Etimologicamente falando, família é uma organização social. Grupo de pessoas com laços consanguíneos e afetivos. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente existem três tipologias familiares. A família natural é o grupo constituído pelos pais e descendentes. Família extensa é formada por parentes próximos. Por fim, a família substituta é aquela determinada pela justiça quando foram esgotadas todas as possibilidades de convivência entre o menor e sua família natural. A esta cabe três modalidades: guarda, tutela e adoção.
Muito comum atualmente, a família monoparental é quando o pai ou a mãe é o único responsável pela criação dos filhos. Pai ou mãe que abandonam a criança, divórcio ou a morte de um dos progenitores são cenários que formam este tipo de família. Dentro dos novos conceitos, a família anaparental não está restrita ao tripé marido/esposa/filhos. Dois amigos que decidem morar juntos, irmãos que continuam juntos após o falecimento dos pais, cuidando e responsabilizando-se um pelo outro são exemplos de família anaparental.
Preenchidos todos os requisitos para adoção, nada impede a adoção por homossexuais. O Supremo Tribunal de Federal reconhece a união homoafetiva como entidade familiar. Para terminar o conceito sobre família, a comunitária é composta por homens ou mulheres e seus descendentes, vivendo em comunidades religiosas, seitas e acampamentos ciganos. Aqui, todos os adultos da comunidade possuem responsabilidade sobre a educação das crianças.
As definições são várias e pode ser que existam mais. Porém, mais que saber os conceitos é reconhecer e sentir sua importância. É a família que nos ensina o certo e o errado. Podemos falar sobre nossos medos sem ouvir chacotas ou ser alvo de represálias. Quando evitamos contar aos outros sobre projetos, contamos cada detalhe à família e recebemos feedbacks e palavras de incentivo.
A família é a base e o porto seguro de qualquer pessoa.
Mas, alguns problemas colocam a harmonia em risco. Às vezes, os pais não compartilham atividades no dia a dia, nem possuem objetivos comuns e parecem não sentirem amor. Neste caso, não há consenso sobre a educação dos filhos, a gestão do orçamento também fica comprometida. Ambos acreditam que estão certos e não abrem mão de suas convicções. Quando existe amor, não há o sentimento de cooperação, nem sonhos compartilhados, prevalece o cada um por si.
Nas famílias rígidas os pais exercem uma autoridade vazia. Eles dizem o que os filhos devem e não devem fazer, sem fornecer explicações. Quando são questionados agem com agressividade, podendo partir para a violência física. As famílias superprotetoras colocam os filhos em bolhas, vigiam de perto cada atividade deles, brigam com quem “ousar” repreender a cria. O clima é insuportável, porque os filhos não conseguem respirar e encontram enormes dificuldades para cortarem o cordão umbilical. As famílias permissivas criam monstros, pois, não dão limites aos filhos. Por fim, existem casais que fazem dos filhos verdadeiros reis e rainhas. Estes decidem o cardápio, qual canal de televisão será visto e as músicas que serão ouvidas.
Dinheiro
Não sejamos hipócritas, o dinheiro traz conforto. Com ele, compramos uma boa casa, carro, podemos estudar nas melhores escolas, temos o melhor plano de saúde. Entretanto, o dinheiro não deve ser um protagonista na vida de ninguém. Ele precisa servir ao indivíduo, e não o contrário. A sede por dinheiro afasta muitas famílias. Irmãos viram inimigos e são capazes de interditar os pais, a fim de assumirem os negócios e até mesmo matarem quem atrapalhar.
Macaulay Culkin, astro infantil nos anos 80 e 90, que protagonizou os filmem “Meu Primeiro Amor” e “Esqueceram de Mim”, ganhou muito dinheiro. Aos 14 anos ele já tinha o equivalente a US$ 17 milhões. Os pais administravam a fortuna do filho e começaram a entrar em conflitos. Os pais se divorciaram e Macaulay Culkin travou uma batalha judicial contra os próprios pais para gerir seu patrimônio. O ator ganhou a briga, porém, deixou de falar com o pai em 1997.
Drogas
Elas também destroem famílias. Os viciados roubam, falam palavras hostis e batem nos familiares. Estudo da Unifesp realizado entre julho de 2012 e julho de 2013 estudou um questionário de 115 perguntas respondido por 3142 famílias de 23 capitais. A pesquisa apontou que 58% das famílias de dependentes químicos apresentam queda de rendimento profissional e estudantil, 29% são pessimistas em relação ao futuro e 33% têm medo que o parente morra em decorrência de uma overdose, ou relatam que já foram ameaçados durante crises. As famílias também se sentem culpadas pelo vício e sempre perguntam o que fizeram de errado. A harmonia volta quando dependente e família são tratados.
Violência doméstica
A violência doméstica também prejudica as famílias. Pais que batem e torturam psicologicamente seus filhos formam pessoas tristes e sem perspectivas. A violência infantil triplica o risco de depressão, aumenta a chance de comportamentos sexuais arriscados e de abuso de drogas. Crianças expostas à violência apresentam sintomas de estresse pós-traumático e dificuldades cognitivas. Elas também podem reproduzir o ciclo de violência quando constituírem família.
A violência contra a mulher também causa traumas psicológicos. Drogas lícitas e ilícitas costumam fazer parte desse triste cenário. Mulheres que apanham dos companheiros têm duas vezes mais chances de ter depressão, o risco de surtos psicóticos aumentam são três vezes maiores.
Ninguém está livre de problemas familiares. Dependência química precisa ser tratada em clínicas especializadas. A família também está doente e os médicos desenvolvem metodologias de tratamento para familiares. Em casos de violência infantil, parentes próximos e vizinhos devem comunicar a família e o Conselho Tutelar deve entrar em ação. A violência contra a mulher também precisa ser denunciada.
Você pode ter sucesso profissional, ter muito dinheiro, mas, quando as coisas não estão bem em casa o coração fica com uma enorme lacuna. Afinal de contas, a família é uma fortaleza, se ela está em ruínas, não podermos nos abrigar. Se a harmonia virou coisa do passado, o clima está insuportável e você quer trazer a união de volta ao seu lar, nós temos cinco dicas para tirar essa energia pesada. Você se surpreenderá com a simplicidade das ideias.
Sete dicas para a felicidade na família
Dinheiro não compra felicidade
Fazemos planos para sermos felizes. Passamos a vida adiando nossa felicidade. Não ter o emprego dos sonhos, dinheiro, beleza e bens materiais são empecilhos. Estabelecemos ideais muitas vezes inalcançáveis. A felicidade familiar é estereotipada. Queremos que seja tudo igual aos comerciais de margarina. Nem todo mundo possui uma mansão, com belos móveis e equipamentos caríssimos. Mas, quem disse que isso traz felicidade? Muitas vezes, vemos pessoas ricas infelizes e pobres felizes. Dinheiro traz somente conforto material.
Viva a felicidade
Nenhuma família está livre de problemas. Choques de gerações e crises financeiras são comuns. Porém, se existe união é mais fácil encontrar a solução. Não importa qual o estilo da sua família. Se é mais moderninha ou tradicional. O importante é o respeito e amor entre os integrantes. Esta é a fórmula da verdadeira felicidade familiar.
Descubra sua família
Você sabe quem são seus pais e irmãos? Sabe o que eles já viveram, pensam e desejam? Dedique-se a descobrir e ficará surpreso com as pessoas maravilhosas que tem ao seu redor. Quando eles começarem a contar histórias, faça perguntas. Você pode anotar os fatos, ou registrá-los com um gravador. Não dá para ir em frente sem conhecer o passado da sua família.
Faça as pazes
A relação com seu (a) irmão (a) está estremecida? Vocês nunca se entenderam? Não interessa quem possui razão. Irmãos brigados deixam os pais muito tristes. Que tal reverter a situação? Puxe conversa, pergunte sobre o trabalho e ajude em alguma tarefa. Caso sinta que ele (a) está triste, questione a razão e coloque-se a disposição para conversar.
Fique mais com sua família
Trabalho e estudos ocupam muito tempo. São tantos afazeres, negligenciamos o que é importante. Quantos de nós sentimos que somos visitantes em nossas casas? Temos o poder de mudar isso. Organize sua agenda e passe mais tempo com sua família. Mas, estarem todos no mesmo ambiente. Respeito, amor e intimidade farão os encontros serem mais produtivos. Façam uma refeição juntos à mesa. Cuidem da preparação. Decidam o que vão comer, comprem juntos os ingredientes. Cozinhem juntos e arrumem a bagunça juntos. Será uma atividade revigorante.
Geobiologia
A desarmonia em sua família pode ter razões mais profundas. Você já ouviu falar em geobiologia? É bem provável que não conheça o termo. Ele surgiu nos anos 70 e uma das suas bases é a Física Quântica. A geobiologia é a ciência que estuda o homem e sua interação com o ambiente. Esta ciência estuda as interações entre meio ambiente e a saúde dos seres vivos. A geobiologia também pesquisa os efeitos que materiais tóxicos empregados nas construções e da radiação nas casas e ambientes de trabalho.
Quando o fluxo energético de um lugar está obstruído, as pessoas são contaminadas. O ambiente fica carregado, quem o frequenta sente-se muito fraco. Se as brigas em sua família são constantes, pode ser que haja uma influência tóxica ou radioativa advinda de materiais tóxicos de construção, objetos mal posicionados, cores em desarmonia ou aparelhos elétricos e eletrônicos. São vários males provocados por um ambiente contaminado.
- Obstrução do fluxo energético voltado para a abundância e prosperidade
- Estresse
- Tensão nos músculos
- Brigas e discussões
- Estagnação profissional
- Dificuldade de concentração
- Perda da criatividade
- Dor de cabeça constante
- Dificuldade para dormir
- Retenção de líquidos
- Depósito de cálcio no sistema circulatório
- O corpo não absorve vitaminas e minerais
- Depressão
A geobiologia identifica e cura ambientes energeticamente negativos. O processo é feito com o direcionamento do fluxo energético para propósitos específicos. As Colunas Búdicas também ajudam nesse resgate de energia. Elas fazem parte de um ritual da geobiologia que protege e limpa locais com energia ruim. As Colunas Búdicas estão associadas ao Feng Shui para resgatar ou instaurar um clima de paz e prosperidade.
O condutor precisa já ter atingido o ápice da maturidade espiritual, pois, vai trabalhar com vários egrégoras, força espiritual obtida pela união de energias mentais e emocionais vindas de um grupo de pessoas. A instalação das Colunas Búdicas pode ser feita em qualquer ambiente.
O ritual começa com a invocação dos guias espirituais, anjos e todos os seres de luz no objetivo de ajudar a afastar o que há de ruim e trazer luz e harmonia. O processo segue com meditações e oferendas de óleos essenciais. O padrão energético do local muda em até 21 dias. Os efeitos são imediatos e os frequentadores precisam estar dispostos a elevarem seus espíritos para a positividade. A manutenção pode ser feita das seguintes formas:
- Abra as janelas da residência ou escritório pela manhã antes da poluição aumentar. Após uma chuva é outro bom momento. Com o ar mais limpo, os íons negativos (partículas boas) entram no ambiente
- Espalhe flores pelo ambiente, de preferência coloridas.
- Alterne lâmpadas quentes e frias.
- Descanse. Dormir bem é bom para corpo e mente.
Existem várias dicas para conquistar a felicidade. Muitas passam por rituais espirituais. Para darem certo, você precisa desejar ardentemente transformar sua realidade. Com a felicidade familiar não é diferente. Você e seus familiares podem comprar cristais, óleos essenciais e aprenderem mantras ou rezas. Contudo, sem vontade e sem acreditar será perda de tempo. O coração precisa estar aberto para mudanças.
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A felicidade na família é uma porta para a plenitude. Nada adianta ser rico e poderoso sem um bom relacionamento com os familiares. Relacionamentos, por vezes são conturbados, entretanto, se houver amor os conflitos são resolvidos mais facilmente. A harmonia é construída diariamente, leva tempo, mas a dedicação vale muito à pena.
A família é o refúgio para onde voltamos após a tormenta. Festas podem ficar para depois. Quem ama sua família ama a si próprio. Valorize a sua com todos os defeitos. E fique certo de uma coisa, os defeitos são infinitamente menores que as qualidades. Lembre-se, a família é o seu paraíso real e visível, o mais valioso bem.
- Escrito por Sumaia Santana da Equipe Eu Sem Fronteiras.