Olá, amigos do Eu Sem Fronteiras. É um prazer estar aqui novamente falando com vocês.
O tema de hoje é sexo. Mas como assim? Vou falar sobre sexo numa coluna que se destina a tratar de autotransformação, de autoconhecimento, de tornar-se ser? É isso mesmo! Afinal, o sexo faz parte de tudo isso aí!
Sexo é tabu ainda, apesar de todos se “mostrarem” abertos.
O sexo é um dos grandes causadores (acredito que o maior) dos nossos conflitos psíquicos e, sem resolver nossos conflitos, como conseguiremos evoluir? Sabemos que, entre quatro paredes, a censura, a culpa, a vergonha e o medo ainda estão muito presentes, principalmente entre as mulheres.
Nos tempos antigos, não era concedida à mulher a possibilidade de sentir prazer. Ela era adquirida como posse por seu senhor e destinada única e exclusivamente à procriação. Acrescente-se a isso todo o pecado atribuído ao sexo pelas religiões. Aos poucos, a mulher foi se libertando, mas, no nosso inconsciente, ainda estão gravados o pecado, o não pode, o não deve.
Essa libertação da mulher, ainda em processo, pode gerar efeito negativo sobre alguns homens, aqueles criados numa cultura que permite sentir prazer sem ter que se preocupar com a parceira.
Esses homens podem ter dificuldade em se ajustar a essa nova relação, sentindo-se cobrados, avaliados e sofrendo com as expectativas que lhe são depositadas. Além disso, muitos ainda estão ligados à educação rígida da exigência de ser “macho” e de fazer as coisas do seu jeito, visando apenas sua própria satisfação.
Há dados que indicam que grande parte dos homens chega ao orgasmo muito rapidamente, sem se preocupar com o orgasmo de sua parceira. Esse tipo de relação sexual pode ocasionar a ela diversos danos psíquicos, por não conseguir drenar adequadamente a sua energia sexual.
Infelizmente, ainda existe uma mentalidade de que o sexo seja algo impuro, pecaminoso e que não deva ser falado entre os casais. A mulher, (principalmente) ainda não assumiu de verdade a sua posição e o seu direito de aceitar seu desejo, de assumir sua sexualidade sem se sentir culpada ou suja.
O sexo é natural do ser humano e como pode algo natural ser considerado pecado?
Está na hora de nos libertarmos das garras de uma sociedade e uma mentalidade que nos impedem de fazer o que nos faz bem e feliz. Sexo mal resolvido é vida mal resolvida.
O sexo faz bem para a saúde, para o bem-estar, para a autoestima e para o nosso corpo, essa máquina maravilhosa que nos serve. E por que não podemos falar sobre isso entre os parceiros? Porque permitimos reprimir nossos sentimentos e desejos em prol do que “os outros vão pensar de mim”.
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Para evoluir, se transformar e se tornar uma pessoa melhor, precisamos assumir a nossa vida. Sexo é saúde física e mental. Não se culpe, não sinta medo, não tenha vergonha. O que acontece entre quatro paredes não diz respeito a ninguém. Seja feliz do jeito que achar melhor e com quem achar melhor.
Um grande abraço e até a próxima!