Sem dúvida, um filho nunca deveria morrer antes dos pais, pois tal fato causa uma grande tristeza. Muitos pais, inclusive, dizem que Deus deveria tê-los levado ao invés do filho.
Mas, para quem não está convicto do que realmente está oculto nos desígnios de Deus, fica difícil aceitar alguns acontecimentos na vida, como, por exemplo, a partida de um filho, principalmente em tenra idade.
As mortes prematuras normalmente são para os pais e para aquelas pessoas mais chegadas uma provação nesta vida. Algo que se faz necessário passarem por questões que estão atreladas ao comportamento dos envolvidos, lembrando que esta vida que estamos vivendo relaciona-se com anteriores e, por isso, muitos que têm crença diferente de nós não entendem muito bem o que estamos resgatando ou sendo provados.
Por outro lado, a criança que está desencarnando tão jovem veio com objetivo de cumprir apenas um pequeno período que faltava ao espírito que ela é, não tendo, portanto, motivos que demostrasse ter praticado qualquer ato equivocado nesta existência.
Quantos pais, pela sua incompetência e, às vezes, até irresponsabilidade, deixam de amparar seus filhos, abandonando-os à própria sorte, pelos motivos mais diversos, inclusive pelo uso de drogas, ou simplesmente porque se apaixonaram por outra pessoa. Estes pais certamente numa nova existência deverão ser responsabilizados pela Lei Divina, e muitas ocasiões lhe são colocados nos lares esses inocentes que têm necessidade de cumprir pequeno prazo na Terra, como mencionei, para que, sentindo a angústia da perda, passe o espírito que habita em tal corpo expiar com dor a maldade cometida numa vida pretérita.
Mas a infância não é um estado total de inocência, pois vemos crianças possuírem má tendência e até demonstrarem comportamentos maldosos, que devem ser orientadas com o rigor necessário para que a conduta de tendência à maldade seja coibida no tempo possível.
Também devemos considerar que o espirito que habita uma criança pode muitas vezes ser mais antigo do que o dos pais. Isto é comum acontecer, pois vemos todos os dias filhos que têm uma aptidão e habilidade no trato com a vida já nos primeiros anos de infância, maior do que o dos pais com o longo tempo vivido.
Devemos procurar entender nas separações, que pensamos prematuras, entre pais e filhos os motivos que ensejam o término do convívio, pois só assim os corações dos pais se consolarão um pouco ao ver um filho retornar à pátria espiritual antes.
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