As relações familiares são os primeiros testes de convivência social de nossas vidas. Os pais educam e orientam os filhos para serem cidadãos decentes e terem condições de conviver em cidadania com as outras pessoas. O problema é que nem sempre esses esforços focam na própria relação interna entre os pais e filhos.
No caso entre mães e filhas, as mais variadas e opostas relações podem ser descritas. Desde verdadeiras amigas, parceiras que compartilham sentimentos e experiências, mas também inimigas e até mesmo rivais que se odeiam.
Da mesma forma que não existe uma regra para garantir uma bola relação entre as figuras femininas de uma mesma família, podemos dizer também que uma boa ou má relação não é construída de repente. É uma relação pautada e construída tijolo por tijolo, diariamente e que começa logo nos primeiros minutos de vida da filha.
É muito complicada a tarefa de educar, realmente não é fácil. Se a mãe for permissiva demais, a chance da filha se perder na vida e seguir um caminho prejudicial é elevado. Mas também se for disciplinadora em demasia, a criança poderá crescer, tornar-se rebelde e uma inimiga da família. Encontrar o meio termo e, principalmente, uma maneira de educar que atenda os anseios sociais e também da criança são os maiores desafios.
O melhor caminho para que seja construída uma relação saudável e duradoura entre mães e filhas é que cada uma compreenda plenamente o lado da outra. Ambas precisam entender que o sentido lógico das coisas não pode se aplicar de maneira exata para as duas.
São faixas etárias distintas e experiências de vida que nem sequer podem ser imaginadas para a filha, portanto, uma exigência do que pode parecer óbvio para a mãe e refletir em uma cobrança mais dura pode não fazer sentido para a criança que está em desenvolvimento.
Ao mesmo tempo, a filha também precisa ter a compreensão que a mãe tem responsabilidades que a gente só pode realmente entender na fase adulta, portanto, o estresse deve ser compreendido e respeitado.
Os problemas são inevitáveis. Por mais que se siga na teoria tudo o que deve ser feito, os obstáculos da convivência vão trazer sempre ruídos, não tem como. O simples conviver em quatro paredes já é motivo para gerar algum tipo de atrito, algo completamente natural.
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O mais indicado para esse tipo de situação é o diálogo mútuo e a comunicação entre as partes. Mães e filhas que conversam, ou seja, que falam e ouvem com a mesma atenção e sabem a maneira de se expressar, conseguem construir mais chances de uma relação duradoura, frutífera e, principalmente, amiga entre ambas.
Texto escrito por Diego Rennan Alencar Lorena de Freitas da Equipe Eu Sem Fronteiras