Em homenagem às mães, àquela que nos dá a vida na terra e àquela que nos dá a terra, para dela tirar o nosso sustento, gostaria de oferecer esses parágrafos cheios de sensibilidade e reflexão. É um texto retirado da coleção ‘Valore Alimentare’ – Gravidanza e Alimentazione di Matteo Giannattasio, traduzido por mim.
Nele o autor faz um convite à reflexão sobre a importância dessas MÃES e sobre o peso dos tempos atuais sobre elas, que há de mudar pelo esforço nobre e contínuo de profissionais conscientes e empenhados à vitória do amor.
TERRA, MÃE.
A natureza chama a TERRA e cada MÃE a trabalhar em conjunto para popular e manter em vida este planeta. Uma concede alimento a todos os seres vivos – incluindo humanos – a outra garante a evolução da espécie, concebendo e nutrindo a prole com o seu sangue durante a gravidez e com seu leite nos primeiros meses de vida.
À sociedade deveria bastar esta simples consideração para nutrir por ambas, TERRA e MÃE, um profundo sentimento de devoção e respeito. Em vez disso, a industrialização, o consumismo e uma boa dose de incivilidade, estão fazendo TERRA e MÃE cada vez mais sofridas. Uma é poluída por uma agricultura exploradora, que seria mais apropriado chamá-la “agritortura”.
A outra está sempre em risco de ingerir veneno, ao consumir o alimento de escarça qualidade que a tal “agritortura” produz e é emotivamente desorientada pela ‘cultura científica’ que apresenta a ela o nascimento (parto) não como um evento natural – que é – mas como um distúrbio que requer assistência médica contínua.
Por isso, TERRA e MÃE estão sempre mais exaustas na tentativa de cumprir bem seus papéis. A primeira está perdendo a sua fertilidade natural e por isso, para produzir, necessita cada vez mais de tratamentos fertilizantes artificiais.
A segunda, vítima de um mercado que criou uma espécie de ‘industrialização do nascimento’, se sente sempre mais inadequada em desempenhar o papel que deveria ser-lhe grandioso e agradável.
A ânsia e a incerteza que atingem a Mãe podem desequilibrar a relação pré-natal entre mãe e filho, que é fonte de precioso alimento espiritual do qual o bebê necessita: o amor materno.
Devolver à TERRA a sua fertilidade natural, a cultivando com respeito e colocar a MÃE na condição ideal para nutrir de verdade a alma e corpo do filho que vive no seu ventre são as condições imprescindíveis para garantir à humanidade um futuro de bem-estar e de não violência.
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Ao lado das MÃES e da MÃE NATUREZA, estão os agricultores orgânicos e biodinâmicos, que cultivam os campos com respeito, e alguns médicos que se desdobram para que seja garantido à MÃE o seu respeitável papel na gestão do nascimento de seu filho.
Precisamos de cada vez mais médicos e agricultores motivados por nobres princípios, mas não devemos nos desesperar: as causas justas são destinadas a vencer, mais cedo ou mais tarde!
E seria um grande problema se assim não fosse.