Autoconhecimento Ho'oponopono

Ho’oponopono e Amor

Casal no pôr do sol
dup357 de pixabay no Canva
Escrito por Juliana De'Carli

Ho’oponopono é uma técnica que basicamente trabalha com a força do perdão, do amor e da gratidão. A meu ver, só o fato de você perdoar ou pedir perdão lhe faz estar em um ato de compaixão, de amor ao próximo e também ao agradecer, amando e respeitando Deus em sua Divindade. E tudo isso através das palavras ‘Sinto muito’, ‘Me perdoe’, ‘Eu te amo’, ‘Sou grato (a)’.

Algumas pessoas me perguntam se precisam ficar sentindo as palavras ao praticar a técnica do Ho’oponopono. Quando estamos envolvidos com o assunto, você acaba fazendo com emoção e verdade, e isso faz com que a limpeza ganhe força. Esta verdade, este querer limpar é importante. Você sentir as palavras, sentir o que está fazendo faz, sim, diferença. Mas quando se repete muitas vezes as frases, como quando se faz com japa mala, chega num determinado ponto que as frases se tornam um mantra, a pessoa entra em alfa e continua repetindo. Neste momento, você está mais recitando as palavras e utilizando seu poder, sua frequência.

Se você quer trabalhar com a força do sentimento que estas palavras significam, pode recitar menos vezes, emitindo de seu chacra cardíaco as emoções e energias para a situação ou pessoa. Existem formas diferentes de praticar e você deve encontrar a forma que se encaixa melhor para você, o horário e se vai utilizar algum instrumento para potencializar.

Você pode se concentrar na situação e trabalhar calmamente cada frase, inclusive com tempos diferentes para elas, pois cada uma tem sua função e, dependendo da situação, você sentirá que deverá trabalhar uma energia diferente. Às vezes, sente que deve perdoar-se muito, ou alguém, ou em outros momentos a frase mais forte é a do amor. Independente de quais frases escolher, ‘Te amo’ ou ‘Amor’ devem ser sempre utilizados, pois é a energia do Amor que transmuta, que abranda, que ameniza as situações.

Casal de mãos dadas caminhando pelas ruas
Jasmine Carter / Pexels / Canva

Amor não é uma palavra que ao ser dita está em todo seu poder. Amor não é um simples dizer “Eu te amo”. Amor é um sentimento profundo, acredito que o mais nobre dos sentimentos. Amar ao próximo pode ser compreendido como compaixão.

Amor é um sentimento que brota de você, você sente sair do seu peito, do seu coração. Alguns sentem, mas não detectam que emana do chacra cardíaco. Algumas pessoas já possuem naturalmente o amor, a compaixão ao próximo, do cuidar, do alimentar, vestir, aconchegar – um exemplo clássico é a Madre Teresa de Calcutá. Outras pessoas vão se conectando a força do amor com o passar da vida, ao tornar-se mãe ou pai, ou ao desenvolver sua consciência.

O que influencia muito nesta questão da compaixão, do amor ao próximo é a construção desta pessoa, sua primeira e segunda infância, se a pessoa recebeu de sua mãe amor, cuidado, e se ao longo da vida ou das vidas o indivíduo não apresentou algum trauma que bloqueasse seu chacra cardíaco. Estes bloqueios do chacra dificultam o sentir expansivo, confortador e sagrado do amor puro, de alma.

Você pode se conectar à força universal que é força de amor, fortalecendo este sentimento dentro de você e o externalizando. Permitindo que ele brote de dentro de você e se manifeste em suas ações. Pessoas que não se permitem amar, ao sentir amor, internalizam a energia que brotou dentro de seu peito. Ela sabe que sentiu amor pelo outro, mas não demonstra e o sentimento acaba perdendo força dentro de si, sendo que poderia estar ganhando muita força ao ser manifestado em uma ação sutil, pois estaria alimentando uma relação e fazendo brotar na outra pessoa boas emoções.

Uma ação simples e sutil de amor multiplica seu poder no mínimo em dobro, pois é vivido por quem sente e por quem é tocado, podendo se multiplicar com os hormônios de bem-estar que os corpos produzem, e restaurar campos energéticos ao desbloquear e limpar energias não saudáveis.

Silhueta de casal sob o por do sol
Kerkez / Getty Images Pro / Canva

Meu marido, Clayton De’Carli Debiasi ministra mensalmente uma meditação de Tambor nas Luas cheias. Em uma destas meditações, estávamos nós e o grupo no pasto com os cavalos, e uma menina de 12 anos chamada Denise estava ao meu lado. Eu senti amor por todos que estavam ali, era como se o sentimento englobasse todos, mas eu quis abraçar a Denise e não abracei. No momento, meu marido conversava com o grupo e nós prestávamos atenção, isso foi logo após tocarmos tambor e fazermos uma dança circular. Depois fiquei com uma energia dentro de mim que não foi direcionada, e me questionei porquê.

Quando voltamos a casa central, a irmã mais nova da Denise veio repentinamente e me deu um abraço em que pude sentir o amor que ela emanava para mim. A pureza da criança permitiu sua livre expressão, e eu senti os benefícios daquele abraço. Fiquei querendo voltar no tempo para abraçar a Denise, para que ela se beneficiasse do abraço. A Denise é minha aluna de Reiki nível 2, passou por uma catarse leve. Depois eu a abracei, mas demandava de mim uma concentração maior para enviar aquela energia a ela. Meu abraço naquele primeiro momento poderia ter ajudado, inclusive, na sua cura. Este é um exemplo do amor súbito externalizado, e não interiorizado.

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Eu já tive momentos destes com meu filho, Lorenzo. Uma vez ao visitar a minha amiga, que foi minha psicóloga, a querida Rosana, ela estava de cama devido ao câncer. Lorenzo lhe deu um beijo de uns três segundos, e ela disse que ele havia feito Reiki nela. Quatro meses depois, Lorenzo estava com um ano e cinco meses, eu e meu marido recebemos um beijo dele com esta energia. Nós estávamos com um bloqueio energético e eu acredito que, inconscientemente, Lorenzo percebeu.

Ele chamou meu marido com suas palavras de neném e o beijou por três segundos, depois ele ficou me chamando, até que eu me virasse, pegou meu rosto e me deu um beijo profundo. Ele sempre nos abraça e beija, mas neste dia foi diferente. Existia uma carga de amor, uma energia que fluía da boca dele para mim. Neste dia eu compreendi perfeitamente a Rosana. As crianças são especiais, sagradas e puras. Se elas ficam bravas, mostram que estão bravas, se elas sentem amor, externalizam seu amor.

Sobre o autor

Juliana De'Carli

Juliana De’Carli ministra formações desde 2012. Iniciou como mestre de reiki, formada pelo seu pai Johnny De’Carli, com quem estudou desde os 8 anos de idade a técnica, acompanhando-o em diversas viagens espirituais, incluindo Peru,
Espanha e Japão.
Durante a semana, Juliana é instrutora de yoga, atende como numeróloga cabalística e Life Spiritual Coaching. Aos fins de semana, ministra os cursos de reiki, Karuna reiki oficial e
Ho’oponopono.
É autora dos livros: “Ho’oponopono – método de autocura havaiano”; “Desenvolvendo Seu Poder Pessoal – Ho’oponopono, Reiki e Consciência”; “Ho’oponopono, Mindfulness e Reiki”; e “Mahalo – O livro da Gratidão do Ho’oponopono”.

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