Seguindo com a sacralidade da mulher e seus mistérios, da sua origem incerta pela história, podemos notar uma reverberação quase que animal em suas possibilidades inatas e em condutas comportamentais da história perante o homem.
Visto que uma mulher foi vista, em sua essência, como cuidadora dos filhos, do homem e da casa, em suas capacitações, a luta pela igualdade, com o feminismo, na verdade, seria o real encontro com o seu masculino interior, não honrando, assim, ou defendendo a feminilidade em essência.
O felinismo vem, então, para defender a nossa história e a nossa natureza, nos colocando como felinas que saem à caça e deixam os machos em casa, uma inversão de papéis que cria um equilíbrio em nosso ser, sem anular a mulher em si para conquistar tal respeito.
Percebemos muitas que, com o feminismo, se tornaram homens, deixando de lado o feminino e as aspirações naturais das mulheres, como a gestação — muitas em cargos profissionais tão exigentes que, com a energia e a mente tão focadas no trabalho, acabam impossibilitadas, metafisicamente, de terem filhos.
Em meados do fim dos tempos, sofremos como mulheres. O patriarcado é cruel, e, quando o sonho de princesa se faz realidade, vê-se no cotidiano de um casamento machista e arcaico.
As histórias são as mesmas, só mudam de endereço. E como transcender, então, a história?
Mommy People Hurts!
Momma people hurts.
ORG, ORG, ORG
TELL ME WHY, I DON’T WANNA HURTS.
O insight sobre o felinismo é sobre essa questão de honrar a sexualidade, sim, como arma de existência — todo esse axé que vem até a gente, com músicas sexuais (em especial, aqui no Brasil. Tell me why, momma?). Quem nunca julgou com um “ai, que horror” ou um “mas por que tanto?”.
O colonialismo foi à base de mortes e estupros. As mulheres foram (e muitas são) fadadas a aceitar casamentos abusivos por dependência e se escondem da sociedade, prostitutas em casa… então, qual o problema das prostitutas da rua? Quem não faria um programa — ou faz —, na sua própria casa, para dar comida e segurança para um filho? O Brasil carrega essa energia sexual em suas músicas como liberdade de expressão.
Quem não faz parte dessa história?
Que tipo de ensinamento a história quer nos dar, enfim, visto que está tudo sob os olhos de Deus? Aceitar, entregar, jogar para Jah!?
Qual o real problema de honrarmos nossa prostituta sagrada, a história que se repete em quase todos os lares e famílias há séculos?
Esse felinismo que vem de dentro, essa mulher selvagem, essa leoa que vai e luta pelos seus filhotes e traz comida para casa, essa persona feminina que sofreu tão mais ou igual ao que exalta, esse amor que ultrapassa e cria, enquanto o leão dorme.
A mulher que foi tirada da costela do homem, em Adão e Eva, nos princípios: costela que abriga o estômago, a fome, a criação, a geração. Mulheres, bruxas que foram transformadas e transformam, que têm poderes no ego da existência e foram anuladas, há séculos, para a glória do homem.
O felinismo enfim, é o convite para se colocar diante dessa leoa e sentir o poder da existência que habita em você, essa paixão sem medida que pode mudar ou continuar a nossa história, já que pecado não há. Basta honrar e aceitar que, se você precisar, ela vai estar lá, no fundo, para salvar você de si mesma.
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Sinceramente, não busque ser um homem, busque ser você mesma, que sabe que tem a garra de que precisa para chegar a qualquer lugar. Felinismo, explícito ou não, é a defesa do nosso ser, que o rugido da alcateia possa fazer sucumbir a Terra.