Este encontro de Arteterapia foi realizado com duas Mães que buscam o aprimoramento dos seus potenciais interiores e também a diminuição de sua ansiedade e seus conflitos familiares.
Após todas terem chegado ao Ateliê e se acomodarem em seus assentos, se concentraram em uma Meditação.
Assim, o profissional conduziu-as a se sentirem bem-vindas ao espaço e a esse momento iluminado, em busca de olhar para si mesmo e despertar, florescer os seus bons sentimentos, em razão de suas necessidades atuais e melhor relacionamento com a sua família.
Dessa forma, elas foram orientadas a inspirar ar e pureza para dentro da sua Mente e do seu corpo físico.
Após, imaginando que seu umbigo fosse como um sol do meio-dia, emitindo calor a todo o seu ser e a tudo o que a cerca, despertando a grande força que existe dentro de si e que lhe dá o poder de se realizar, enviando boas vibrações ao universo e desfrutando de uma nova fase em sua Vida. (BERNARDO, 2008)
Após esses momentos, elas abriram calmamente os seus olhos e se concentram na proposta artística deste dia.
Com isso, o Arteterapeuta entregou a cada uma um pedaço de Argila e pediu que se autorrepresentassem, construindo uma Árvore que tivesse formas e características similares a si mesmas.
O trabalho com argila traz infinitos estímulos à imaginação, sendo que ao mesmo tempo que propõe o ato de amassar e modelar, estimula a criatividade e o controle momentâneo da ansiedade de cada pessoa. Além disso, a argila, que é a junção da terra com a água, desperta acesso aos próprios sentimentos e maior concentração em suas ações.
De acordo com a participante A, ela teve um pouco de dificuldade em trabalhar com a argila. Formou uma árvore de forma parcial, mas não conseguiu unir as demais partes. Com isso, ela juntou toda argila e fez uma nova árvore, bem simples e sem frutos, possivelmente demonstrando estar sendo inflexível e pouco compreensiva em suas experiências em geral […].
Já a participante B, fez o seu trabalho com muita dedicação, modelando sua árvore em duas partes: a base com raízes e o caule seguido de galhos. Realizou essas práticas com bastante tranquilidade e detalhes simbólicos, expressando de certa forma estar conseguindo se desapegar de ressentimentos passados e acreditando, se doando à novas experiências afetivas […].
Observação: É importante ressaltar, que tais observações referentes a essas expressões artísticas, são associadas não só a esses trabalhos, mas aliados a outros encontros, questionamentos e realizações, que somam símbolos e representações a possíveis comportamentos momentâneos de cada participante. Do mesmo modo que não se consegue obter melhora e crescimento com a participação em poucas atividades terapêutica, sendo necessário que ambas as pessoas se responsabilizem pelo seu desenvolvimento e disciplina em tais realizações.
Feito esses trabalhos artísticos, elas foram convidadas a ouvirem uma pequena mensagem de olhos fechados, com o intuito de ter reflexões e enriquecimento em sua Vida.
A semente que sou
A cada novo desafio e problema que possam surgir em sua Vida, é como uma semente, que precisa ser aceita e germinada na terra, em suas idéias e ações diárias, permitindo a extração de nutrientes e estímulos de confiança, equilíbrio e amor a si mesma e as outras pessoas a seu redor.
Sendo assim, o seu crescimento e abundância, ocorrerá pela forma como cuidará dessas sementes, exigindo a sua capacidade de aprender a trabalhar e conviver com elas, transformando-as minuciosamente em belas e frondosas árvores, que transformem e fortaleçam a sua inteligência interior. (BERNARDO, 2008)
Com o término da leitura, elas voltaram atenção em sua respiração e lentamente abriram os seus olhos.
Para finalizar, agradecemos a oportunidade da realização do novo encontro e a crença no poder maior, em se encorajar na busca da purificação interior e melhor relacionamento com os nossos familiares.
Para colher, antes é preciso plantar.
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Referência Bibliográfica
ADAMS, Patch. O amor é contagioso. Rio de Janeiro. Ed. Sextante, 1999.
BERNARDO, P. P. A prática da arteterapia – correlações entre temas e recursos. Vol I: Temas centrais em Arteterapia. São Paulo: Ed. do Autor, 2008.
BERNARDO, P. P. A prática da arteterapia – correlações entre temas e recursos.Vol. VI: Amor, sexualidade, o sagrado e a arteterapia: aproximações mitológicas entre Oriente e Ocidente. São Paulo: Ed. do Autor, 2011.