Nativo da China e um dos principais temperos da culinária asiática, o gengibre é uma raiz que hoje é facilmente encontrada ao redor do mundo. Essa raiz vem sendo usada pelos seus benefícios terapêuticos em diversas práticas medicinais tradicionais há milhares de anos. Seu uso mais tradicional aponta a capacidade de melhorar digestão, náuseas e sintomas de resfriado.
Recentemente, a ciência vem comprovando algumas de suas propriedades que antes eram desconhecidas. Além de seu uso terapêutico para imunidade, alívio de sintomas de resfriado e mal-estar, alguns compostos do gengibre têm a capacidade de alterar a maneira como nosso cérebro funciona.
Para estudantes e profissionais com trabalhos que requerem foco e boa memória, o gengibre pode entregar benefícios bem relevantes.
Estudos demonstram que até mesmo pequenas doses de gengibre podem melhorar a atenção, a memória de curto prazo e o tempo de reação. Isso acontece em parte porque alguns compostos encontrados no gengibre demonstram aumento no nível de atividade de acetilcolina, um neurotransmissor associado à memória e aprendizado. A acetilcolina é um neurotransmissor importante que confere neuroplasticidade ao nosso cérebro. A neuroplasticidade é a habilidade de o cérebro se moldar e reformatar para aprender habilidades novas e guardar memórias.
As propriedades anti-inflamatórias do gengibre também protegem nosso cérebro contra danos de longo prazo, como perda de memória e demência, e habilitam o pleno funcionamento do hipocampo, a parte do cérebro responsável pela nossa memória de curto prazo. O neuronutriente do gengibre 6-shogaol é o maior responsável por modular os processos inflamatórios do cérebro. Nos estudos com o 6-shogaol, pesquisadores afirmam que em função de seus efeitos neuroprotetores, o 6-shogaol pode ser usado como agente terapêutico eficiente para tratamento de doenças neurodegenerativas.
O gengibre também é capaz de aumentar a produção de dois dos neurotransmissores mais importantes, serotonina e dopamina. A serotonina é ligada a sensações de bem-estar e a dopamina é ligada a sensações de recompensa e motivação. Efetivamente, quando o gengibre eleva os níveis desses neurotransmissores, ele pode fazer com que você se sinta mais motivado e mais feliz.
Adicionalmente, existem mais de 50 compostos antioxidantes no gengibre, tornando-o um dos alimentos com maior concentração de antioxidantes. Um grupo desses antioxidantes, o neuronutriente gingerol, pode prevenir a deterioração prematura dos neurônios, protegendo o cérebro contra a oxidação de radicais livres.
Resumo dos benefícios para a mente
O consumo pontual de gengibre melhora a atenção, a memória de curto prazo e reduz o tempo de reação a estímulos.
O 6-shogaol protege o cérebro de neuroinflamação, preservando a capacidade de memória e cognição ao longo do tempo.
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As propriedades antioxidantes do gingerol protegem o cérebro contra a oxidação de radicais livres.
Para pessoas que estão tentando se concentrar nos estudos e no trabalho, o consumo de gengibre pode ajudar a manter o foco e melhorar a memória de curto prazo. O consumo contínuo no longo prazo mantém o cérebro saudável e ativo.
O gengibre natural fresco consumido como um alimento não demonstra efeitos adversos para o corpo; porém, a dose ideal para obter os benefícios não precisa passar de uma ou duas colheres de chá por dia. Extratos e suplementos de gengibre também são efetivos, mas seu consumo excessivo pode ter consequências. Se tiver interesse em consumir suplementos de gengibre, é recomendado consultar seu médico ou nutricionista.
Algumas dicas para consumir gengibre no dia a dia naturalmente:
- Adicionar gengibre na sua mistura de aromáticos. Aromáticos são condimentos, como cebola, alho e pimenta, usados para dar sabor aos alimentos.
- Chá de gengibre com limão: fácil de fazer e alivia sintomas de congestão, náusea e melhora a digestão.
- O gengibre pode ser incorporado em doces e pães. Existem diversas receitas de bolachas, pães e bolos com gengibre.
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