Nesta terceira parte de nossa exploração da Geometria na Natureza, o vídeo irá mostrar alguns exemplos de como a sequência de Fibonacci se apresenta como o “blue print” ou modelo escondido por trás da formação diversas flores, como a margarida e o girassol, por exemplo.
Observe bem o centro, procure identificar as espirais que se mostram em direções opostas. À primeira vista este arranjo se mostra muito complexo e é importante saber como a espiral de Fibonacci é formada para poder reconhecer que, por trás desta aparente complexidade, se esconde um princípio simples, ou seja, o princípio da criação de beleza e funcionalidade, partindo da Unidade.
A natureza utiliza a sequência de Fibonacci em duas curvas que se movem em direções opostas. O número de espirais segue a sequência de Fibonacci. Por exemplo, poderiam ser 13 espirais da direita para a esquerda e 8 da esquerda para a direita. Assim acontece com o girassol, naturalmente com um número muito maior de espirais.
Em seguida, um exemplo simplificado. As curvas opostas foram tomadas separadamente, de modo a tornar bem claro como elas se mostram na formação em flores circulares como as margaridas e girassóis, mas também em pinhas e abacaxi. O princípio é sempre o mesmo e nos coloca diante da beleza da diversidade, partindo da Unidade. Beleza e funcionalidade operando em conjunto.
O princípio de crescimento em forma de espirais está distribuído amplamente na natureza. A seguir, temos uma pinha como exemplo.
Outra forma profusa em flores silvestres é a pentagonal, ou seja, uma estrela de 5 pontas, nas mais diversas cores e proporções, mas o “modelo” é sempre o mesmo. Isso porque a proporção áurea (ou Phi) é inerente à estrela pentagonal ou pentagrama.
Aproveitem seus passeios em parque e jardins e procurem identificar a profusão de flores silvestres que manifestam a forma pentagonal.
Até mesmo na forma de um símbolo como o Yin-Yang, pude, certa vez, descobrir como a forma pentagonal está presente de forma escondida no seu desenho. Confiram no vídeo como foi a descoberta.
Continuamos a nossa exploração, agora enfocando ainda mais como aquilo que experienciamos em 2 dimensões nem sempre é o mesmo em 3 dimensões. Dessa forma, o trabalho com a geometria nos ajuda tremendamente a desenvolver ainda mais a nossa percepção. Lembrem-se que apenas aquilo que percebemos é real para nós.
Vejam abaixo como um simples movimento pode nos abrir um mundo novo. O que de um lado parece uma profusão desordenada de folhas, se mostra no lado oposto como uma estrela pentagonal. Uma percepção treinada pode perceber isso num simples pé de alface. Para mim é uma bênção poder reconhecer uma inteligência que usa a ordem e a beleza em sua Criação. Lembrem-se que essa capacidade está presente em cada um de nós e que é nosso direito nos conectarmos com ela.
Mostro agora mais um exemplo de que aquilo que vemos em 2 dimensões nem sempre corresponde ao que percebemos em 3 dimensões.
Aqui vemos uma estrela de cinco pontas em verde, dentro de um pentágono, em amarelo, com conexões que desenvolvi e que batizei de PyPla 3D em homenagem a Pitágoras e Platão.
Mas se eu faço um dodecaedro, partindo do pentágono inicial e continuo a construir estrelas pentagonais, qual seria a forma final?
Vemos na figura da direita que aquilo que, no plano, se mostrava como uma estrela pentagonal, no espaço vai se mostrar como 5 cubos inseridos em um dodecaedro.
Me parece muito importante que nossas crianças aprendam, desenvolvam sua percepção desde pequenas, de forma lúdica, brincando com jogos criativos e educativo como esse. Existe ainda muito para se descobrir, com a ajuda deste material, que desenvolve a criatividade.
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A forma pentagonal, como já vimos, mas é importante repetir — para que a parte mais linda e verdadeira dentro de nós se recorde —, está presente em toda a natureza. Como somos parte da natureza, está também presente em nosso DNA. No vídeo, vocês verão os detalhes de como proporções da sequência de Fibonacci e a forma de 2 estrelas pentagonais estão presentes no nosso DNA.
Para finalizar, mais uma amostragem de como a forma da estrela pentagonal é presente na vida marinha, em plantas e até mesmo no mamão (!) quando cortado em perpendicular.