Em um Mosteiro Zen ou Zen center, as atividades são anunciadas por diferentes instrumentos. Quando toca o Han, uma espécie de placa de madeira é para meditar, fazer zazen. Se é o Densho, sino de ferro, cerimônia.
Quando o som é do Umpan, sino de ferro, plano e em formato de nuvem, hora da refeição. E se é o Taiko, instrumento de percussão, trabalhar.
Os sons comunicam e todos devem seguir para o que foi anunciado.Quando você escuta, não tem mais cinco minutos, é hora de ir. Uma lição para o Ego. Você não faz o que é melhor para você, mas segue o que deve ser feito, junto com todos.
É também estar presente no presente, retornar para o que deve ser feito agora.
Dar o seu melhor e quando é hora de mudar, seguir. Um aprendizado para a vida de fora do mosteiro. Quantas vezes não nos demoramos em um assunto, acabamos ficando até mais tarde no trabalho. Ou saímos do trabalho e as preocupações vão junto? Não seria ótimo ter um sino para almoço, e naquele momento comer é a única coisa que deve ser feita, sem celular, sem resolver assunto do trabalho? E quanto voltar, voltar 100%, sem aquela sensação de que a cabeça está em outro lugar.
Também uma preparação para a hora da morte, quando chega a hora, não dá para dizer “espera um pouquinho, só tenho que mandar um e-mail”, ou fazer as pazes com um amigo, entender a sua mãe ou aceitar os seus limites.
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Ouvir o som do sino e seguir é desapegar do que já passou e estar pronto para o que vem. Dia após dia, esse é o treinamento. O que a vida me chama, o que a vida te pede, agora?
Até mais!