Em uma sociedade patriarcal, tudo que envolve o livre-arbítrio e os desejos das mulheres se torna alvo de culpa, de vergonha e de ridicularização. É justamente isso que acontece quando o assunto é sexualidade feminina.
Muitas mulheres acreditam que o sexo existe apenas para trazer prazer aos homens, e encontram bloqueios na hora de se autossatisfazer. Ou então não encontram os estímulos adequados para fazer isso, visto que o erotismo é, muitas vezes, confundindo com pornografia, além de atender apenas aos desejos masculinos.
Felizmente, o mundo está mudando. Mais mulheres estão cientes que os desejos delas importam e não são motivo de vergonha, e estão recorrendo a maneiras de desvendá-los, com outras pessoas ou sozinhas. Com a masturbação, por exemplo, além de alcançar muito prazer, é possível conhecer o próprio corpo.
Por isso, para te ajudar nesse processo de autodescoberta e de libertação de tabus, selecionamos um conteúdo especial sobre literatura erótica feminina. Com ele, você vai descobrir que é possível consumir conteúdos relacionados ao sexo sem esbarrar no desejo masculino, ativando sua imaginação de um jeito inovador. Confira!
Livros eróticos para mulheres
A seguir, veja quais são os livros eróticos para mulheres que podem te ajudar a sentir mais prazer. Estimule-se para conhecer seu corpo e realizar seus desejos sem tabus!
1) “Afrodite”, Isabel Allende
Se você já ouviu falar em alimentos afrodisíacos e se interessou por eles, saiba que a cozinha pode ser um lugar ainda mais erótico. Em “Afrodite”, descobrimos como diferentes receitas se unem com amor, desejo e sexo.
A autora, Isabel Allende, é uma escritora de destaque na América Latina. Ela nasceu em Lima, no Peru, e é conhecida pela obra “A Casa dos Espíritos”, de 1982.
2) “Subindo pelas paredes”, Alice Clayton
Você já teve que lidar com um vizinho que não tinha qualquer pudor na hora do sexo? Em geral, as pessoas se incomodam com isso, e não foi diferente com a protagonista de “Subindo pelas paredes”. Porém, o contato com esse homem incômodo pode ser bem mais prazeroso do que o planejado.
Alice Clayton, que escreveu o livro, é estadunidense. Ela só começou a escrever aos 33 anos de idade. Antes disso, trabalhou como maquiadora, esteticista e educadora.
3) “Codinome Lady V”, Lorraine Heath
Viver em uma sociedade muito tradicional e limitante é um desafio para qualquer pessoa. Porém, para a protagonista de “Codinome Lady V”, isso só adicionou mais adrenalina à vida que ela decidiu levar. No livro, acompanhamos as aventuras sexuais de Minerva Dodger, que não tinha medo de ficar com má fama.
A pessoa que deu vida ao livro é Lorraine Heath, uma escritora contemporânea que fez carreira nos Estados Unidos da América. Ela nasceu no Reino Unido e se destacou na escrita de romances variados.
4) “Toda Sua”, Sylvia Day
Envolver-se com alguém do seu trabalho parece uma boa ideia? De jeito nenhum. Mas, para a personagem principal de “Toda Sua”, esse relacionamento intenso e casual se mostra uma verdadeira aventura. No livro, você vai descobrir que dois publicitários entendem muito mais do que propagandas!
Sylvia Day é uma escritora estadunidense. As obras delas são as mais vendidas em 28 países ao redor do mundo, e muitos consideram que “Toda Sua” é a sucessora de “50 tons de cinza”.
5) “A vida sexual de Catherine M.”, Catherine Millet
Se você tivesse que escrever sobre a sua vida sexual, a partir de qual ponto começaria? A autora de “A vida sexual de Catherine M.” começou pela perda da virgindade, aos 18 anos. No livro, contou todas as experiências que teve desde então, que tinham o prazer como único objetivo.
A protagonista e autora da obra, Catherine Millet, é francesa. Além de escrever romances, ela é uma curadora e crítica de arte, já tendo escrito livros sobre isso.
6) “Pornô Chic”, Hilda Hilst
Para quem gosta de literatura brasileira, “Pornô Chic” é um conjunto de obras de Hilda Hilst, que foram publicadas de 1990 a 1992. Mas esse livro é para quem não tem nojo de temas mais escatológicos e grotescos, que foram a marca da autora durante esse período. Será que há erotismo nesses casos? Só lendo para descobrir.
Hilda Hilst é conhecida como uma das maiores escritoras de língua portuguesa do século 20. Ela nasceu em São Paulo e atuou como poeta, dramaturga, ficcionista e cronista.
7) “Balada para as meninas perdidas”, Vange Leonel
O prazer das mulheres lésbicas também importa, e a leitura erótica existe para esse público também. Em “Balada para as meninas perdidas”, acompanhamos as aventuras de duas jovens modernas que decidem se jogar na vida noturna. Nesse mundo de descobertas, o sexo é um dos itens principais.
A escritora Vange Leonel é brasileira, nascida em São Paulo. Ela é uma ativista feminista pelos direitos LGBTQIA+ e também se destaca como cantora e compositora.
8) “Amora”, Natália Borges Polesso
“Amora” é mais uma sugestão de livro erótico para as mulheres lésbicas e bissexuais, que ainda estão passando por um processo de desvendar esse universo. Sendo assim, a história aborda o amor, o sexo e as inseguranças que fazem parte desse ciclo de se conhecer melhor.
Natália Borges Polesso é brasileira e nasceu no Rio Grande do Sul. Embora seja escritora, ela também trabalha como pesquisadora e tradutora.
9) “Peça-me o que quiser ou deixe-me”, Megan Maxwell
A relação entre chefe e secretária até pode parecer um pouco clichê, mas não é que ela pode render um envolvimento muito sensual e prazeroso? Em “Peça-me o que quiser ou deixe-me”, observamos as fantasias sexuais pouco convencionais de um casal improvável e perigoso.
Megan Maxwell não é uma pessoa. Na verdade, é o pseudônimo de uma escritora espanhola, chamada María del Carmen Rodríguez del Álamo Lázaro. Ela é filha de um estadunidense e de uma espanhola.
10) “Delta de Vênus”, Anaïs Nin
Se você não gosta de uma linguagem vulgar, “Delta de Vênus” é a escolha perfeita para você. O conjunto de contos mostra que o erotismo e a sensualidade podem ser alcançados com elegância, mesmo que os temas sejam um pouco chocantes. Inclusive, a obra é marcada pela desmistificação de fetiches.
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Anaïs Nin foi uma escritora francesa que também trabalhou como diarista, roteirista e dramaturga. Ela integrou o movimento literário chamado pós-modernismo.
A partir de cada informação apresentada, concluímos que a literatura erótica feminina é revolucionária. Afinal, é por meio dela que as mulheres podem alcançar o próprio prazer, descobrir seus corpos e encontrar novas referências sobre como o sexo pode ser. Perca a vergonha e o medo de se entregar ao que pode te fazer muito bem!