Hoje resolvi escrever sobre uma das pedras que eu tenho maior admiração dentro do reino mineral. É um cristal que possui uma cor maravilhosa, um azul único que apenas de olhar já me traz uma sensação de paz e bem-aventurança. Esse cristal sempre está ao meu lado, seja em pingente, no criado-mudo, em elixir ou na mesa de trabalho. Enfim, é um grande companheiro e professor. Esse cristal é o Larimar e gostaria de compartilhar com vocês um pouco do que venho aprendendo com esse “ser” único no reino mineral.
O Larimar é um cristal que praticamente só é encontrado em uma região do planeta, o Caribe, que possui os mares mais inconfundíveis do planeta com um azul maravilhoso e riquíssimo em vida marinha. Quando olhamos o Larimar parece que ele conseguiu trazer esse azul maravilhoso dos mares do Caribe para o cristal, e por isso mesmo muitas pessoas o conhecem como a pedra dos golfinhos, pois esses seres representam a pureza e a beleza que esses mares têm. O Larimar é a representação do reino mineral de toda essa energia maravilhosa que emana dessa região.
Agora que já sabemos um pouco de sua origem, vamos abordar seus aspectos energéticos e suas qualidades terapêuticas, afinal, dentro da Cristaloterapia, essa é a parte mais importante. A expressão que mais uso para descrever a essência do Larimar é “going with the flow” (Ir com o fluxo, em uma tradução livre), pois representa o maior ensinamento desse cristal, segundo meu ponto de vista.
O Larimar carrega em si a leveza dos golfinhos, que parecem estar sempre brincando e se divertindo, mesmo quando estão em momentos mais “sérios”. São seres que adoram “surfar” as ondas do mar, rodopiar, brincar; enfim, são seres que são leves por natureza e emanam uma pureza e uma harmonia em todos os seus atos.
Atualmente o modo de vida da sociedade moderna faz com que as pessoas fiquem cada vez mais mecanizadas, robóticas, sempre com pressa e sem tempo para nada. É como se as pessoas se sentissem obrigadas a estarem sempre correndo, mostrando trabalho e que são úteis. O TER ganhou muito mais valor do que o SER, pessoas se contentam em mostrar suas conquistas em redes sociais, sendo que, muitas vezes, essas conquistas foram às custas de uma vida louca, sem propósito, baseada apenas na vontade de mostrar aos outros como se é capaz.
Infelizmente, vivemos em um mundo em que a maioria das pessoas acha normal a seguinte resposta: “Oi fulano, está tudo bem? Sim, tirando a correria do dia a dia, está tudo bem.” Oi? Sério que achamos normal estar sempre correndo? Será mesmo que essa é a melhor maneira de se viver? Será mesmo que a produtividade, as conquistas, o sentido de SER, a satisfação e a realização pessoal só podem vir por meio de “correria”? É exatamente aí que o Larimar pode nos ensinar uma preciosa lição!
A essência desse cristal, traduzida pela imagem dos golfinhos, nos ensina que as coisas podem ser de maneira bem diferente da descrita nas linhas acima. Quando observamos a beleza dos movimentos dos golfinhos, sua destreza ao rodopiar, suas brincadeiras nas cristas das ondas ao mesmo tempo em que estão à procura de alimento, sua força e robustez atrelados a movimentos graciosos e cheios de beleza, quando olhamos isso tudo podemos perceber que não é no esforço que a acontece. O esforço acontece quando saímos de nossa própria natureza e nos perdemos de nós mesmos. Quando achamos que precisamos de coisas, cargos, status e posses que apenas servem para mostrar aos outros aquilo que queremos provar a eles, pois na realidade nem nós mesmos sabemos o que realmente somos e acabamos tentando mostrar aos outros o quanto somos felizes, sendo que quem é feliz de verdade não precisa mostrar.
Seguir com o fluxo requer um grande autoconhecimento, é um princípio que vem do taoísmo filosófico, representado pelo termo Wu-Wei, em que os grandes sábios taoístas nos ensinam que a vida possui um fluxo natural do qual fazemos parte, mais não temos o controle. É como se nossa vida estivesse sendo vivida dentro de um grande rio, nós temos o leme do nosso barco, mas não controlamos as correntes e nem o fluxo do rio.
Sendo assim, não adianta brigar com o rio, adianta apenas entendermos para onde o rio está nos levando e nos prepararmos da melhor maneira possível para o que está chegando. Seja uma corredeira desafiadora, um grande vale que forma uma cachoeira, ou apenas um planalto calmo por onde o rio irá passar sem intercorrências, não importa, o rio tem que seguir seu curso e sábio é aquele que vai na direção do fluxo, pois aquele que não o fizer acabará se esforçando à toa, e ainda correrá o risco de dizer que a vida está contra ele. Ou será que ele que está contra a vida?
Ao usar um Larimar, podemos lembrar que somos parte da natureza e que estamos sujeitos ao grande fluxo que a tudo permeia, criado por uma grande consciência que uns chamam de Deus, o Taoísmo de Tao e o hinduísmo de Brahman, mas que apesar de criar, manter e reger todo o universo, também habita nossos corações.
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Se voltarmos o olhar para dentro e nos reconectarmos a essa essência que o grande mestre Jesus chamou de “centelha divina”, poderemos reconectar-nos ao grande fluxo da vida, saberemos exatamente para onde deveremos ir. Continuaremos trabalhando para criar nossas vidas e seguir no fluxo da evolução, mas não precisaremos mais “brigar” com a vida, com esforços desnecessários, que geram movimentos desconectados do princípio da harmonia e que acabam por deixar a vida cinza e sem sentido.
Que possamos voltar a “brincar” como os golfinhos enquanto trabalhamos, que consigamos observar e criar a beleza a nossa volta em cada movimento de nossa vida, e que voltemos a viver em harmonia com a natureza, nossa grande mãe. Esse belo cristal fala por si. Se nunca o viu, vá atrás! Se nunca o utilizou, use! Se não acreditas que é possível uma vida como a descrita nas linhas acima, pensando em ser algo utópico nos dias atuais, talvez o Larimar possa ser de grande ajuda para te mostrar o contrário!
Grande abraço e até a próxima!