Costumo observar muitas pessoas falando da numerologia, ou da astrologia, como se elas estivessem fadadas a uma vida determinada no momento de seu nascimento. Elas se apegam a suas qualidades, defeitos e desafios como se estes fossem uma premonição que lhes perseguirá até o momento em que a morte chegar.
No meu ponto de vista, como numeróloga e terapeuta, utilizar um mapa numerológico (astrológico ou de qualquer outra forma de entendimento metafísico) como justificativa para a manutenção da minha vida atual é no mínimo ingênuo.
Frequentemente, uma desculpa para evitar o crescimento e a angústia que este provoca. Numa perspectiva mais ampla, o desperdício de uma grande oportunidade de evolução espiritual na atual encarnação.
Um mapa numerológico é um estudo das potencialidades de um ser, que descreve seus talentos, a forma como você costuma se apresentar ao mundo, seus principais ciclos de aprendizado, desafios e oportunidades de realização. Ele decodifica a energia do momento do seu nascimento, mas isso não deve ser interpretado como algo fixo e imutável. Não é um destino traçado!
Talvez possamos entender um mapa numerológico mais como uma cesta que você recebeu ao nascer. Esta cesta já veio com alguns itens presentes em abundância – para uns liderança, para outros criatividade ou ainda amorosidade, capacidade de manifestação, dons espirituais -, outros itens em menor quantidade e outros itens que você desejaria muito ter, mas que estão ausentes.
Ao longo da sua jornada na Terra, você terá oportunidades, sobretudo por meio dos relacionamentos, de encher a sua cesta com novos itens, se desapegar daqueles que tem em excesso, dar novos usos, que não os tradicionais, aos itens presentes, montar combinações criativas entre eles e assim por diante.
Um mapa numerológico é vivo! Possui inumeras camadas a serem descobertas a cada nova leitura. Podemos recalcular nossas rotas inúmeras vezes a partir dele, como um GPS.
As possibilidades que surgem a partir de um mapa dependem do quanto nos abrimos para experimentar a vida. Dependem também do quanto somos capazes de expandir nossa consciência a partir destas experiências.
Portanto, antes de sentenciar sua vida a partir do que você recebeu de informação em seu mapa, faça perguntas.
Questione-se sobre o que pode criar a partir disso. Sobre o que está disponível e que você ainda não percebeu. Sobre como pode ser mais leve, alegre e divertido passar pelos aprendizados que permitirão sua alma evoluir. Pergunte-se sobre qual é o próximo estágio de aprendizado e sobre como manifestar seu mapa da melhor e mais elevada maneira.
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Com as perguntas e, sobretudo, com as escolhas que você fará a partir delas é que seu destino será traçado. Passo a passo, de maneira exclusivamente sua, com liberdade e autorresponsabilidade. Toda prisão que ainda existir estará em sua mente e não em seu mapa.