“Todos os dias, aquela criança saía. E o primeiro objeto em que punha os olhos, nele se tornava. Aquele objeto passava a fazer parte dela o dia todo ou parte do dia ou por anos e ciclos intermináveis de anos.” – Walt Whitman
A palavra criança do latim “creare” tem o mesmo radical de onde derivam as palavras criação e criatividade, e indica total relação com o mundo da infância.
A criança é uma (re)inventora por natureza, ao explorar o mundo cria soluções inesperadas para problemas ou desafios.
Usa a imaginação, enxerga as formas das coisas com olhar amplo, descobre o prazer de brincar, inventar histórias, desenhar, pintar, transformar a função de objetos e a realidade que a cerca.
As experiências vivenciadas na infância são responsáveis por muito do que realizamos na vida adulta.
A motivação da criança por uma determinada atividade é que prepara o caminho para uma vida criativa.
As crianças entram, facilmente, no estado de fluxo criativo em que o tempo cronológico não existe, o tempo mítico é ampliado, a noção de tempo não é uma preocupação.
O dilema da vida contemporânea está na pressa que temos em realizar tarefas, dar conta das demandas diárias, das ocupações, e esses comportamentos estão permeando a vida das crianças. A cultura da pressa do adulto surge no instante em que a criança está no auge de seu processo criativo, no tempo fora do tempo.
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Outro aspecto importante: a criatividade da criança não é estimulada sob críticas constantes, vale mencionar que os elogios fora de contexto são extremamente prejudiciais.
A criatividade floresce quando fazemos as coisas por prazer, se existe sentido, significado, existe motivação para ser e fazer algo.
Diante dessas afirmações, vale a pena relembrar:
O que você gostava de fazer na sua infância?
Que histórias gostava de ouvir ou inventar?
Como era a sua relação com a natureza?
Com quem gostava de brincar?
A nossa criança interior pode ser a nossa mestra, a nos guiar quando o adulto balançar.
Ela está disponível, basta um sorriso, um gesto de afeto!
E ela vai convidar você para brincar, soltar as cargas da vida diária e ser mais criativa.
Exercício para (re)encontrar seus recursos internos criativos.
“Sente-se confortavelmente, com as costas retas e as mãos relaxadas. Feche os olhos, inspire e expire suave e profundamente. Depois respire naturalmente. Deixe que os pensamentos apareçam e desapareçam sem dar importância a eles. Agora traga uma questão desafiadora para sua mente. Apresente o desafio para si mesma, sem julgamento ou emoção, deixando-o apenas diante de seu olho mental. Em pensamento, diga ‘a intuição que existe em mim já conhece a solução para esse desafio’. Sinta a energia latente da intuição. Respire profundamente e diga ‘dentro de mim, no centro do meu corpo, existe uma vontade absoluta e robusta para solucionar essa questão. Tenho coragem firme para resolver esse desafio. Minha compaixão me permite me perdoar e perdoar outros. À medida que os pensamentos sobre seus recursos cruzarem sua mente, fixe a atenção neles, sem tentar resolver nada. Apenas sinta e renda-se aos seus recursos internos. Quando se sentir pronta, abra os olhos suavemente. Depois disso terá mais consciência de como proceder. Sempre que sentir vontade, refaça a prática. Sementes de uma ideia surgirão. Cuide delas e crie um lindo jardim, alegre e leve, como sua criança interior.”
Boas práticas e reflexões!