Era uma vez uma menina chamada Sofia, que morava em uma vila cercada de montanhas e jardins cheios de flores. Sofia adorava brincar ao ar livre e correr com seu cachorro, Pipoca. Mas, quando chegava a hora de descansar, ela tinha dificuldade. Sua mente parecia uma festa barulhenta, cheia de pensamentos pulando de um lado para o outro: “Será que amanhã vai chover?”, “Como as estrelas ficam no céu?”, “Será que Pipoca entende o que eu digo?”
Na escola, um dia, a professora falou sobre meditação. Ela explicou que meditar ajudava a acalmar a mente, como se fosse uma pausa mágica. Sofia ficou animada para tentar, mas, quando chegou em casa e se sentou no tapete, nada aconteceu. Sua cabeça continuava cheia de pensamentos. Depois de alguns minutos, ela desistiu.
— Mamãe, meditar é muito difícil! — reclamou ela.
A mãe de Sofia sorriu com carinho.
— Sabe, minha pequena, talvez você só precise aprender de um jeito divertido. Vamos tentar algo diferente?
Curiosa, Sofia seguiu a mãe até o jardim. Lá, a mãe pegou uma flor lilás perfumada e, em casa, trouxe uma pequena vela de aniversário.
— Vamos brincar de cheirar a florzinha e assoprar a velinha, Sofia. Primeiro, inspire bem devagar, como se estivesse sentindo o cheirinho dessa flor — disse a mãe, segurando a flor perto do nariz da menina.
Sofia respirou fundo, sentindo o aroma delicado.
— Agora, sopre devagar, como se estivesse apagando essa velinha — instruiu a mãe, aproximando a vela sem a acender.
Sofia riu e soprou suavemente. A mãe repetiu:
— Cheira a florzinha… e assopra a velinha.
As duas praticaram juntas, e Sofia percebeu como sua respiração ficava tranquila. A cada vez que inspirava e expirava, sentia seu coração desacelerar e a confusão de pensamentos diminuía.
Com o tempo, Sofia aprendeu a fazer isso sozinha. Sempre que se sentia agitada ou com dificuldade para dormir, ela fechava os olhos, imaginava a flor e a vela, e respirava profundamente.
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Um dia, na escola, a professora perguntou:
— Quem aqui já tentou meditar?
Sofia levantou a mão e explicou sua técnica para os colegas. Muitos ficaram curiosos e começaram a praticar também. Logo, a sala inteira estava mais tranquila antes das aulas.
E assim, Sofia descobriu que meditar não era algo difícil, mas um presente simples que ela podia dar a si mesma, sempre que precisasse de calma e paz.
Fim.