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Ilusão: uma falsa realidade dos fatos

Porta em formato de fechadura
francescoch de Getty Images / Olena Go / aldigraph de Solvers / Canva
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Ilusão: uma falsa realidade dos fatos. Seja a ilusão de óptica, a ilusão gustativa ou mesmo a ilusão amorosa, esse jogo de acreditar e desacreditar nas coisas diz muito sobre o ato de viver. Mergulhe no assunto e fique por dentro dos vários tipos de ilusão que existem e do que as desilusões podem nos trazer!

Em latim, o verbo “illudo” pode significar “divertir” e “recrear”, mas também pode significar “burlar”, “enganar”, “iludir”. É daí que vem o sentido que a palavra “ilusão” adquire na língua portuguesa.

Uma pessoa que vive uma ilusão vivencia uma confusão de sentidos, formando uma imagem da realidade que não é compatível com os fatos. Os animais também podem ser iludidos, sobretudo pelos seres que têm a habilidade de se camuflar ou de reproduzir um som ameaçador, embora seja inofensivo.

A ilusão pode ser estimulada por razões naturais, que envolvem aspectos como ambiente e clima, ou por razões naturais, que dizem respeito a camuflagem, mimetismo etc. Em geral, as ilusões que enganam o olhar são as mais frequentes.

A seguir, você vai aprender todos os tipos de ilusão que um ser pode experienciar. Será que você já viveu alguma delas? Leia com atenção e descubra!

Ilusão de óptica

Mulher com os olhos fechados e braços esticados
cottonbro studio de Pexels / Canva

Imagine a seguinte situação: duas pessoas estão olhando para um desenho. Uma delas acredita estar vendo um pato, enquanto a outra tem certeza de que vê um coelho. Nenhuma delas está errada, mas nenhuma delas está certa. Os dois animais foram desenhados de uma forma confusa, para que cada pessoa só consiga ver um deles de cada vez.

Esse é só um dos exemplos de ilusão de óptica. A enganação dos olhos, que caracteriza esse fenômeno, também pode ser provocada quando uma pessoa assiste a um filme em 3D e acredita poder tocar os elementos que estão se deslocando na tela.

Embora os seus olhos acreditem que estão vendo um aspecto da realidade, depois de alguns instantes, o seu cérebro é capaz de enviar a mensagem correta para eles: tudo não passa de uma ilusão de óptica.

Ilusão auditiva

Uma ilusão auditiva, diferentemente da ilusão de óptica, é sentida nos ouvidos. Talvez você já tenha vivido essa forma de ilusão ao assistir a um filme em uma sala com um sistema de som potente, sentindo-se dentro do ambiente representado.

Ou então, você teve seus ouvidos enganados quando uma banda usou um artifício para modificar o som de determinado instrumento. Os seus ouvidos transportam você para um novo ambiente ou o fazem acreditar que a voz de uma pessoa, falando em um microfone, parece a de um robô.

Ainda que essa ilusão seja menos perceptível e menos popular que a ilusão de óptica, trata-se de uma confusão da realidade que acaba criando um universo paralelo. É preciso manter a atenção para saber diferenciar essa ilusão do que é fato.

Ilusão gustativa

Uma ilusão que dá água na boca é a ilusão gustativa. Se você já comeu um doce muito açucarado e depois provou uma fruta cítrica, conhece essa sensação. A ilusão gustativa acontece quando o nosso paladar nos leva a crer que um alimento tem um sabor mais acentuado ou pior do que realmente tem.

Esse fenômeno acontece porque a intensidade do sabor de um alimento pode permanecer na boca mesmo depois de engoli-lo. E então, se você degustar outra comida que tenha um sabor contrastante em relação à primeira, esse contraste pode ser ainda mais acentuado.

Se você quiser fazer o teste, experimente comer um chocolate e depois tomar um suco de laranja sem açúcar. Ele vai parecer bem mais cítrico do que realmente seria! Explore o universo da ilusão gustativa e descubra como alterar os sabores de cada alimento!

Ilusão tátil

Mulher tomando banho numa banheira enquanto lê um livro
Yaroslav Shuraev de Pexels / Canva

Uma ilusão tátil é mais difícil de ser experienciada, porém também pode acontecer. O exemplo mais comum é quando você está tomando um banho quente ou nadando em uma piscina aquecida. Na hora de sair da água, você pode imaginar que o clima ao seu redor está muito frio, mesmo que não esteja.

Outro exemplo de ilusão tátil, menos frequente, é a sensação de um membro fantasma. Uma pessoa que teve uma parte do corpo amputada ainda pode sentir dor ou coceira nesse membro que não faz mais parte do seu corpo, porque o cérebro continua armazenando as informações referentes a esse membro.

Dessa forma, a ilusão tátil é uma enganação do tato. Você acredita que está sentindo algo em um órgão que não está mais lá, ou sente o clima com características diferentes da realidade.

Ilusão olfativa

A ilusão olfativa é a preferida das indústrias de alimentos. Você já acreditou que o caldo do macarrão instantâneo era feito de pedaços de carne porque o cheiro lembrava esse alimento? Já quis provar um doce porque tinha um aroma de baunilha, que o fazia parecer bem saboroso?

Em algum momento da vida, todos nós já fomos enganados pelo aroma de um alimento. Fígado acebolado, por exemplo, tem um perfume espetacular, mas o sabor não agrada todas as pessoas. Em raros casos, o sabor pode ser melhor que o odor, como acontece com muitos queijos.

De qualquer forma, uma ilusão olfativa pode enganar nossos narizes com eficiência. Ela pode servir para o bem ou para o mal: podemos provar um alimento cheiroso e que não é saboroso ou um alimento malcheiroso que é cheio de sabor.

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Desilusão

Para cada ilusão, existe também uma desilusão. Segundo as definições do dicionário Oxford, “desilusão” significa “perda da esperança; descrença” e denota um “sentimento de tristeza, frustração, desapontamento, decepção”. Ou seja, a quebra da ilusão é algo que gera uma surpresa que, na maioria das vezes, é negativa. Afinal, deixar de se enganar é uma sensação agridoce, já que nem sempre a realidade é tão incrível quanto a ilusão na qual acreditamos um dia, não é mesmo?

A desilusão amorosa, por exemplo, é um acontecimento que pode ser dos mais devastadores na vida de alguém. Isso porque, em termos de romance, é comum se apaixonar por uma imagem precipitada que temos de alguém e, depois de uma ilusão — e, por que não, de uma paixão também, — perder completamente as esperanças em relação ao amor, surpreendendo-se negativamente com o que aquela tal pessoa era de verdade.

Outra desilusão também devastadora é a descoberta de que algo que você sempre sonhou não é tão mágico quanto lhe parecia. Por exemplo: suponhamos que o maior sonho da sua vida sempre tenha sido trabalhar numa empresa multinacional e, com muito esforço, você conseguiu. Então, depois de alguns dias tendo a carreira dos sonhos, você percebe que se enganou em relação a isso, porque o estimado trabalho não te satisfaz de verdade. Eis uma decepção deplorável!

A moral da história é que, embora as desilusões possam ser ruins, se iludir um pouco é normal e faz parte da vida! Entre enganos e desenganos é que vivemos a montanha-russa dos sentimentos mais humanos. Portanto, é bom manter o equilíbrio: ter um pouco dos pés no chão para não se deixar iludir por qualquer coisa, mas também se deixar voar de vez em quando, para não se fechar somente às coisas mais racionais. Que tal?

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