É muito fácil julgarmos as pessoas que estão ao nosso redor. Mas difícil mesmo é avaliarmos a nós mesmos. Deve ser por isso que o nosso inimigo maior somos nós mesmos. Dependendo da maneira como a autocrítica é utilizada, ela pode ser considerada boa ou ruim. Ela provoca uma reflexão sobre nossa forma de agir, uma análise dos nossos atos, dos erros que acabamos por cometer e da nossa capacidade de fazermos uma autocorreção.
Esse processo de autocrítica tem ligação direta com o nosso autoconhecimento. Somente quando refletimos e identificamos nossos pontos fracos, fortes e as nossas potencialidades, é que conseguimos nos aprimorar como seres humanos e mudar o rumo de nossa jornada aqui na Terra.
Sem exceção alguma, todos temos a capacidade de percebemos a nós próprios, nossos atos e respectivas consequências. No entanto, alguns indivíduos acabam usando menos e outros mais esse tipo de reflexão. Somente quando passamos a aprender com nossos erros, é que somos capazes de mudar, e essas, são consideradas ações fundamentais para convivermos em sociedade e alcançamos o amadurecimento pessoal.
Isso nem sempre é uma tarefa fácil, já que em geral, nós estamos mais preocupados e acostumados a enxergar os defeitos dos outros, e nos esquecemos de ver os nossos e julgar nossas atitudes. Em contrapartida, existem indivíduos totalmente perfeccionistas, que exigem e julgam demais de si mesmos, e só conseguem enxergar sombras e defeitos em si.
É exatamente nessa cultura de exagero de autocrítica que mora o problema. Quando um indivíduo passa a exagerar nas críticas a si próprio, ele pode estar sofrendo com uma baixa estima, e assim, a autocrítica deixa de ser saudável. Por isso, é necessário que encontremos um equilíbrio nesse processo de autoavaliação, afinal, as críticas que não são consideradas construtivas não nos trazem qualquer benefício.
Podemos dizer, que na maioria dos casos, quem é muito crítico com os outros ao seu redor, acaba também sendo muito crítico consigo mesmo. E quando esse comportamento se torna exagerado, faz com que o indivíduo se torne mais rígido, duro.
Os filhos que possuem pais com esse tipo de comportamento acabam herdando essa característica. Eles nem sempre irão utilizar com equilíbrio e de maneira saudável essa autocrítica.
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Isso significa dizer que quanto mais a pessoa se critica, mas ela se tornará insatisfeita e insegura consigo mesma, e isso se tornará um ciclo vicioso.
Se a crítica passar realmente a incomodar, vale a pena procurar a ajuda de um profissional qualificado, como um psiquiatra ou um psicólogo. Ele será capaz de ajudá-lo a enxergar seus atos e promover uma melhora significativa no seu comportamento.
Texto escrito por Flávia Faria da Equipe Eu Sem Fronteiras