Autoconhecimento Convivendo

Estrada Iluminada – Embates de outras vidas

Desenho de duas silhuetas de pessoas, uma de costas para a outra, representando espíritos, com uma luz ao fundo.
Escrito por Nilton C. Moreira
Antes de nascermos, e ainda quando nos encontramos no Plano Espiritual, praticamente todos os espíritos procedem ao planejamento da vida que vai levar aqui na Terra, ou em outro planeta de categoria similar. Disse praticamente todos, pois existem aqueles que ainda estão numa fase de rebeldia, que os próprios benfeitores é que procedem nas diretrizes a serem seguidas após o nascimento.

Mas nem tudo está delineado. Apenas os tópicos importantes é que nos aparecem como metas a serem atingidas, pois, do contrário, seríamos como máquinas, e não é assim que acontece, pois temos o livre arbítrio que vai nos possibilitar a oportunidade de seguirmos ou não determinado rumo. Teremos sempre o poder de decidir qual a atitude tomar diante das provas que nos forem apresentadas.

Sinalizações de estrada indicando curva para direita e curva para esquerda, ambas antes de uma faixa de pedestres.

Ainda no período de planejamento, temos consciência das vidas anteriores vividas e, por isso, vamos ajustar nossa futura vinda à carne de acordo com aquilo que fomos anteriormente, procurando sempre vivenciar questões que permitam nosso crescimento dentro dos parâmetros da Lei Divina. Se mal fizemos, teremos de reparar. Se fomos vítimas, temos de possibilitar que outrem faça o reparo em relação a nós, se realizando assim a lei de causa e efeito.

Poderíamos pensar, então, em não reparar o mal que fizemos, mas isso de nada adiantaria a nossa vinda ao mundo, pois ficaríamos estacionados na evolução.
 Então escolhemos sempre resgatar dentro de uma intensidade que possamos concretizar. Por isso, dizemos que Deus nunca nos dá o fardo maior que podemos carregar.

É lógico que, dentro desse resgate, estaremos nos reencontrando com outros espíritos que tivemos desavenças em vidas pretéritas e é bastante difícil para nós ter este contato, por isso, Deus permite que, ao nascermos na nova vida, nos esqueçamos de tudo, pois assim, quando nos encontrarmos com desafetos, poderemos sentir algum resíduo de energia negativa, mas, certamente, como não nos lembramos de nada, haverá grande possibilidade de convívio e de revertermos à aversão sentida, em aproximação amorosa.

Silhueta de homem e mulher, ambos em pé em um campo, um de costas para o outro

Temos, então, uma explicação do motivo de existir muitas aversões familiares, rejeições entre pais, filhos, irmãos. É que, com certeza, em algum momento do passado, estivemos em posicionamentos contrários e, quem sabe, até inimigos fomos, e, agora, nos reencontrando, sentimos a dificuldade do diálogo, dado ao esquecimento Misericordioso.

Muitas vezes, não basta uma vida física para resolver as contendas, são necessárias várias reencarnações para que as diferenças sejam sanadas, pois, no cotidiano, vemos confrontos bastante sérios, envolvendo violência e muito desamor, e isso deixa marcas que se alongam por várias e várias vidas, até que um dia, como é o desejo do Pai, o amor volta a fazer parte destes seres e acaba eclodindo a evolução efetivamente.

Portanto, ao nos depararmos com situações difíceis de relacionamento, devemos dar tempo ao tempo, evitando confrontos que só agravariam. Recorramos à prece sempre que estivermos em vias de desavenças, pois, seguramente, ali estão presentes pessoas que tiveram embates em vidas passadas. Muita paz, amigos.


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Sobre o autor

Nilton C. Moreira

Policial Civil, natural de Pelotas, nascido em 20 de maio de 1952, com formação em Eletrônica, residente em Garibaldi-RS, religião Espírita, casado.
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