Autoconhecimento

Estamos nos gestando

123rf/Robert Hilscher
Escrito por Juliana Ferraro

Dentro das casas, assim como dentro do útero. Sementes dentro da terra.
Estavamos nos desenvolvendo em pleno vapor, mas esquecemos nossas raízes. Esquecemos do poder da simplicidade e das relações verdadeiras.

Nos colocamos em contato direto e apegado com todas as coisas que são efêmeras e começamos a cultivar a necessidade de cada vez mais para suprir o medo da perda. Da certeza que não temos mais onde segurar. Porque estamos na areia movediça.

Nossa atenção foi voltada totalmente para fora: coisas para fazer, tudo para ontem. Produzir, ganhar mais, consumir, mostrar.

Tronco de árvore inclinado para frente, sendo abraçado por mãos humanas, representando uma barriga grávida.
123rf/Nikolay Litov

De repente, nossa mãe, a Terra, nos fez obrigatoriamente voltar para dentro do útero.

Nos fez voltar pra dentro da Terra e nos fazer sementes, mesmo a contragosto. Porque toda mãe educa. A gente se revolta, algumas vezes. Alguns filhos são mais teimosos e talvez orgulhosos e se recusam a aprender a lição.

Porém, não temos como fugir. Ao mesmo tempo, temos o livre arbítrio. E quem quiser aprender, vai, com certeza, ganhar muita sabedoria. Mas quem não quiser… O que podemos fazer?

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De todos os bons professores que tive na vida, todos diziam: façam perguntas. Eu não vou sair falando tudo o que sei aos quatro ventos se não tiverem interesse em saber.

Por isso, vamos fazer perguntas. E sobre o que é imutável, permanente. O que estamos fazendo na Terra neste momento? Por que escolhemos estar encarnados aqui e agora? Qual o meu papel agora?

Aproveitar para cultivar o silêncio? Aprender a lidar com o medo e a insegurança, descobrindo o permanente e a segurança na fé? Aprender mais sobre a convivência em família?

Ou todo esse tempo estive me preparando para trabalhar e ajudar outras pessoas que estão começando suas buscas pessoais? Por que a situação assim nos obriga?

Nossa mãe está nos educando, e, se quisermos nos manter como espécie vivendo dentro dela, precisamos voltar para o seu ventre e deixar que ela nos mostre como nos gestar, novamente.

Nos fechamos, talvez em espaços pequenos. E vamos aprender a fechar os olhos e olhar para dentro de nós e, possivelmente, descobrir que atrás de todo medo, de toda angústia, da sensação de claustrofobia e da raiva existe um Universo inteiro.

Pixabay/Comfreak

E dentro dele tem toda liberdade do mundo.

Aproveite esse momento, como um presente. Aceite a lição que nos está sendo ensinada. Entre pra dentro e as respostas virão.

Basta perguntar.

Sobre o autor

Juliana Ferraro

Juliana Ferraro é psicóloga por formação e viajante por amor às coisas novas da vida. Seu contato com diferentes línguas e culturas começou quando ela ainda trabalhava no Club Méditerranée. Depois fez um mochilão pelo mundo em busca de autoconhecimento. Em pouco mais de um ano conheceu diversos países asiáticos, em especial a Índia, onde fundou uma paixão profunda pela yoga e pela meditação. No Brasil: morou, deu aulas de yoga e se formou como massoterapeuta, em Paraty, RJ. Foi nessa época que concluiu quatro cursos de dez dias de meditação Vipassana e se aprofundou na prática de Ashtanga Yoga. Hoje, ela está estudando Ashtanga Yoga no KPJAYI, em Mysore, Índia. E dá aulas de Ashtanga Yoga online.

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