Quando consagro ayahuasca, eu sou.
Quando você quer prender, ela te solta.
Quando você quer lutar, ela te derruba.
Quando você quer respostas, ela te responde.
Quando você tem dúvidas, ela te esclarece.
Quando você aceita, ela te ilumina.
Quando você quer, você perde.
Quando você não tem nada, ela te dá tudo.
Quando você sofre, ela mostra o amor.
Quando você morre, ela te mostra a vida.
Quando você vive, ela te mata.
Quando você renasce, ela te orienta.
Quando você quer ir, não vai.
Quando você vai, volta.
Quanto mais profundo, mais real.
Quanto mais profundo, mais luz.
Quanto mais sombras, mais verdades.
Quanto mais verdades, mais vida.
Quanto mais vida, mais amor.
Quanto mais amor, mais missão.
Quando você perde, você ganha.
Quando você ganha, já perdeu.
Quando você pensa ter, já foi.
Quando você desapega, recebe.
Quando você desiste, ela te impulsiona.
Quando você insiste, ela te para.
Quando você quer muito, você fica sem.
Quando você está sem, surge tudo.
O que deseja não é seu.
O que não é seu já é.
O que é de todos não é de ninguém.
O que não é de ninguém é de todos.
Quando estou triste, ela me faz chorar.
Quando estou feliz, ela me faz agradecer.
Quando sinto culpa, ela me faz perdoar.
Quando eu perdoo, tenho redenção.
Quando me arrependo, ela me faz forte.
Quando penso ser forte, ela mostra minha fraqueza.
Quando eu amo, sou amado primeiro.
Quando sou amado, sou acolhido.
Quando tremo, vem o equilíbrio.
Quando tenho equilíbrio eu tremo.
Quando estou sujo, ela me limpa.
Quando estou limpo, eu agradeço.
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Quando desejo todos os meus sonhos, fico escravo.
Quando vivo todos os sonhos que desejo, me liberto.
Quando a jiboia serpenteia meu ser, eu a mato.
Quando mato a jiboia, ela renasce em mim.
Eu sou a jiboia.
Eu sou um curumim.
Eu sou um txai.
Eu sou eu.
Salve todas as medicinas da floresta encantada.