Já são mais de três anos de amizade e muitas indicações de amigos para serem colunistas voluntários. Demorei muito para enviar os meus textos, sempre cobrado pela Silvia e a Mônica, eu sempre dizia: “só vou escrever quando estiver em profundo estado de PAZ”. Chegar a esse momento de PAZ interior dá trabalho, precisei visitar e revisitar muitas vezes a minha jornada interior e só consigo dizer que estou feliz quando posso experimentar um estado acima da felicidade. É um contentamento que não se explica! É um sentimento de tão profunda GRATIDÃO que dessa forma é possível experimentar momentos de espiritualidade indescritível. Acredito verdadeiramente que só estando nesse estado posso escrever, é uma escrita a partir de experiências pessoais e muito profundas.
Não é possível tocar alguém a partir de uma escrita se essas palavras não tocaram primeiramente o autor do texto. Quando vejo através da janela da espiritualidade, percebo o que provoca a DOR, e essa visão consegue provar que o valor da GRATIDÃO pode propor a CURA.
Escrever para o Eu Sem Fronteiras provocou muitas perguntas, uma delas: QUEM SOU EU?
Esse nível de pergunta te propõe respostas parecidas com as que li no site Terra de Ruda, do Astrólogo Sérgio Seixas. Ele responde essa pergunta da seguinte forma! “Você é uma pessoa tentando se transformar em indivíduo, um filho tentando se tornar um homem, um corpo com emoções tentando maturá-lo em sentimentos, uma ilha de desejos tentando ser um continente de consciência, um punhado de expectativas tentando chegar no presente, um terráqueo tentando se sentir em casa, um Ser do Cosmos buscando se recordar de sua verdadeira origem e gozá-la em cada instante vivido. Ou seja, um complexo de opiniões buscando amar e ser amado.”
Você também pode gostar:
- 4 maneiras de mudar nossa predisposição para o sofrimento
- Conviva com pessoas que façam você ver o seu melhor
- Quem está falando com você? A mente ou o coração?
Alguns amigos mais próximos que acompanham meu trabalho na Academia Confluência, questionam o porquê de eu não escrever mais vezes e de não criar um blog ou um canal. Eu simplesmente pergunto: “Para quê?”. Eu respondo: “Sirvo a poucas pessoas, que servirão a muitas pessoas! Simplesmente simples e maravilhoso! Sinto que sou um homem das montanhas e cavernas, alguma coisa dentro de mim cria um ENCONTRO no próprio anonimato!” Parece uma declaração um tanto arrogante ou prepotente, mas eu posso afirmar que a minha jornada ao longo dos meus 56 anos não foi nada fácil, muitas vezes pensei em desistir dessa jornada aqui na terra, mas percebi que quanto mais eu praticava a GRATIDÃO, mais eu acessava a espiritualidade, o que me conferia um estado de profunda paz e felicidade.
Escrever para o Eu Sem Fronteiras confere ao colunista uma liberdade ímpar, essa liberdade nos permite acessar a nossa própria natureza e é capaz de mostrar a força e beleza de ser livre para se expressar. Eu percebo que quanto mais natural, mas potente e transcendental!
Posso estar escrevendo poucas linhas, mas agradeço profundamente a oportunidade e amizade com toda a equipe do Eu Sem Fronteiras e desejo que muitos anos e muitos colunistas ainda estejam por vir.
Abro um espaço para transcrever parte do propósito do Eu Sem Fronteiras: “Nossa proposta é ser a ponte entre quem almeja contribuir e quem procura saber, em uma troca constante… Autoconhecimento e transcendência. São muitas as pessoas que ajudam as outras, colocando o amor em movimento. Inspire-se! A vida segue, o Universo conspira e nós queremos colaborar!”
Esse é um dos motivos pelos quais me aproximei e nunca mais me afastei dessa vontade de ajudar o próximo através de textos que provocam profunda transformação.
Fernando Pessoa faz eu pensar sobre a minha própria vida. Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido. Tudo vale a pena quando a alma não é pequena. O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela. O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Respondendo à primeira pergunta: Não existe espiritualidade sem gratidão! É verdade, a palavra está sendo pouco usada atualmente. Ela deriva do Latim GRATUS, tanto “agradável” como “agradecido”, de uma base Indoeuropeia GWER-, “elogiar, dar as boas-vindas”. Eu simplifico com o meu sentimento, SOU GRATO ao que me dão!
Mônica e Silvia, meus profundos parabéns, eu sou muito grato a oportunidade que me deram.
Do amigo,
Antonio Carlos Antunes