Saúde Integral

Hipertensão na Gravidez: como lidar?

Escrito por Eu Sem Fronteiras

Neste artigo explicamos o que é a hipertensão gestacional, porque ela ocorre e o que você pode fazer para controlá-la e diminuir os riscos para sua saúde e de seu bebê.

Muito mais comum do que parece, a hipertensão é um problema enfrentado por cerca de 10% das grávidas no Brasil. Essa doença é caracterizada pelo aumento da pressão de gestantes para mais de 140/90, podendo causar problemas para a saúde da mãe e do bebê.

Uma das principais características da hipertensão gestacional é que ela surge em mulheres que, até engravidarem, não apresentavam qualquer alteração nos níveis arteriais. Da mesma forma, a doença tende a desaparecer em poucas semanas após o parto. Na maioria dos casos, esse problema de saúde é desencadeado pela formação da placenta, mas os grandes agravantes são a má alimentação e a falta de exercícios físicos durante a gestação.

Existem ainda alguns fatores que aumentam o risco de hipertensão em gestantes, como o sobrepeso, a gravidez tardia (mais de 35 anos) e o histórico familiar de pré-eclâmpsia ou pressão alta. Para quem já lida com essas características, a atenção com o risco de hipertensão deve ser redobrada.

Mas, o que essa doença causa durante a gestação? As futuras mamães hipertensas correm um maior risco de terem problemas com o crescimento fetal, de deslocamento da placenta e de parto prematuro. Além disso, se não for controlada, essa doença pode evoluir para uma eclâmpsia. E, nesse caso, os riscos para a saúde de mãe e filhos são bastante elevados.

Cuidados a serem tomados

Para evitar que estes problemas possam atrapalhar a gravidez e causar qualquer dano à saúde da mãe ou da criança, alguns cuidados precisam ser tomados durante os nove meses nos quais o bebê ainda está em formação.

Nos casos de hipertensão gestacional não-grave, na qual os índices de pressão não estão excessivamente altos, é possível controlar a doença com uma dieta cuidadosa, exercício físico  e consultas periódicas ao médico. No cardápio das futuras mamães, é imprescindível que não faltem frutas, verduras, legumes ricos em vitaminas e cereais integrais. Por outro lado, as comidas com muito tempero, excesso de sódio, sal ou gorduras devem ser ingeridas com bastante cautela.

Os produtos industrializados, como carne processada, hambúrgueres, empanados, salsichas, linguiças e refeições congeladas, também devem passar longe do prato das gestantes com problemas de hipertensão. Isso porque estes alimentos costumam conter altos níveis de sódio e sal, que aumentam o volume de sangue nas veias e retêm líquidos para tentar compensar o processo.

Outra substância muito perigosa no caso da gravidez gestacional é o açúcar. Seu consumo em excesso costuma elevar os níveis de ácido úrico no organismo, causando alterações no revestimento das artérias e elevando a pressão. Além disso, o consumo elevado de açúcar está diretamente relacionado ao ganho de peso. E a obesidade causa um processo inflamatório generalizado no corpo, responsável pela dificuldade na circulação sanguínea e pela elevação dos níveis de ácido úrico (que aumentam ainda mais a pressão).

Para completar os hábitos de alimentação saudável, é necessário que as gestantes também fujam do sedentarismo. A prática de caminhadas, hidroginástica ou qualquer outro exercício físico aprovado pelo médico é essencial para manter o corpo saudável antes do parto. Estas duas dicas são as maiores aliadas das grávidas para o controle da hipertensão gestacional.

Portanto, é extremamente importante que as mamães com problemas de hipertensão façam acompanhamento periódico com nutricionistas e levem muito a sério o pré-natal.  Para ajudar nesse controle dos alimentos consumidos, vale a pena ficar atento aos rótulos e embalagens dos produtos, pois lá podem ser encontradas as informações e quantidades dos temperos, gorduras e açúcares de tudo o que as grávidas pretendem consumir.  

No caso de quem sofre com a hipertensão gestacional grave, quando a pressão tem níveis mais elevados, os médicos também acabam optando por controlar a doença com remédios, somado à alimentação controlada e, algumas vezes, de repouso. Mas esta situação é mais extrema, e só acontece na minoria dos casos.

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Porém, é sempre bom lembrar que, além de controlar a pressão regularmente nas consultas médicas e em casa, as gestantes com problemas de hipertensão também devem ficar atentas a qualquer sinal de progressão da doença. Se perceberem quaisquer sintomas, como as dores de cabeça, dores no abdômen, dificuldades visuais, sangramentos ou diminuição do movimento do bebê, devem procurar imediatamente um médico.

Mas, grávida, fique tranquila. Se o quadro de hipertensão na gravidez é o seu caso, basta ficar atenta às orientações de seu médico e levar a sério as dicas de alimentação e exercícios para o seu caso. Ao seguir todos os cuidados, você não terá motivo para se preocupar. Sua saúde e a do seu bebê não correm riscos!


  • Texto escrito por Laís Mori da Equipe Eu Sem Fronteiras.

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