Há uma linha tênue entre o lazer e o trabalho, entre a missão e a obrigação, entre o propósito e o perder-se no caminho. E os que diferencia é a cobrança autoimposta. Quando colocamos o ingrediente da preocupação em nossas atividades, misturando com a obrigação e a autocobrança, tudo pode perder o gosto. É o mesmo que salgar demais uma comida. Não faça da atividade que você mais gosta uma obrigação. Se você colocar muita autocobrança naquilo que você gosta de fazer e quer fazer, o sabor pode ser alterado.
Cuidado: um hobby pode se tornar um peso, um lazer pode se tornar um compromisso, um propósito pode se tornar um fardo. Quem nunca se cobrou demais com sua atividade física preferida? Ou quem nunca, em uma viagem, teve a ânsia de querer aproveitar cada minuto e fazer milhões de passeios em um dia só? Quando a autocobrança surge, até mesmo atividades prazerosas perdem o seu brilho.
Faça as coisas na medida do possível, na medida em que a cobrança imposta por você mesmo não lhe retire o sabor. Permita-se não fazer quando não estiver disposto. Permita-se escutar a si próprio, respeitar-se, abraçar-se.
Deixe um pouco de lado o que você acha que os outros irão pensar se você não fizer. Entenda: no final das contas é você com você. Se não der para fazer hoje, ok, relaxe, descanse, recarregue as energias e, quando der, faça. Simples assim.
Você também pode gostar
Ah, e lembre-se de fazer sem cobrar perfeição. Esqueça aquela qualidade do perfeccionismo, caso você a tenha. Sim, é ótimo você fazer o seu melhor, mas não se exija demasiadamente a ponto de prejudicar sua saúde física, mental ou espiritual. Não estique o elástico ao máximo, porque, quando ele está no máximo, deixa de ser flexível. Relaxe, solte, entregue. E lembre-se sempre de agradecer. Tenha certeza de que, se você se permitir não se cobrar tanto, tudo será melhor. Sua missão, seu propósito, sua vida!