Nossa vida é uma grande narrativa na qual nós escrevemos a história. Diante dessa narrativa, podemos assumir diferentes personagens, mas jamais nos apegarmos a eles. Eu tenho meu papel de mãe, filha, esposa, amiga… mas entendo que esses papeis são parte da minha essência, carregam parte do que eu sou, mas não me resumem. Entendo que tudo na verdade é passageiro. Devemos desfrutar dos momentos de cada personagem, mas deixar fluir conforme a vida seguir, sem apego.
Quando a vida segue e pede novos caminhos, novas ações, e ainda estamos presos a um personagem que não nos serve mais, isso causa dor, angústia e frustração. Sabe aquela sensação de não conseguir sair do lugar? Quando nada se encaixa na sua vida e parece que nada dá certo? Talvez seja hora de rever sua persona, em quais personagens do passado você se manteve preso.
O ego é isso, são esses personagens, é a forma como eu me vejo e como eu me mostro para os outros. São os papéis que crio mentalmente para mim, na minha narrativa da vida. Eu não sou a professora, eu estou sendo. Eu não sou uma coisa ou outra, seja qual for o cargo, o status. Entenda como tudo é passageiro e muitas vezes podemos mudar de ideia e desprender desses papéis.
Quando não tiver mais o carro do ano, o cargo bem-sucedido no emprego, as pessoas te admirando. Quando não tiver mais dinheiro ou luxo. Quando não importar mais o seu status. Quando nem beleza e saúde fizerem mais parte da sua existência. Quando você voltar à Terra. Quando todas as suas máscaras caírem, todas forem retiradas, quem é você?
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Quais palavras você semeou, quais sentimentos você compartilhou, quais papeis você usou para construir sua história? Agora é só você com você. Quando nem o seu corpo físico existir mais, de nada valerão esses papéis, pois essas máscaras já não te cabem. E aí, quem é você de verdade? Quem é você por dentro, no íntimo? É somente isso que você carrega: eterno e intransferível.
Quando todas essas máscaras forem retiradas, qual será seu verdadeiro rosto?
