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Iemanjá: salve a força criativa da Senhora dos Mares

Estátua de Iemanjá na água.
Diego Grandi / 123RF
Escrito por Raisa Covre

No dia 2 de fevereiro, é comemorado o dia de Nossa Senhora dos Navegantes. Na Umbanda, por sincretismo, esse também é o dia de Mãe Iemanjá.

Orixá dos mares, a Rainha das Águas representa o aspecto de Mãe da Deusa Tríplice, a Lua Cheia, o fator criativo e gerador de toda a Criação. Podemos visualizá-la simplesmente como a Grande Mãe, um grande arquétipo materno criativo que existe em todas as culturas e religiões. Assim como Saraswati para os Vedas, por exemplo, a imagem da Yabá dos mares evoca toda a vida simbolizada pelo elemento água.

Mãe Iemanjá nos ensina o amor incondicional.

Nas palavras de Pai Alexandre Cumino, sacerdote de Umbanda e autor de diversos livros sobre a religião, Iemanjá é aquela que dá sustentação para a vida. Ela está em todos os lugares – onde houver uma mãe, ou mesmo um local ou situação que remeta ao acolhimento materno, lá está a força da Senhora das Águas. Os pontos cantados em sua homenagem trazem essa energia de amorosidade, alegria e tranquilidade.

Ao mesmo tempo, esse arquétipo nos convida a mergulhar em nossa própria potência criativa. Na Umbanda, a linha que trabalha sob a sustentação de Mãe Iemanjá é a de Marinheiros, grandes magos aquáticos que atuam principalmente no emocional dos seres humanos.

Estátua de Iemanjá segurada por uma pessoa.
Brunomartinsimages / Canva / Getty Images

Afinal, o que é o nosso emocional senão um grande oceano cheio de oscilações?

Por vezes, somos calmaria, em outras tantas ocasiões, somos a ressaca. A criatividade humana tem grande poder de transmutação e sublimação emocional, uma cura profunda, que pode ser relacionada a essa grande força marítima.

Ao nos sentirmos fragilizados ou cansados, muitas vezes temos vontade de recorrer a esta grande força materna. Mas podemos também nos conectar a essa força criativa, geradora, que nos permite encontrar alento em nossa própria potência divina.

A profundidade e a força das águas marítimas nos convidam a mergulhar profundamente em nossa própria natureza humana, vasculhando e compreendendo nossas limitações, medos e inseguranças. Água é vida, força, movimento. Se pararmos para analisar, é um elemento extremamente dual, mas conciliador, que nos demonstra no Universo manifestado a nossa própria capacidade de conexão com a essência divina.

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O mar é o ponto de força de Mãe Iemanjá. Ela representa a Geração, tem conexão com a Lua, trabalha principalmente o Chakra Básico, e a cor que nos conecta à sua irradiação é o azul claro. Suas pedras são azuis – água marinha, topázio azul – e as principais flores são rosas brancas, hortênsias e palmas brancas.

Que Mãe Iemanjá possa sempre nos ensinar a amar e criar a evolução em nossa própria realidade. Odoya, Grande Mãe!

Sobre o autor

Raisa Covre

Mulher, sonhadora e cofundadora do Espaço Cura, uma casa multicultural de yoga, terapias alternativas e vivências de autoconhecimento e Sagrado Feminino. Também é jornalista, curiosa das eternas questões entre Céu e Terra, quase psicanalista e filha de Fé.

E-mail: raisa.espacocura@gmail.com
Instagram do Espaço Cura: @curaespaco