A maioria das pessoas deseja se sentir segura e emocionalmente independente. Mas a realidade é que grande parte de se mantém apegada aos traumas e dramas experienciados no passado, revivendo, em um looping contínuo, as feridas emocionais de infância.
Por isso integrar a criança interior é um passo fundamental para o amadurecimento, conquista da independência emocional e, muitas vezes, liberdade em outras áreas da vida, como financeira e profissional.
A criança interior não é uma criança literal, e sim uma parte da nossa psique que está relacionada à espontaneidade, criatividade, alegria e abertura às novidades da vida.
No entanto, quando experienciamos feridas emocionais profundas na infância (e todos nós em alguma medida as experienciamos), essa parte da psique se apresenta em insegurança, dificuldade de calibrar os próprios sentimentos (indo para o extremo das explosões ou do desligamento emocional), medo de criar vínculos, comportamento autodestrutivo, tendência a criar relacionamentos abusivos e mais uma série de situações interessantes que limitam o nosso SER.
O primeiro passo para transformar essa situação é tomar consciência de que existe essa criança dentro de você. E observar quando é que ela vem à tona, ou seja, quando é ela que fala por você.
Quando você perde o controle, grita, se ressente, se frustra, sente medo da vulnerabilidade, se isola ou evita entrar em contato com os próprios sentimentos, questione-se:
“Quem é que fala em mim?”
“Meu adulto ou minha criança?”
“Verdade, um adulto maduro reagiria assim?”
“O que minha criança necessita nesse momento e não está conseguindo comunicar?”
“Em que situação eu me senti assim quando era criança?”
Sugiro também que você pegue uma foto sua de infância, se conecte com aquela imagem, baixe suas barreiras e escreva uma carta para sua criança.
Escreva sobre tudo o que vier à sua mente, sem filtro. Sobre as situações de tristeza, frustração, ressentimento, humilhação, críticas excessivas, sensação de abandono e de rejeição. Conte para ela como essas situações ainda reverberam em você, os impactos que permanecem.
Diga que você sente muito por tudo o que ela passou. E que você a ama e a aceita como ela é. Deixe claro que ela é importante para você e que você está aberta a escutá-la, cuidá-la e nutri-la, independentemente do que tenha ocorrido no passado.
Você vai perceber como trazer esses episódios para a consciência pode ser libertador. E o quanto pode aumentar sua percepção sobre seus sentimentos e suas escolhas atuais.
Além disso, a seguir vou colocar uma lista de óleos essenciais que ajudam a cuidar dessa criança interior.
Por meio da aromaterapia vibracional, podemos equilibrar nosso campo energético com a energia da planta e o aprendizado que ela nos traz. Além disso, os óleos essenciais têm atuação imediata sobre o sistema límbico cerebral, área responsável pelas emoções e memórias.
Vou sugerir aqui um óleo para cada uma das feridas emocionais mais comuns na infância. A ideia é que você utilize esses óleos essenciais por inalação (1 gota no colar aromático pela manhã) por um mês.
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Aproveite e faça um diário sobre seus sentimentos e emoções durante esse período. Escreva também sobre as memórias que forem acessadas com o auxílio da aromaterapia vibracional.
Ylang ylang e a ferida do abandono
O medo do abandono é uma das feridas emocionais mais comuns. A criança necessita passar por uma transição da fusão com a mãe para a percepção de si mesma de uma maneira tranquila, sentindo-se segura para estar só em alguns momentos.
Óleo essencial que trabalha a relação com a mãe e a formação do vínculo seguro. Resgata o poder do feminino, desperta o amor próprio, o acolhimento e a gentileza consigo mesmo, permite que você cuide e nutra a si mesma.
Bergamota e a ferida do medo da rejeição
O medo da rejeição nos impede de vivermos muitas possibilidades na vida. Impacta nossos relacionamentos afetivos. Interfere em nosso sucesso profissional por estar ligado ao medo da exposição e do julgamento.
O óleo essencial de bergamota atua no resgate da autoconfiança, autovalorização e retomada do poder pessoal. Diminui a ansiedade em se expor e a timidez derivada do medo da rejeição.
Abeto siberiano e a ferida da humilhação
Alguns pais, principalmente nas décadas passadas, acreditavam que criticar constantemente um filho poderia ser uma motivação para que ele se aprimorasse. Mas as críticas excessivas causam enorme abalo na autoestima da maioria das crianças. Elas passam a ter a percepção de si mesmas como erradas da maneira como são.
Um adulto que passou por isso tende a culpar-se por tudo o que acontece em sua vida. Sente-se inadequado, tem medo de ser vulnerável e, por vezes, torna-se extremamente racional para se proteger da dor.
O óleo essencial de abeto siberiano ajuda a liberar essa sensação de culpa, diminui a crítica excessiva e a autossabotagem.
Rosas e a ferida emocional da violência
Toda criança deveria ser poupada da violência devido ao impacto que isso gera em seu desenvolvimento. E isso é, inclusive, um direito do Estatuto da Criança e do Adolescente.
No entanto, sabemos que a violência, seja física ou verbal, está presente em boa parte dos lares no Brasil. Mesmo quando essa criança não é diretamente agredida, e sim testemunha das agressões, o trauma permanece. E se manifesta em medo, insegurança, dificuldade de confiar, submissão a relacionamentos onde existe abuso.
O absoluto de rosas é um dos óleos essenciais de mais alta vibração na natureza. Por isso trata traumas profundos, ressentimentos e mágoas antigas, conferindo a sensação de proteção divina e maternal.
Pode ser utilizada também para casos de abusos sexuais, contribuindo para que a pessoa, agora adulta, consiga se relacionar afetivamente de maneira saudável.