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História: Sofia e o segredo da respiração

Mãe e filho estão sentados de costas para a imagem e meditam de frente para o mar e para o pôr do sol.
Serhii Yevdokymov / Canva
Escrito por Giselli Duarte

Sofia tinha uma mente agitada e dificuldades para descansar até que sua mãe a ensinou uma maneira simples e lúdica de meditar. Será que esse truque ajudou a menina a encontrar paz? Descubra como a meditação se tornou um presente mágico na vida de Sofia.

Era uma vez uma menina chamada Sofia, que morava em uma vila cercada de montanhas e jardins cheios de flores. Sofia adorava brincar ao ar livre e correr com seu cachorro, Pipoca. Mas, quando chegava a hora de descansar, ela tinha dificuldade. Sua mente parecia uma festa barulhenta, cheia de pensamentos pulando de um lado para o outro: “Será que amanhã vai chover?”, “Como as estrelas ficam no céu?”, “Será que Pipoca entende o que eu digo?”

Na escola, um dia, a professora falou sobre meditação. Ela explicou que meditar ajudava a acalmar a mente, como se fosse uma pausa mágica. Sofia ficou animada para tentar, mas, quando chegou em casa e se sentou no tapete, nada aconteceu. Sua cabeça continuava cheia de pensamentos. Depois de alguns minutos, ela desistiu.

— Mamãe, meditar é muito difícil! — reclamou ela.

A mãe de Sofia sorriu com carinho.

— Sabe, minha pequena, talvez você só precise aprender de um jeito divertido. Vamos tentar algo diferente?

Curiosa, Sofia seguiu a mãe até o jardim. Lá, a mãe pegou uma flor lilás perfumada e, em casa, trouxe uma pequena vela de aniversário.

— Vamos brincar de cheirar a florzinha e assoprar a velinha, Sofia. Primeiro, inspire bem devagar, como se estivesse sentindo o cheirinho dessa flor — disse a mãe, segurando a flor perto do nariz da menina.

Uma menina e criança se curva e cheira flores da cor lilás.
Alexandra_Dinca / Getty Images / Canva

Sofia respirou fundo, sentindo o aroma delicado.

— Agora, sopre devagar, como se estivesse apagando essa velinha — instruiu a mãe, aproximando a vela sem a acender.

Sofia riu e soprou suavemente. A mãe repetiu:

— Cheira a florzinha… e assopra a velinha.

As duas praticaram juntas, e Sofia percebeu como sua respiração ficava tranquila. A cada vez que inspirava e expirava, sentia seu coração desacelerar e a confusão de pensamentos diminuía.

Com o tempo, Sofia aprendeu a fazer isso sozinha. Sempre que se sentia agitada ou com dificuldade para dormir, ela fechava os olhos, imaginava a flor e a vela, e respirava profundamente.

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Um dia, na escola, a professora perguntou:

— Quem aqui já tentou meditar?

Sofia levantou a mão e explicou sua técnica para os colegas. Muitos ficaram curiosos e começaram a praticar também. Logo, a sala inteira estava mais tranquila antes das aulas.

E assim, Sofia descobriu que meditar não era algo difícil, mas um presente simples que ela podia dar a si mesma, sempre que precisasse de calma e paz.

Fim.

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

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Meditação para quem não sabe meditar

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