Quando você era criança, é provável que tenha plantado um grão de feijão no algodão para acompanhar o desenvolvimento dessa planta. Nesse processo, você deve ter sentido tranquilidade, paz, empolgação e um pouco de ansiedade com o resultado. No geral, foram apenas sentimentos positivos.
E se você pudesse retomar essas boas vibrações agora, durante a sua vida adulta? A hortoterapia pode te ajudar com isso. Com ela, você vai descobrir que o cultivo das plantas pode florescer a cura dentro do seu corpo e na sua mente. Então se aprofunde nesse assunto com o conteúdo a seguir!
Direto ao ponto
O que é hortoterapia?
A hortoterapia é uma forma de terapia alternativa baseada no cultivo de plantas. É como a prática de jardinagem, mas com algumas características a mais. Na hortoterapia, por exemplo, é importante dedicar o seu corpo e a sua mente ao plantio, prestando atenção aos ciclos das hortaliças, das frutas e das flores, não só à manutenção delas.
Dessa maneira, essa terapia é responsável por ampliar a relação entre uma pessoa e a natureza, além de favorecer a conexão entre o corpo e a mente. Para entender quais são os outros benefícios da hortoterapia no seu bem-estar, confira o próximo tópico.
Benefícios da hortoterapia
O cultivo de plantas de forma atenta e cuidadosa oferece benefícios incríveis para o seu corpo e para a sua mente. Veja quais são eles:
1) Estímulo ao cumprimento de metas
Ao cultivar uma planta, nós nos comprometemos com esse ser vivo, acompanhando o crescimento dele e fazendo o que for preciso para que ele se desenvolva. Assim, compreendemos a importância de cumprir metas.
2) Desenvolvimento da memória
A hortoterapia favorece uma série de funções cognitivas, incluindo a memória. Então, com essa prática semelhante à jardinagem, um indivíduo terá mais facilidade de fixar informações e de se lembrar delas, quando for necessário.
3) Melhoria da concentração
Outra função cognitiva estimulada pela hortoterapia é a concentração. No processo de plantar algo, é fundamental reproduzir os cuidados necessários para determinada espécie, para que ela viva por mais tempo. Logo, há uma tendência a treinar a concentração e a atenção.
4) Redução do estresse e da depressão
Quando estamos em contato com a natureza, produzimos serotonina, uma substância que nos traz bem-estar. Dessa forma, é provável que um indivíduo perceba uma redução no estresse e na sensação de depressão durante a hortoterapia, ainda que seja essencial continuar realizando outros tratamentos psicológicos.
5) Controle da frequência cardíaca
O contato com o ar puro típico das regiões repletas de plantas favorece a oxigenação do sangue. Essa característica, somada à tranquilidade que a hortoterapia promove, permite um controle mais eficiente da frequência cardíaca de uma pessoa a longo prazo.
6) Aprimoramento de habilidades motoras
O plantio de flores, de hortaliças e de frutas requer algumas habilidades motoras mais robustas e outras mais finas. Portanto, quanto mais uma pessoa praticar a terapia, melhores serão essas qualidades dela.
7) Aumento da flexibilidade nos braços e nas pernas
Para ficar mais perto do solo, é necessário dobrar as pernas e os braços sem medo de se sujar. Nesse sentido, especialmente para as pessoas mais idosas, a hortoterapia é uma aliada no aumento da flexibilidade do corpo.
8) Favorecimento do apetite
Ao gastar energia ao ar livre, cultivando plantas, sentimos mais apetite na hora das refeições. Também, uma pessoa pode sentir ainda mais vontade de comer quando o prato principal tiver sido plantado e colhido por ela mesma.
9) Facilidade para adormecer
Quando a hortoterapia é praticada em um jardim ou fora de casa, o contato com a luz solar durante uma boa parte do dia pode facilitar o processo de adormecer, garantindo uma boa noite de sono.
Hortoterapia passiva x hortoterapia ativa
Todos os benefícios da hortoterapia podem ser aproveitados por quem a pratica. Entretanto não existe uma só maneira de fazer isso. Na verdade, essa terapia pode ser considerada passiva ou ativa, dependendo de como é realizada.
Por um lado, a hortoterapia passiva é voltada para a contemplação da natureza. Ou seja, ela inclui passeios em pomares, em jardins e em parques, sobretudo para pessoas que apresentam doenças degenerativas.
Por outro lado, a hortoterapia ativa é caracterizada pelo envolvimento prático no cultivo das plantas. Isso significa que o indivíduo irá plantar, manter e colher, e não só admirar os frutos que a natureza dá.
Em ambos os casos, essa terapia alternativa pode melhorar consideravelmente a qualidade de vida de uma pessoa. Logo, se você quer praticar a hortoterapia, o que não faltam são opções para isso. Encante-se com cada uma delas a seguir.
Como praticar a hortoterapia
Como vimos anteriormente, existem dois tipos de hortoterapia. Consequentemente, há mais de uma maneira de praticá-la. Saiba o que muda em cada caso:
1) Como praticar a hortoterapia passiva
Para a hortoterapia passiva, você deve escolher um momento da sua rotina para contemplar a natureza. Você precisa fazer isso de forma rotineira e frequente, para que essa técnica faça parte da sua vida.
Então você pode definir um dia da semana para ir ao parque mais próximo, por exemplo, ou até para passear por uma floricultura. Se você morar em uma área rural, é mais fácil ainda: admire o pôr do sol todos os dias, observando as plantas, os animais e o céu, por exemplo.
2) Como praticar a hortoterapia ativa
No caso da hortoterapia ativa, você precisa colocar as mãos na terra. Porém esse processo também deve ocorrer em um momento da sua rotina, tornando-se um hábito frequente. Para isso, você pode cultivar hortaliças, flores ou frutas no jardim da sua casa.
Outra possibilidade para a hortoterapia ativa é se envolver em programas comunitários de cuidados com a natureza. Assim, além de cultivar árvores e cuidar delas, em parques ou em outros ambientes, você terá a oportunidade de ampliar o seu círculo de amizades.
Hortoterapia na cidade
Se você está achando que a hortoterapia só pode ser praticada em locais arborizados, repletos de árvores e de grandes plantações, prepare-se para mudar de ideia. Mesmo que o ambiente rural e os parques sejam os melhores locais para essa terapia, também é possível praticá-la na cidade.
Caso você não viva em um local com boas áreas de lazer, que te permitam entrar em contato com a vegetação, a sua casa (ou o seu apartamento) pode ser transformada nesse espaço. Diferentemente do que se possa imaginar, você não precisa ter um jardim para praticar a hortoterapia.
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Fazer uma horta em casa e incluir os cuidados com ela na sua rotina já é uma maneira de aplicar a terapia. Com três vasos de plantas, por exemplo, aos quais você se dedica semanalmente, reservando alguns minutos para contemplá-los, você já vai sentir a diferença no seu bem-estar.
Portanto acrescente plantas na sua casa, especialmente aquelas que exigem cuidados mais atentos. Ainda que elas sejam desafiadoras no começo, a proposta é que você desenvolva novas habilidades a cada dia, até se tornar profissional na hortoterapia. Não tenha medo de arriscar!
Outras terapias alternativas
Apesar de todos os benefícios que o contato com a natureza oferece, talvez você sinta que precisa de mais um auxílio para melhorar o seu bem-estar. Nesse caso, há outras terapias alternativas que você pode realizar.
Além das terapias alternativas mais conhecidas, como a acupuntura, a cromoterapia e a aromaterapia, você pode realizar musicoterapia, mandalaterapia, meditação, fitoterapia e até mesmo a prática de exercícios físicos. Lembre-se de escolher a prática que mais se encaixa à sua rotina e às suas necessidades.
A partir das informações apresentadas, aprendemos que a hortoterapia é uma técnica de cultivo de plantas que promove a conexão entre o corpo, a mente e a natureza. Por meio dela, é possível colher inúmeros benefícios, seja na cidade ou no campo. Sendo assim, cuide do seu bem-estar com essa terapia alternativa!