Dá para conciliar fé com matéria? Você acha que espírito e matéria são duas coisas completamente opostas, como se o espírito fosse algo de outra dimensão e a matéria fosse o real? Hoje, minha querida e meu querido amigo, falo sobre como conciliar a parte material com a espiritual usando nossa capacidade mental.
Não há separação entre os mundos da matéria e do espírito. Está tudo aqui, agora, ao vivo. E a integração dos dois mundos só se torna possível através de nosso intelecto! A maioria de nós nunca integra estes dois mundos simultaneamente, mesclando-os inteiramente. Talvez em alguns poucos momentos, tanto eu quanto você consigamos uni-los, mas isto não permanece o tempo todo de forma consciente. E tudo passa pela mente.
Vejo pessoas tentando o impossível, que é eliminar a ação da mente sobre suas vidas. Controlar a mente? Sim, é possível, mas nunca eliminá-la. E controlá-la através de quais exercícios? Oras, sabemos de vários, como a meditação, jogos mentais, esportes, estudo e prática, entre outros tantos. Muitas pessoas acham que a mente é ruim, que só nos atrapalha. Acham que, para atingir um estado de iluminação, seria preciso se isolar num mosteiro no Nepal e parar de pensar, para, daí, entrar em contato com o seu Ser Espiritual. Bem, aqui é que está a boa notícia: não precisa!
Quero mostrar com isto que podemos (aliás, precisamos) entrar em contato com nosso Ser Espiritual através de nossa mente, pois é ela quem o perceberá e o reconhecerá. Imagine a cena: cada um de nós com uma Ferrari na garagem. É uma obra de arte. Sim, ela pode nos matar se não soubermos pilotá-la, mas pode simplesmente nos levar para tomarmos um delicioso sorvete na esquina, numa tarde de sol. Não precisamos ficar a todo o momento no limite, a 300 km por hora. Entretanto, se decidirmos por recusar esta Ferrari, assumindo que ela é a fonte de nossos problemas e que nos faz o mal, mantendo-a trancada na garagem passando a vida toda a ignorando, será simplesmente uma grande perda de oportunidade.
Da mesma forma, negar nosso intelecto, como vejo muita gente fazendo, é desperdiçar o presente que o Universo nos deu (ou Deus, Cristo, Buda ou seja lá como você quiser chamar). Veja, a Ferrari em si não faz absolutamente nada. Assim como o dinheiro. Quem dá significado a eles somos nós. Minha proposta é continuarmos no mundo externo, porém, focando a atenção no mundo interno.
Mas antes que você me venha com uma série de argumentos totalmente válidos sobre a desgraceira que a mente faz com a vida da gente, sei e concordo que a mente precisa e deve ser domada com rédeas curtas e silenciada de todo seu ruidoso ruído, é claro. Antes de qualquer coisa e para que tudo isto dê certo, é claro que temos que mandar em nossas mentes, e não o contrário. Por isto, sugiro veementemente a todos que façam exercícios de meditação, terapias de autoconhecimento e qualquer movimento no sentido do controle e posse de si mesmo e da própria mente e consciência.
E que tal irmos para a vida prática? Vamos tomar um exemplo. Pegue seu companheiro(a): o externo é aquilo que você já conhece, mas como é este mesmo companheiro internamente? Porém, não internamente dentro dele, e sim dentro de você. Como ele existe e vive no seu lado espiritual, dentro de você? Você materializa espiritualmente e energeticamente o que crê que ele seja aí dentro. Tudo com relação a ele, mas dentro de si. Perceba isto. Interessante, não é? Ele não é realmente ele, e sim o que você crê que ele é. Ele é apenas uma imagem que você criou dentro de si mesmo. Este é o espírito dele que você criou em si mesmo, e é a parte espiritual da matéria dentro de você.
Isto vale para o dinheiro, para todos os outros, para seu trabalho e tudo mais o que existe lá fora. Você cria, com isto, uma imagem energética dentro de si de algo material do mundo externo e esta imagem ora se distancia, ora se aproxima do que realmente este algo é. Portanto, quanto mais a matéria real do mundo externo estiver perto da realidade de seu mundo interno, melhor tenderá a ser a sua boa convivência interna dentro de si mesmo, pois menor será seu conflito interno.
Isto faz sentido para você? Não? Muito confuso, talvez. Tudo bem, eu não vim para explicar, e sim para confundir mesmo. Apenas lembre-se: não lute contra sua mente. Aquiete-a. Serene-a. Mas não a negue. Só assim haverá um novo mundo. Não fora, mas dentro de você mesmo. Íntegro, pleno. Espírito e matéria coexistindo juntos… fé e razão de mãos dadas…
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Reflita. Sinta. E se precisar, estou aqui, prontamente, para atendê-lo em meu consultório ou simplesmente a sua espera para um delicioso café.
Um beijo no coração de cada um de vocês.