de nós e, possivelmente, descobrir que atrás de todo medo, de toda angústia, da sensação de claustrofobia e da raiva existe um Universo inteiro.
E dentro dele tem toda liberdade do mundo.
Aproveite esse momento, como um presente. Aceite a lição que nos está sendo ensinada. Entre pra dentro e as respostas virão.
Basta perguntar.