Em um complexo encontro entre a mente e o corpo, surge um distúrbio psicológico que desafia as barreiras entre o irreal e o real. Caracterizado por sintomas que soam como uma gravidez real, a pseudociese, ou gravidez psicológica, revela a capacidade do corpo de responder ao poder da mente. Em meio a essa questão delicada entre os aspectos emocionais e físicos, somos levados a refletir sobre como as aspirações, medos e desejos podem se manifestar de maneira inesperada. Essa condição, embora rara, é real e pode ter impactos significativos na saúde mental da mulher. Que tal descobrir mais sobre ela?
Saiba mais sobre o assunto:
O que é gravidez psicológica?
A gravidez psicológica é frequentemente associada a fatores emocionais e psicológicos, como o desejo intenso de engravidar, o medo da gravidez, alterações hormonais, estresse, ansiedade e outros desequilíbrios emocionais. Esses fatores podem levar o corpo a manifestar sintomas físicos sem a presença de uma gestação real.
Diagnóstico de gravidez psicológica
O diagnóstico da gravidez psicológica geralmente envolve a exclusão de uma gravidez real por meio de exames médicos, como ultrassonografias e testes de gravidez que constatem a ausência de feto. Uma vez confirmada a ausência, é essencial abordar os aspectos emocionais. A terapia psicológica pode ser uma ajuda valiosa para auxiliar a mulher a compreender e lidar com os fatores emocionais que desencadearam esse distúrbio.
Causas da gravidez psicológica
A gravidez psicológica pode afetar mulheres de todas as idades. Não há um perfil específico para quem pode desenvolver esse fenômeno, mas alguns fatores podem aumentar as chances; são eles:
1 Desejo intenso de engravidar: Mulheres que têm um desejo muito forte de serem mães podem ser mais propensas a desenvolver uma gravidez psicológica, especialmente se enfrentarem dificuldades para engravidar.
2 Medo da gravidez: Algumas mulheres têm um medo profundo da gravidez e do parto. Esse medo pode ser tão intenso que o corpo reage fisicamente, manifestando sintomas típicos de uma gravidez real.
3 Histórico de questões emocionais: Mulheres com histórico de questões emocionais, como ansiedade, depressão ou estresse crônico podem ter maior propensão a desenvolver uma gravidez psicológica.
4 Instabilidade emocional: Alterações emocionais significativas, como perda de um ente querido, término de relacionamento ou outros eventos estressantes, podem desencadear mudanças hormonais e físicas que se manifestam como uma gravidez psicológica.
Sintomas de gravidez psicológica
Os sintomas de uma gravidez psicológica podem ser semelhantes aos sintomas de uma gravidez real, já que o corpo costuma responder aos sinais emitidos pelo cérebro de forma igual. Os sintomas podem incluir:
1 Amenorreia: Em outras palavras, ausência de menstruação, sendo esse geralmente um dos primeiros sintomas de uma gravidez real ou psicológica.
2 Aumento abdominal: Algumas mulheres podem experimentar o aumento do abdômen, semelhante ao que ocorre durante uma gestação real.
3 Sensibilidade nas mamas: Os seios ficam doloridos, inchados ou mais sensíveis.
4 Náuseas e vômitos: Em casos mais extremos, a mulher pode experienciar quadros de náuseas e vômitos, semelhantes a uma gravidez real.
5 Mudança nos mamilos: Há também a alteração na cor e tamanho dos mamilos.
6 Movimentos no abdômen: Algumas mulheres podem também vivenciar movimentos no abdômen, semelhantes aos movimentos dos fetos, mesmo na ausência de um.
7 Mudança no apetite: Nesses casos, a mudança de apetite costuma vir acompanhada de aumento de peso, onde a mulher acredita que está se alimentando por dois.
Os sintomas podem variar de mulher para mulher, mas é essencial que, ao sentir esses sintomas e constatar uma não-gravidez, toda ajuda necessária seja disponibilizada para a mulher.
Tratamento para gravidez psicológica
Não há um tratamento específico que funcione para todas as mulheres, ele se dá de acordo com a gravidade dos sintomas e as necessidades individuais de cada mulher.
Ao descobrir que a gravidez não é real, médicos de diversas áreas deverão ser consultados e, então, segundo o Dr. Dráuzio Varella, a mulher que apresenta esta condição precisará ser acompanhada por psicólogos, clínicos gerais e psiquiatras.
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Caso a mulher apresente quadros depressivos, de ansiedade ou quaisquer outras condições mentais, os médicos tendem a manter e/ou aumentar a dose de remédios que a paciente já faz uso.
É essencial que a mulher seja acolhida nesse momento de fragilidade e extrema vulnerabilidade. Essas pacientes necessitam de apoio e suporte emocional de sua família e amigos.
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Texto escrito por Beatriz Mutton da Equipe Eu Sem Fronteiras.