Autoconhecimento Filosofia

Filósofo Nilo Deyson sobre aparições e cilos não universais

Imagem de várias borboletas, cada uma em seu ciclo, e uma já está fora do casulo.
needvid / Pixabay

“Em qual país você nasceu? Quando você olha ao seu redor, observando também os seus recursos intelectuais e sua bagagem estrutural, o que você sente : alegria ou tristeza?”

Como todos sabem, sou filósofo e escritor. Nesse sentido, quero aqui trazer momentos de reflexão e posteriormente ação. Quero que leiam e compreendam, porém, que tenham a ciência de que estão lendo o filósofo Nilo Deyson Monteiro Pessanha. Nesse sentido, ler um filósofo não é ler uma literatura. Ler um livro ou artigo de filosofia requer atenção e releitura, e, por esse motivo, um livro de Filosofia não se lê como um livro de literatura é lido. Portanto, para ler um filósofo, é preciso fazer anotações, pesquisas e ter muito brio próprio para compreender o sentido daquilo que é posto no texto.

Não se assustem, amigos do Portal EuSemFronteiras, serei bem cuidadoso para que possam alcançar o entendimento e compartilhar a leitura posteriormente com seus amigos e familiares. Além disso, também podem pesquisar no Google: Artigos Filósofo Nilo Deyson Monteiro Pessanha. Vamos ao conteúdo.

Não adianta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la. Em cada país, teremos uma população condicionada aos meios sociais e culturais, aos costumes e ao regime político. Cada indivíduo é uma ilha em si, ou seja, um universo único.

Os ciclos da vida te farão ser alguma coisa e te farão da mesma sorte, deixar de ser outras coisas. A probabilidade de diminuir os interstícios entre a mediocridade e a digna passagem enquanto turno em vida aumenta ou diminui segundo as suas tomadas de decisão. A priori, somos levados a todo o vento que sopra como sendo uma versão verdadeira da realidade, entretanto, ao passo que o passado se mostra falso pela clarificação no presente da não obscuridade das coisas segundo o conhecimento adquirido, muitas coisas fazem sentido em perder sua pureza por visada, logo é impossível o mesmo homem passar duas vezes pelo mesmo rio.

No primeiro momento, quando somos levados por qualquer força sistêmica, somos influenciados, frágeis e inexperientes. As aparições de princípio, nos levam ao estado de demência, isto é, ao modo apaixonado de ver aquilo como um sonho. Em seguida, somos doutrinados e nos tornamos receptores de informações. Controlados pela força sistêmica somos até um segundo momento.

O tempo passa! Ciclos mudam, somos seres mutáveis, e o segundo momento pode surgir a partir de uma crise existencial ou de uma decepção, mesmo uma pressão da vida pode também mudar tudo. Nesse sentido, suas verdades absolutas até aqui não são nem nunca seriam universais. Kant dizia: “Aja de tal forma que a máxima das suas ações seja vista como princípio universal.” No entanto, isso não serve para uma verdade tida peculiar sobre temas e coisas. Tudo é muito complexo e difícil, nada é simples ou fácil de ser explicado.

Bem sabemos que nós somos o resultado de nossas inclinações. Ninguém nasce evangélico, apenas é condicionado pelos meios de convívio nos quais encontrou um amuleto para mimar a mente apavorado com a ideia de liberdade, pois todos estamos condenados à liberdade. Estando condenado à liberdade, estrague a sua vida como quiser, pois, um dia, “pronto, me acabo”; seja lá o que tiver de ser. Morrer? Que me importa! Diabos é deixar de viver. Pois bem, somos um rótulo dado pelo que achamos ser. Ninguém nasce sendo isso ou aquilo. Quem nasce na Índia, possui enorme possibilidade de adorar a uma vaca ou a um elefante como sendo um deus.

Da mesma sorte, quem nasce na África ou na Ásia terá uma vida segundo as tradições daquele local específico. Se você pega alguma pessoa de uma comunidade como em uma favela, por exemplo, é impossível ela não se espantar como é que os suecos e/ou noruegueses levam a vida, bem como se espantaria com a vida dos moradores do Congo ou do Paquistão. Estamos em um planeta com mais de 200 países. Quem pode condenar as mulheres que usam véus na cabeça como ato religioso? Elas cobrem a cabeça durante o dia todo e não podem mostrar os cabelos nem o corpo. O que falar dos índios africanos e de seus rituais? Como podemos nós, seres tão insignificantes, falar contra os estilos ritualísticos de uma sociedade específica?

Em um universo extremamente gigantesco, podemos explicar Deus? Assistam no YouTube documentários sobre teologia reversa, com o professor António Miranda, e tomem suas decisões acerca do que você precisa acreditar sobre as adulterações bíblicas comprovadas cientificamente e arqueologicamente.

Os ciclos mudam, e você deixará de acreditar em muitas bobagens que acreditava no estado de demência, a saber, na inocência ou na inconsciência. O fato é que a competência do conhecimento anula o mito da caverna. Importa você, em plena era da informação, matar os mitos, achar pontos cegos e abandonar suas crenças sem estudos profundos. Temo o homem de um livro só. Como tenho dito, não acredito em quase nada de tudo que temos neste mundo, quase nada me interessa.

Sou um homem tecnicamente morto. Só podem ter certezas absolutas acerca de certas coisas, as pessoas que leram muito poucos livros na vida. O universo é uma harmonia de contrários, não se explica Deus, não somos melhores que o universo, somos parte de alguma coisa maior do que nós. É importante ser imparcial, observar sem espanto os fenômenos internos e externos, pois sabemos que tudo que temos são meras opiniões e poucas coisas concretas. A ciência não é apenas compatível com a espiritualidade; é uma fonte profunda de espiritualidade.

Ciclos passam, no entanto, temos aparições de novas paixões, novos desafios, a vontade de utilização das emoções, logo a necessidade do inédito, da dose mais forte, do espanto. Mas até quando correr atrás de cenouras após ter pegado uma cenoura? Onde fica a satisfação após uma conquista? Surge em dois dias o desejo pelo que ainda não se conquistou, assim sendo, não há verdade absoluta que sossegue o ego. Inclusive, mate o ego que a ponta do iceberg deixará de se exibir.

Nenhuma coisa boa torna seu possuidor feliz; a menos que sua mente esteja habituada com a possibilidade de perda. Estamos na vida, no palco das intervenções, nada é simples ou difícil ao extremo. Nós, no teatro da vida, inventamos demônios e criamos um amigo imaginário chamado deus, mas não se escandalize. O ser é você diante do nada, porquanto fora da linguagem tudo é silêncio. O ente e o ser, o que seriam? O homem chega à sua maturidade quando encara a vida com a mesma capacidade e serenidade que uma criança encara uma brincadeira.

Quem inventou tudo foram os homens, logo não acredito em nada das bobagens de alucinados doentes que não sabem lidar com a própria solidão. Seria necessário matar o ego para nascer o amor fati, fazer viver o espírito estoico nos homens cheios de inquietações. Como filósofo, talvez meu esforço tenda a compreender o que os contemporâneos se contentam em viver.

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Será que você pode provar sua verdade? O que é a verdade senão uma mentira com a qual concordamos? Talvez a mentira sendo verdade é oficial como verdade por ser grandioso a paixão por ela, pois nada existe de grandioso sem paixão. Quem cria tudo é a mente? Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional. Tudo talvez dependa da vontade, logo cremos pela boa e livre vontade, ainda que inconsciente; pois a vontade é importante perante o que está para trás dela. Não poder destruir o tempo nem a avidez transbordante do tempo é a angústia mais solitária da vontade.

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Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Sobre o autor

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Sou filósofo, escritor, poeta, colunista e palestrante.
Meus trabalhos culturais estão publicados em diversas plataformas. Tenho obras e livros publicados.

Podem também pesquisar no Google: filósofo Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Sou uma incógnita que deve ser lida com atenção e talvez somente outras gerações decifrem meu espírito artístico. Sou muitos em mim e todos se assentam à mesa comigo. Posso não ser uma janela aberta para o mundo, mas certamente sou um pequeno telescópio sobre o oceano do social.

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