O livro “Ramayana”, assim como o “Mahabarata”, é um dos dois maiores contos da Índia. Nessa história épica, conta-se a jornada de um príncipe, Rama de Ayodhya, cuja esposa, Sita, é abduzida pelo demônio, rei de Lanka, Ravana. Segundo o povo hindu, é uma história real, eivada de vários ensinamentos dos deuses hindus.
Nessa história, Rama seria a 7ª encarnação do deus Vishnu, uma antes de Krishna. Ele seria um príncipe do norte da Índia. Ravana desce à Terra e começa a atormentar a humanidade. Então Vishnu vem para trazer a manutenção e se apresenta com o avatar Rama e com seus três irmãos. Eles vêm como filhos de Dasharata, no Reino de Ayodhya. Os filhos crescem em harmonia, até que um dia, quando adolescentes, são convocados para uma missão.
Um mestre, que mora na floresta, é atormentado por demônios e solicita ao rei um auxílio. Então ele envia Rama e Lakshamana para acompanharem o mestre. Os dois combatem os demônios e recebem vários ensinamentos dos mestres, assim como armas celestiais. No caminho para casa, encontram um outro reino, em que estava havendo uma competição para ganhar “a mão” de uma linda princesa.
Sita casaria com quem entortasse o arco de Shiva. Mas ninguém conseguia isso até a chegada de Rama. Sua beleza e imponência chamavam a atenção. Ele consegue com enorme facilidade. Os dois se casam e regressam a Ayodhya. Chegando lá, o rei os recebe e nomeia Rama como corregente e futuro rei. O povo de Ayodhya fica extremamente feliz, porque Rama era uma pessoa repleta de virtudes.
Porém a mãe de um de seus irmãos fica com inveja e quer que o seu filho, Bharata, seja o rei, e cobra uma promessa ao rei. Eram dois pedidos, que seu filho fosse o rei e Rama ficasse 14 anos no exílio. Rama aceita o que foi determinado, pois ele era o próprio dharma. Aceitava os desígnios que a vida proporcionava. Lakshamana e Sita vão com ele. Lá permanecem, até que são informados da morte do rei. Bharata comunica e diz que Rama é o rei, mas ele diz que seguirá o dharma, o que o seu pai havia ordenado. Eles combinam que quando terminasse o exílio ele seria o rei.
Na floresta, vivem como se fosse o paraíso, até que um dia a princesa Supanarka de Lanka, irmã de Ravana, vê Rama, e fica encantada por ele. Rama a rejeita, e ela fica cheia de ódio e comunica a seu irmão, Ravana. Ela fala de Sita para ele e Ravana vai atrás dela para raptá-la. Ravana, com a ajuda de outros demônios, consegue raptar Sita, e eles ludibriam os irmãos.
Eles decidem resgatar Sita e vão para o sul. Então um urubu informa a direção para eles. Eles chegam em Varana, reino dos macacos, liderados por Sugriva, e conhecem Hanumah, uma macaco gigante que consegue voar. Eles auxiliam o reino dos macacos numa guerra e depois vão resgatar Sita. Sugriva vence a guerra, e eles ficam livres para buscar a amada de Rama.
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Hanumah vai até a ilha do Sri Lanka para trazer Sita de volta, contudo ela diz que só regressará com Rama e que deveriam salvar vários escravos que estão na ilha. Então, eles fazem uma ponte de pedra do sul da Índia até Lanka (inclusive seria parte da antiga Lemúria). Eles finalizam a ponte e chegam até Lanka. A guerra se inicia e os demônios de Ravana vão sucumbindo um a um.
Até que chega o momento derradeiro. Rama enfrenta Ravana. Ele era um demônio e tinha dez cabeças. Rama consegue derrubar uma a uma e vence a batalha e salva sua amada. Assim, é nossa vida, tem que vencer diariamente vários “demônios”. Rama teve sabedoria, paciência e resiliência para encontrar seu amor e derrotar o inimigo. Além do mais, aceitou os caminhos de sua vida, porque ele é a própria retidão, seja com abundância, seja com uma vida simples, porque confiava no dharma. Que Rama sirva de exemplo a todos nós, independentemente de qual seja o nosso caminho.